A vida foi retomando o seu ritmo normal. Helena andava muito cansada, o trabalho no hospital era cada dia, mais intenso, pelo que teve que pedir uma reunião com o diretor da clínica, e reduzir o seu trabalho para apenas duas horas, três vezes por semana.
Com toda essa azáfama, quase tinha esquecido o sinistrado, quando a colega do outro hospital lhe telefonou a informar que o homem tinha recuperado a consciência. Ela nunca mais voltara ao hospital desde aquela noite em que falara com a médica, e lhe pedira para que a avisasse , quando ele saísse do coma. Como naquele dia, não tinha consultas na clínica, decidiu que ia vê-lo quando terminasse o seu trabalho no hospital.
Depois de a cumprimentar, a colega, disse-lhe:
-O nosso doente está finalmente livre de perigo. Mas está amnésico. Nem sequer se lembra do seu próprio nome.
- Às vezes acontece depois de um grave acidente. Mas deve ser transitório, não?
- Talvez. Fez hoje uma RM. Vamos esperar os resultados para despistar alguma lesão de maior gravidade a nível cerebral. Vamos vê-lo?
- Claro. E a polícia, não disse nada?
- Apenas que continua a não haver nenhuma queixa por desaparecimento. Esperavam que saísse do coma para o interrogar.
- E já o fizeram?
-Já. Mas devido à amnésia, não deu em nada. Fotografaram-no para verem se a foto dele faz parte dos ficheiros da polícia.
Tinham chegado junto do doente. Pela primeira vez Helena, via realmente o sinistrado. Não teria mais de trinta e cinco anos, talvez nem tanto, era moreno, embora agora estivesse bastante pálido, cabelos pretos, bem curtos, e ligeiramente ondulados, e uns profundos e desorientados olhos pretos. Os traços do seu rosto eram perfeitos, a testa alta e o queixo firme. O pijama meio desabotoado deixava ver um peito bem musculado.
- Como se sente? - perguntou a médica
-Vazio, -respondeu esboçando uma careta que talvez pretendesse ser um sorriso.
- Apresento-lhe a doutora Helena Correia. Foi ela quem o encontrou meio morto na estrada e providenciou para que fosse rapidamente socorrido.
- Obrigada doutora. – Estendeu-lhe a mão, que ela apertou, reparando que era uma mão de dedos longos e bem tratados.
para os novos leitores...
Para dar um pouco de "pica" numa altura em que está quase tudo de férias,
e sabemos que este homem, está amnésico e não tem documentos , alguém arrisca um palpite? Quem será ele? Donde será? E como veio aparecer quase morto "as portas" de Lisboa? Será "recado" de algum gang?
para os novos leitores...
Para dar um pouco de "pica" numa altura em que está quase tudo de férias,
e sabemos que este homem, está amnésico e não tem documentos , alguém arrisca um palpite? Quem será ele? Donde será? E como veio aparecer quase morto "as portas" de Lisboa? Será "recado" de algum gang?
8 comentários:
Não vou fazer batota porque conheço a resposta.
Bfds
O Pedro conhece a resposta e não diz. Eu também devia conhecer, mas não recordo o final desta trama!
Bom fim de semana, Elvira!
Eu recordo a história. Não faz parte de nenhuma gang e, se me lembro bem tem uma filha . Ele vai ficar muito tempo em casa da médica. Vem aī coisa!!! Beijinhos e espero que esteja tudo bem convosco
Emilia
A amnésia parece ser uma constante nestas histórias, Elvira!! :)...Não arrisco nem para adivinhar os números do Euromilhões quanto mais...Nã...vou esperar para saber da boca de quem sabe, não vá adivinhar e pensarem que fiz batota.
Um abraço, Bom FDS.
Boa noite Elvira,
Não faço ideia de quem será, mas cheira-me que ele e a médica ainda vão viver um romance.
Beijinhos e bom fim de semana.
Ailime
Muito bom Elvira criar estas expectativa, que já é natural nos leitores. Quando escreveu o sinistrado ressaltando físico, peito, mãos, idade, com minha mente masculina penso que vem romance por aí,rsrs.
Mas vamos seguir e nos surpreender com sua arte amiga.
Bom fim de semana.
Beijo no coração.
Cuide-se.
História empolgante!
Abraços!
Não li os comentários... para continuar sem saber quem é o sinistrado.
Bjs.
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