Na rua o homem parou, piscou os olhos por causa da luz daquele bonito dia de sol, e respirou fundo. Depois retomou a marcha, seguindo Helena em direção ao carro. Quando o veiculo começou a rodar, ela comentou:
-Amanhã, vamos ao centro comercial. Precisa de comprar algumas roupas.
- Mas como? Não tenho dinheiro!
- Eu sei. Mas posso emprestar-lhe o suficiente para que compre o necessário. Pagar-me-á quando recuperar a sua vida.
- E se isso nunca acontecer, doutora? Não posso viver às custas da sua generosidade.
- Não se preocupe. Quando menos esperar, recupera a memória. Foi pena que não se deixasse hipnotizar. Podia ser que o psiquiatra tivesse descoberto algo.
- Mas não foi culpa minha, juro.
- Chegamos, - disse ela estacionando o carro junto de um prédio de apartamentos. Moro no segundo andar. Vamos?
Acionou o mecanismo da chave para fechar o automóvel, ao mesmo tempo que se dirigia para a entrada do prédio seguida pelo homem. Se a porteira a visse, decerto ia estranhar. Morava ali há três anos, e nunca entrara ninguém na sua casa, a não ser a empregada, e os seus pais, quando vinham passar uns dias com ela.
Não utilizaram o elevador. Ela nunca o usava, preferindo subir os dois lances de escadas, e naquele dia não foi diferente, até porque pensou, que depois de tantos dias, na cama, ele precisaria de exercício. Abriu a porta, acendeu a luz, pendurou a mala num cabide à entrada e voltando-se para ele que se mantinha em silêncio, disse:
- Venha, vou mostrar-lhe a casa. Aqui é a sala, digamos de recreio. Aqui pode ler, ouvir música, ou ver TV. Aqui é a sala de refeições. É pouco utilizada, como vivo sozinha com o filho, comemos sempre na cozinha. É mais aconchegante. O quarto principal, o quarto do Diogo, e o quarto dos meus pais, que será o seu, enquanto aqui estiver. No armário, estão algumas roupas, para dormir confortável hoje. Espero ter acertado com o tamanho. Aqui são as casas de banho. Esta é a que uso com o Diogo.
A porta ao lado, é de outra casa de banho cuja diferença consiste, em que esta tem banheira, e a outra apenas duche. No resto são iguais. Poderá usá-la.
E finalmente a cozinha.
Voltou-lhe as costas, mas ele pôs-lhe uma mão no ombro e forçou-a a voltar-se. Segurou as mãos dela entre as suas, e perguntou olhando-a com intensidade:
12 comentários:
Porque é que confia assim em mim?
Será essa a pergunta?
Vai correr tudo bem!
Até o Jorge Jesus foi bem sucedido, ontem à noite!
Hoje acordei com chuva miudinha na minha janela!
A passar por cá para acompanhar a história!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Deve ser horrivel não ter memórias e ter consciência que deveria tê-las.
Esperando para ler :)
Bom dia, Elvira
Bah, na hora da pergunta ,ficamos à espera?rs...
Danadinha Elvira!!
beijos, tudo de bom,chica
Boa tarde Elvira,
Agora que estávamos num ponto tão interessante, temos que aguardar.
Estou agostar muito da história.
Beijinhos,
Ailime
Muito bem. Gostei do episódio! :))
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A coisa mais certa da vida...
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Beijo, e um excelente dia.
"Será que algum dia poderei recompensar o bem que me faz?"
Um abraço.
Elvira, Elvira....que maldade!!!! Não consigo lembrar o que disse ele....O remédio é esperar!!! Beijinhos e SAÚDE para todos
Emilia
E a pergunta? O jeito é aguardar. Continuo acompanhando e gostando.
Abraços,
Furtado
Minha gente, correndo para o próximo capítulo a fim de saber a pergunta rsrsrs
Abraços!
Ups!
Elvira, podia ter escrito um pouco mais.
(Voltarei, para continuar lendo.)
Bjs.
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