- Demoraste tanto. Os miúdos estão fartos de perguntar por ti, - disse a mãe mal ela entrou em casa.
- Estava muita gente no registo, acabei por perder o
autocarro das onze. Onde estão eles?
- Lá atrás no quintal. O teu pai está com eles. E então, já estavam prontos os documentos?
-Já, -respondeu saindo para o quintal.
-Mãe, mãe, - gritaram os dois catraios correndo para ela.
Baixou-se e abriu
os braços para os receber. Eram dois meninos morenos de cabelo escuro, quase
do mesmo tamanho, apesar de Simão ser quase dois anos mais velho que o irmão. Enquanto
os apertava ao peito, não deixava de pensar na proposta da amiga.
- Ainda bem que chegaste. Vê tu que o Simão me perguntou
se tinhas ido viajar como o pai. Não era melhor dizer-lhes logo a verdade?
- Quando chegar a hora eu conto, pai.
- Vão crescer enganados. No meu tempo não se escondiam
essas coisas.
- Está bem pai. Mas agora é diferente.
O pai entrou em casa sem responder.
-Mãe, sabes que os coelhinhos já saíram do ninho? São tão "pequininos". Queres ver? – Perguntou o filho mais novo.
-Mais logo filho. Agora vamos para dentro. Está quase na
hora do almoço e vocês estão todos sujos. Vamos para a casa de banho.
Pegou nele ao colo e com o outro pela mão entrou em
casa.
Depois de os lavar, deixou-os na sala a ver os desenhos
animados e foi para a cozinha ajudar a mãe a acabar a pôr a mesa. Aproveitando que
o pai tinha saído de novo para o quintal e as crianças estavam a ver TV,
Francisca perguntou à mãe o que ela pensava se voltasse a casar. Ao contrário
do que esperava a mãe não se escandalizou.
-Penso que isso era o melhor que podias fazer por ti e
pelos miúdos. Eles precisam de um pai e tu estás viúva, quase há um ano. Mas é
preciso cuidado. Nem todos os homens aceitam criar os filhos dos outros com
carinho. Por outro lado, não podes estar toda a vida dependente de nós. Um dia
destes dá-nos uma “macacoa” qualquer e lá vamos nós. Já dizia a tua avó. “Quem
de novo não vai, de velho não escapa.” Mas porque me fazes essa pergunta hoje?
Tens algum pretendente?
Não se atreveu a contar à mãe a proposta da amiga.
-Não mãe. Foi só uma coisa que me passou pela cabeça
- Então vai desligar a televisão e trás os miúdos para a
mesa que eu vou chamar o teu pai.
16 comentários:
Oi Elvira, Acompanhando
Vamos ver no que da.
Beijos
Lua Singular
Na fase da dúvida...
Um abraço
A sementinha da dúvida já estava dentro dela! Vamos esperar! bjs, chica
Acompanhando e curiosa pelos próximos capítulos, torcendo para que nasça um amor verdadeiro dessa união.
Abraço,
Sônia
Acompanhando a história.
aproveito para desejar um bom feriado!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Já fui ler os capítulos que perdi, pois ausentei-me no fim de semana. Continuo a gostar.
Bjn
Márcia
Interessante até agora.
Bom feriado e abraços
Muito giro :)
Beijinhos**
É preciso não esquecermos que esta retrospectiva toda passou pela mente da Francisca enquanto tomava o seu duche...já que ela casar, casou!
Aguardando com entusiasmo e atenção, como pode constatar, Elvira.
Um abraço e bom feriado.
Sabendo nós que casou (ou celebrou um contrato) com o irmão da amiga, não vai custar muito apaixonarem-se. Digo eu!
Beijinhos e cont. de boa semana+bom novembro.
A vida dá tantas voltas que o desconhecido até parece ser nosso vizinho...
Cumps
Francisca precisa de pensar na proposta da amiga, e se possível não falhar na decisão a tomar. A qual deverá ser tomada de acordo com a vontade do seu coração. Se o não for, não dará frutos?
Boa noite amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Passando por aqui para acompanhar e para lhe deixar um grande beijinho.
elisaumarapariganormal.blogspot.pt
Pelo visto, a proposta da amiga não foi descartada. Continuo gostando.
Abraços,
Furtado
Estou amando cada capitulo Elvira. Adoro esses amores inesperados que cai de paraquedas sem esperar.
Beijos!
Não é uma decisão fácil... mas o apoio da mãe, talvez ajude...
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