-Boa tarde Olga.
Alguma novidade? – perguntou o empresário ao passar pela secretária da
sua assistente.
- Comunicaram do armazém para avisar que já seguiu a encomenda do
Survive II, para a Holanda. E o dr. Afonso diz que precisa falar contigo, por
causa do contrato dos estagiários. Mas
diz-me, como correu a consulta da Teresa, está tudo bem com ela e os bebés.
- Vem, falamos no meu gabinete, - disse abrindo a porta.
Uma vez lá dentro, João despiu o casaco e pendurou-o num
cabide, afrouxou e tirou a gravata, e pendurou-a também.
-Senta-te mulher, - disse ao ver que Olga continuava de pé. -
Estou cansado de te dizer, que quando estamos sós, não tens que aguardar ordem
para te sentares.
Ela obedeceu e esperou que ele falasse.
A médica disse que está tudo bem. A Teresa, está com bom
peso, e os bebés já estão formados. Até já vimos que um é menino. Os outros
dois tinham o sexo escondido. Parece que daqui para a frente é só crescerem e
desenvolverem os órgãos internos. Imaginas o que é um bebé que da cabeça aos
pés, mede cinco centímetros?
- Mais pequeno que qualquer boneco. Os meus parabéns. E a
gravidez continua a ser de risco?
-Sim, mas segundo a médica, parece que a partir de agora o
risco de aborto diminuiu e embora a Teresa tenha que continuar com muito descanso não
precisa passar o resto da gravidez de cama a não ser que surja qualquer
problema. Pelo menos por agora pois também lhe disse que depois das vinte e
quatro semanas é provável que volte a estar o tempo todo deitada, para tentar
aguentar os bebés o máximo de tempo possível, pois se nascerem muito antes das
trinta e seis semanas, provavelmente precisarão de incubadora. E sabes a
novidade maior. Convenci a Teresa a casar comigo. Finalmente vou saber o que é
pertencer a uma família, a minha.
- Que bom João. Fico
tão feliz por ti, que tenho vontade de abraçar-te.
- E o que esperas para o fazer? - retorquiu pondo-se de pé.
Ela também o fez e os dois abraçaram-se emocionados.
- Lembras-te do que te disse a primeira vez que me falaste da Teresa depois da primeira visita dela? - perguntou Olga com a voz embargada, enquanto se sentava de novo.
-Sinceramente, não.
-Eu disse: "Deus os fez, Deus os juntou" Acredito nisso, sabes? E acredito que vão ser uma família feliz. E para quando é o casamento?
- Por tudo o que te disse, o mais breve possível. Espero
que dentro de duas, três semanas no máximo. Amanhã vou começar a tratar de
tudo, e espero que me ajudes, pois, receio esquecer-me de algo importante. Vai
ser uma cerimónia íntima, com pouco mais que os padrinhos, lá em cima no átrio.
Depois dos bebés nascerem, casamos pela igreja e fazemos então a festa que não
é possível agora, dadas as circunstâncias. E, claro, que conto contigo para
minha madrinha.
-E eu sinto-me honrada pelo convite. Parece-me que tens
tudo mais ou menos delineado, por isso só tens que me dizer o que queres que eu
faça. A propósito, não me mostraste o
anel de noivado.
- Meu Deus, o anel. Como é que me esqueci disso? Anda,
veste o casaco e vamos à ourivesaria.
-Agora? Esqueceste o doutor Afonso?
- Olha, liga para o departamento jurídico e passa-me a chamada.
Minutos depois estava em contacto com o advogado.
- Boa tarde, Afonso. Que se passa com os estagiários?
- Estão a terminar o estágio. E dos três, dois são mesmo
muito bons e gostava de continuar com eles, o problema é que só temos vaga para
um.
- Traga-os amanhã ao meu gabinete às dez e resolvemos isso.
Agora preciso sair.
16 comentários:
Ai se não existisse uma Olga ahahahah
Boa noite, Elvira
Ai, esta memória masculina, rsrsrs...
Forte abraço, amiga!
Está lindo e tudo se esncaminhando muito bem...E nós esperando um lindo final,cheio de coisas boas! beijos, linda semana,chica
Belo vai o romance! Que pena a vida real ser um bocado mais complicada. Ou somos nós que temos a capacidade de a complicar?
Não sei, que responda quem souber.
É lindo o amor!
Olinda, espero-desejo que nada estrague tamanha felicidade. Pode ser?
Beijo, boa semana.
Eu sei que é ficção, mas estou a adorar este conto.
Obrigada Elvira.
Boa semana.
beijinhos
:)
Sinto-me tão piegas, hoje, que até eu fiquei feliz pelo João!
Isto vai de vento em popa, Elvira.
Vá pensando noutra.
Beijinhos e que os seu olhos também sigam para a pronta recuperação.
"o'noivo e que sabe" só que aqui o noivo tem a ajuda da madrinha e não do padrinho. Estou bastante curiosa com o que poderá acontecer.
Boa semana.
Um abraço.
O casamento está para breve. Afonso convidou Olga para sua madrinha e, os dois lá foram a correr à ourivesria comprar o anel de noivado.
Com saúde, tenha uma boa noite amiga Elvira. Um abraço.
E a cilada da vida continua .Espero que o final seja feliz....Bjs
Fantástico de se ler, mais um bom capitulo:))
--
Um rosto sombrio...
-
Beijo e uma excelente semana.
Um romance e tanto Elvirinha
Espero que não azede no final rs
Precisamos de finais felizes não é ?
Espero que seus olhares estejam claros como está sua memória maravilhosa.
Grande abraço
Casamento à vista e cheiro de felicidade no ar. Gostando e aguardando os futuros acontecimentos.
Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Bom dia Elvira,
Penso que nos aproximamos de um final feliz. Tudo se encaminha para que isso aconteça.
Entretanto, aguardemos.
Um beijinho e um ótimo dia.
Ailime
A história avança e os personagens vão acabando por preencher as peças deste bonito puzzle.
São muitos personagens (com dois principais), muitos locais de passagem, muitos temas tratados, uma disciplina e envolvimento difíceis de concretizar. Um grande trabalho de escrita.
Abraço e boa semana
A emoção é tão grande que ele esqueceu o anel de noivado, salvo pelo anjo Olga!
Abraços fraternos!
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