O menino que conversava animado com a mãe, sobre as peripécias da festa de aniversário do seu amiguinho, calou-se quando entrou na sala, olhando espantado para o homem que ali se encontrava. A mãe, deu-lhe a mão e disse:
- Diogo, este é Fernando, um amigo da mãe, que veio passar uns dias connosco.
- Olá campeão, - disse ele ajoelhando para ficar à altura do menino e estendendo-lhe a mão. A tua mãe fala muito de ti, mas não pensei que fosses um menino tão bonito.
Sorrindo o garoto estendeu a mão, mas depois como quem muda de ideia, estendeu os braços para o pescoço do homem e deu-lhe dois beijos.
Surpreso Fernando retribuiu o abraço tentando esconder a emoção, sem saber se sempre tinha sido assim sensível, ou se isso se devia ao acidente.
- Vamos filho, deixa o Fernando sossegado, está quase na hora de jantar, e tens que tomar banho.
-Jantar? Eu não tenho fome, mamã.
- Calculo. Mas pelo menos tens de comer uma sopa. Anda, vamos tomar banho.
- Calculo. Mas pelo menos tens de comer uma sopa. Anda, vamos tomar banho.
Os dois afastaram-se, deixando Fernando inquieto. Aquilo não podia estar a acontecer, era demasiado surrealista, decerto era um sonho do qual acordaria em algum momento.
Tentou embrenhar-se na leitura, mas não conseguiu. Desde que recuperara a consciência, não lhe saía da cabeça a mesma pergunta. Quem raio era ele, e como fora aparecer numa estrada deserta, meio morto?
A polícia dissera que não foi encontrado nas redondezas, nenhum automóvel acidentado. Teria ido a pé, e alguém o atropelara? Mas para onde ia a pé, se a polícia dissera que do local onde fora encontrado, até à cidade iam dez quilómetros?
Por outro lado, também lhe disseram que as suas roupas embora meio despedaçadas, eram roupas caras. As suas mãos também não eram mãos de trabalhador. Então quem raio era ele? E onde estava o carro? E porque ninguém avisava a polícia do seu desaparecimento? Será que ele era sozinho no mundo? Eram demasiadas perguntas sem resposta.
O menino voltou para a sala, de pijama e robe, e a mãe avisou que ia aquecer a comida para jantarem. Ele pousou o livro e dando a mão ao menino, disse.
-Vamos ajudar a mãe, campeão?
- A mamã não me deixa ajudar, desde que uma vez quebrei um prato, -
lastimou-se a criança.
12 comentários:
Conquistar o filho para conquistar a mãe?
Boa semana
Boa semana, Elvira, que aqui está com cara de chuva! Já se sente o fresquinho do Outono à beira-mar!
A passar por cá para acompanhar a história e desejar uma ótima semana!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Lindo encontro dos dois e parece se dando muito bem... beijos, linda semana! chica
Mais um belo capitulo.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Quem os ouvir assim falar, em ambiente tão harmonioso, pensará tratar-se de uma família unida e feliz...:)
Um abraço e boa semana, Elvira.
Para quando o próximo capítulo? Esta espera desespera-me ahahahah
Beijinho, Elvira
Encontros e reencontros acontecem todos os dias. Que assim sejam!
AbraÇo!
Boa tarde Elvira,
Coitado do Fernando! A sua cabeça deve ser um turbilhão de emoções e sentimentos!
Acompanhando e gostando bastante da história.
Beijinhos e uma boa semana.
Ailime
Sempre é bom recordar...
Desejamos que sigais melhorando.
Um grande abraço nosso.
Criança é pura e sabe distinguir uma pessoa boa.
Abraços!
Lindo o encontro entre o «desconhecido» e o pequenito.
Elvira, ainda não disse mas digo agora, mais uma história bem contada, que já me cativou.
Beijo
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