Foto minha
Isabel saltou da cama, subiu a persiana e abriu a janela deixando que o ar frio e húmido lhe viesse acariciar o rosto. Olhou o céu coberto de nuvens a ameaçar chuva. Sentiu um arrepio. Fechou a janela e dirigiu-se à casa de banho. Era o seu último dia de férias no Algarve, e pensava ir para a praia como nos dias anteriores.
Mas o dia estava desagradável. Nem parecia que se estava
no final de Julho. Enquanto tomava o duche matinal pensava no que faria nesse
dia. Não tinha amigos na cidade onde se encontrava pela primeira vez. Não lhe
apetecia meter-se no carro e ir à descoberta dos arredores. Fechou a água e
envolveu-se na toalha. Era uma bela mulher. Deveria rondar o metro e setenta,
morena de grandes olhos escuros e boca bem desenhada. O seu negro cabelo com um
corte moderno deixava a descoberto a beleza do rosto. O corpo esguio e bem
proporcionado não passava nunca despercebido. Parecia impossível que uma mulher
assim se encontrasse sozinha.
Com movimentos suaves espalhou sobre o belo corpo o creme
hidratante. Depois decidida vestiu o bikini, uns calções de ganga, e uma
t-shirt branca. Calçou uns ténis meio velhos mas muito confortáveis. Pegou numa
toalha de praia e no protector solar e colocou-os sobre a mesa da cozinha.
Abriu o frigorífico e tirando uma garrafa de água juntou-a às restantes
coisas. Foi ao quarto abriu de novo a janela e voltou a olhar o tempo.
Mantinha-se na mesma ou mais fechado. Agora caía uma chuvinha miudinha, tão
fina que mais parecia nevoeiro. Isabel voltou-se e fez a cama. Depois abriu a
gaveta da cómoda e retirou um lenço azul, que enrolou à volta da cabeça, como se fosse um turbante. Lançou um breve olhar ao espelho que encimava a cómoda,
agarrou nos óculos escuros e retirou de um gancho atrás da porta, a bolsa que
costumava levar para a praia. Dirigiu-se à cozinha e colocou todas as outras
coisas dentro da bolsa. Juntou-lhe um pequeno porta-moedas e o estojo com os
óculos escuros. Pegou nas chaves e no telemóvel e saiu. Pisava forte
com ar de pessoa decidida. Desceu a rua, passou por
uma típica travessa estreitinha e com algumas escadas e desembocou no
Largo do Infante. Olhou à volta. A Igreja de Santa Maria estava aberta, e
Isabel resolveu entrar. Não era hora de missa, ela já lá tinha estado no
dia em que chegara e sabia que a missa era só à tarde. Mas ela sempre gostara
de se recolher na igreja. Gostava daquele silêncio. Convidava ao recolhimento,
e à oração. E era assim que ela gostava de estar na casa do Senhor.
Bom dia. Espero que gostem da nova história que tenho para vos contar.
Bom dia. Espero que gostem da nova história que tenho para vos contar.
21 comentários:
Passando para acompanhar este cantinho de leitura!
Isabel Sá
http://brilhos-da-moda.blogspot.pt
Gostei deste inicio, fico à espera da continuação.
Um abraço e continuação de uma boa semana.
Personagem com meu nome uebaaaaaaaaaaaaaaa
bjokas =)
...apetece-me dizer:
-mas que mulheraça!...Descrita desta maneira era um autentico manequim.
A começar muito bem, Elvira, e gostei de ver que a narrativa se passa, pelo menos por enquanto, na minha cidade. :-)
xx
Isabel, um metro e setenta de altura,
olhos escuros, boca bem desenhada
não sendo a beleza nenhuma aventura
nem tão pouco na vida conquistada!
A beleza nasceu com ela,
por ela não deve ser desprezada
irei acompanhar essa história bela
aqui por amiga Elvira, contada!
Tenha uma boa noite, amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Também gosto de estar em templos sem ninguém...
Beijinho
Também gosto de me recolher.
Passando para te ler com imenso prazer.
Vou estar atento a esta Isabel.
;)
:)
Olá Elvira...
Vamos ver o que Isabel vai fazer daqui pra frente... Vejo que aproveitou o tempo de uma boa maneira... Recolhimento e oração, duas coisas excelentes.
Um abraço e muita paz...
Bom começo!
:) :)
O começo é prometedor.
Cheguei em boa altura.
Vou continuar a vir até cá para acompanhar esta história.
Brisas doces para esse lado
Belo começo! O conto promete ser tao bom quanto os anteriores.
Abraços,
Furtado.
Boa noite querida Elvira!
Gostei muito e ja vou lá ler a segunda parte, um abraço.
Boa noite querida Elvira!
Gostei muito e ja vou lá ler a segunda parte, um abraço.
Olá Elvira,
Conforme Isabel, também gosto de entrar em uma Igreja fora do horário de missa. Gosto daquele silêncio que traz paz e convida à reflexão e oração.
Beijo.
Amém .... Bjbj Lisette.
Ainda agora conheci a Isabel e já gosto dela!
Também a minúcia com que a Elvira fez a descrição da sua maneira de ser me cativou.
Fez-me lembrar alguém que passou uma semana de férias, sozinha, não no Algarve, mas no Alentejo. Já lá vão uns bons anos. Instalou-se num Monte de Turismo rural a 3 Km de Évora, e todas as manhãs deixava o carro às portas da muralha e percorria as ruas pejadas de turistas, porém, como se a cidade fosse toda sua.
No Largo de Giraldo havia, e deve haver, uma Capela onde ela se recolhia em meditação....
Obrigada, Elvira.
Desejo-lhe uma boa noite e conte com esta sua leitora!
Um abraço.
Oi Elvira.
Lindo conto, ela tão linda ia se encontrar numa igreja onde havia a paz.
Beijos
Minicontista2
Olá, Elvira!
A Isabel parece ser bem centrada, bem dona de si. Aguardemos os acontecimentos.
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