E agora ali estava ela, na ingrata incerteza de não saber o que ia ser dela, e do futuro duma empresa que sempre fora da sua família.
Nunca se tinha cruzado com o novo sócio, mas a sua fama
de homem de negócios era tão conhecida, como o seu gosto por mulheres bonitas,
que fazia com que não raras vezes, andasse exposto nas páginas das revistas
cor-de-rosa, que por vezes desfolhava no cabeleireiro.
Que iria fazer com a empresa? Quereria geri-la? Ou
deixá-la-ia nessa função, já que ninguém conhecia aquele negócio como ela?
Não. Com a sua fama de mulherengo, devia ser um machista,
capaz de pensar que a única função das mulheres, era alegrar a vida dos homens.
Passou a mão pela testa. Doía-lhe a cabeça, de tanto
pensar. Ainda se o advogado tivesse dito alguma coisa, sobre quando o seu
representado se ia apresentar, se tivesse agendado uma reunião, pelo menos ela
podia ter uma ideia do que ele pretendia. Mas nada.
Largara a “bomba”, e sumira.
Bateram à porta, e logo de seguida a secretária entrou. Era
uma mulher de baixa estatura, um pouco roliça, de rosto afável, e sobretudo
muito eficiente. Estava na firma desde o começo, vira crescer a jovem, por quem
tinha um verdadeiro carinho, e era uma mais-valia para ela, que sabia poder
contar com o seu apoio em qualquer situação.
- Está lá fora, o Bruno, encarregado da secção de tecelagem. Diz que a
máquina, que foi arranjada o mês passado. está outra vez com o mesmo problema.
-Aquela máquina está a precisar de substituição urgente.
E o pior é que nesta fase de transição, não posso tomar nenhuma decisão. Nunca
vou perdoar ao meu irmão, pôr-me nesta situação. O novo sócio, não aparece, a
encomenda tem que ser entregue sem falta para a semana, e eu não posso tomar
nenhuma decisão.
- Quer que chame o mecânico que esteve cá da outra vez,
para ver se ele resolve o problema?
-Faça isso Madalena. Vamos ver se resulta, pelo menos
para acabarmos esta encomenda a tempo.
A secretária saiu e a jovem pegou na pasta de encomendas
e começou a verificar as mesmas, e a comparar os “stocks” de fios, a fim de programar o trabalho seguinte.
18 comentários:
É o novo sócio que não se apresenta ao serviço. Agora aquela máquina avariada. Abre olho Daniela, porque a roseira não tem só rosas, também tem espinhos! Só se chega onde se pode chegar. E não muitas das vezes onde a gente pretende chegar!...
Tenha uma boa noite amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Já li os posts anteriores desta nova história. Um negocio de família é sempre difícil gerir quando todos vão embora e só fica um. Vamos ver as surpresas que o novo sócio reserva!
Abraço Elvira
Pode ser mulherengo, mas se primar pela qualidade a empresa não será abalada. Penso eu.
Um abraço.
Olá, querida Elvira!
Acompanhando... vamos ao desenrolar de mais uma bela história bem escrita, na certa.
Bjm fraternal
Mas quando é que ele chega? Estava à espera que ele chegasse neste capítulo...Espero que ele vá gostar da Daniela e que seja giro...
Mulherengo hoje mulherengo é o diacho
Kis :=}
Apesar do novo sócio não ter aparecido, não acredito que lhe vá fazer a vida negra.
Tudo vai correr bem, como a amiga Elvira nos habitou.
Beijinho grande.
A Avó Gi disse "diacho". Fui habituado a ouvir essa palavra, na minha aldeia, quando era gaiato. Suponho que as pessoas usavam essa palavra para evitar o "diabo", por não ser bom falar nele.
Quanto à presente história (ainda não me convenci que existe a palavra estória) vou-me armando de paciência para esperar que as coisas aconteçam.
Bom dia
O jogo ainda não começou, mas que vai dar que falar não há duvidas nenhumas.
esperemos que o arbito tenha pulso para segurar os intervenientes !!!
JAFR
A passar por cá para acompanhar a história..
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Continuo a acompanhar este "jogo perigoso".
Um abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Vou passando e acompanhando o "Jogo Perigoso"!
Deixo o meu abraço.
Queria dizer homem em vez de hoje
Grazas polo comentario que tan atentamente deijou no meu derradeiro post sobre A Marronda. Pois eu também lin todo o que leva desta sua historia que primeiramente imaxinei de detectives pero vexo que vai ser de amor e paixón polas pintas que leva. Moitos parabéms pola labor constante de escribir sen pausa e tendo sempre historias que contar. Feliz semana. Aperta!
OI ELVIRA!
LENDO E GOSTANDO.
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Esse sócio me parece estranho. Espero que não seja machista.
Beijos!
Olá Elvira, cá estou novamente a companhar sua narrativa, problemas de família dá um trabalhão, e qdo misturado com trabalho , mais ainda.
Abraço e bom dia!
Quem sabe, o negócio pode continuar a ser familiar, pois o novo sócio pode ter comprado a parte do futuro cunhado. Quem sabe? Aguardemos os acontecimentos.
Abraços,
Furtado
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