Calou-se por momentos.
- Sim, claro. Já visionaste o vídeo da campanha, do novo dentífrico?Sim? Óptimo.
Escutou de novo:
- Sim, claro. Já visionaste o vídeo da campanha, do novo dentífrico?Sim? Óptimo.
Escutou de novo:
- O quê? Um novo director comercial? Mas o que
aconteceu com o Paulo?
Voltou a escutar, retorquindo ainda antes de
encerrar a chamada.
- Transferido? Por interesse dele? Bom, depois vimos isso. Oxalá o substituto esteja à sua altura.
Desligou a chamada no exacto momento em que
uma bola lhe veio bater nos pés.
Era uma bola pequena com desenhos do
Super-homem. Agarrou-a e olhou em frente
Um rapazinho de uns três anos de idade corria
na sua direcção seguido de perto por uma das mulheres.
-Queres a bola? -Perguntou sorrindo.
O miúdo fez um sinal afirmativo com a cabeça.
- Desculpe. Estamos sempre a avisar para
terem cuidado mas sabe como é. São crianças – disse a mulher.
- Não tem importância – retorquiu ela
atirando a bola para o menino.
Este reagiu de uma forma inusitada. Agarrou a
bola, correu para Isabel, deu-lhe um beijo rápido na face e logo voltou para
junto dos amiguinhos.
- Desculpe – murmurou a mulher, antes de
seguir o rapazinho para junto da água.
Pela segunda vez naquela manhã, Isabel sentiu
um estranho desassossego. Uma sensação estranha que lhe apertava o peito e a
angustiava.
“Estou demasiado sensível hoje” pensou.
Sacudiu a cabeça, retirou o lenço
e os óculos que guardou na bolsa, e pondo-se de pé dirigiu-se à água.
Precisava mergulhar no mar.
Sentir a carícia das águas. E afastar de vez tristes recordações. Mas, será que
o ia conseguir?
Um quarto de hora depois, regressava ao areal. Com gestos mecânicos enxugou-se, vestiu-se, e preparou-se para regressar.
As nuvens tinham desaparecido, o sol brilhava radioso, cobrindo voluptuosamente toda a cidade.
16 comentários:
Continuo a ler com todo o interesse a sua história. Que é muito bem contada, de resto.
Elvira, tenha um bom resto de domingo e uma boa semana.
Abraço.
As nuvens tinham desaparecido,
o sol quente, no céu brilhava
a tristeza do que tinha acontecido
o coração de Isabel, apoquentava!
Tenha amiga Elvira, uma boa tarde de domingo, um abraço
Eduardo.
Será que agora vai sossegar?
Mais um conto? Eita que essa mulher escreve igual a uma máquina!
O livro dos 2 detetives já está quase no final, aquele assunto que estou desenvolvendo no blog vai ficar pra uma outra vez.
Será que vai acontecer alguma coisa antes de ela sair da praia?...
xx
Suspense é consigo, Elvira. A história vai fluindo, com novos pormenores q.b., mas sempre com um imprevisto ai virar da esquina. É o que já lhe disse, deveria ser argumentista.
Um beijinho :)
Mais um bocadinhl da história fantástica. :)
Mais um bocadinhl da história fantástica. :)
Estou a tentar acompanhar...
É que não vale ler
a correr
pelo que me pode escapar
Estou de chegada...não conhecia...e estou a gostar imenso de estar por aqui. Sabe tão bem ler blogs destes. Estou a sentir me muito bem por aqui, vou continuar. Parabéns Elvira.
Beijinhos
elisaumarapariganormal.blogspot.com
Seguindo com toda a atenção!
Bjo, amiga :)
Desta vez nem vou dar palpites.
Boa semana
Ótima semana, Elvira!!!!!!!! Beijos
Estou meio enrolada para pegar o fio da meada.
Mas uma coisa é certa: escreve muito bem e nossos horários não batem muito.
Beijos
Minicontista2
Estou adorando querida Elvira, super interessante, vamos ver o desfecho, tomara que seja um final feliz, rsrsr.
Um abraço cara amiga.
Por que o beijo do garoto tirou o sossego de Isabel? Será que existe ou existiu alguma criança nesta história/estória? Vamos aguardar.
Abraços,
Furtado.
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