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Dirigiu-se ao aparelho e levantou o auscultador.
Do outro lado uma voz desconhecida perguntou se era a casa do senhor Fernando Cardoso, e depois de ouvir a confirmação, a voz identificou-se. Era da Polícia e perguntou se podia falar com a esposa do senhor Fernando Cardoso. Trémula, pressentindo algo grave, Isabel respondeu que era a própria.
Então, a voz informou-a que o senhor Cardoso tinha tido um acidente, e tinha sido transportado para o hospital da área da sua residência.
Por pouco não saiu de casa a correr sem desligar o fogão, de tal modo ficou aflita.
Por pouco não saiu de casa a correr sem desligar o fogão, de tal modo ficou aflita.
Apesar de morar a menos de cem metros da casa dos pais, não lhe ocorreu passar por lá. Dirigiu-se imediatamente à praça de táxis e entrando no primeiro da fila pediu, para a levarem ao hospital.
Chegara ao hospital e dirigira-se correndo à recepção. Lá lhe disseram que sim, Fernando Cardoso dera entrada no hospital. A sua moto fora abalroada por um carro em despiste.
- Aguarde um momento por favor. Vou avisar o médico que já chegou.
A recepcionista pegou no telefone interno e fez uma chamada. Depois voltou-se e disse:
Entre por essa porta à esquerda, siga o corredor e bata na quarta porta. O médico está à sua espera.
Seguiu as instruções. O coração batia desordenadamente, os olhos rasos de água, a voz presa ela sentia-se esmagada como se o mundo tivesse desabado sobre si. Bateu à porta.
- Entre – ouviu-se uma voz masculina
No gabinete encontrava-se um médico sentado atrás de uma secretária e a seu lado uma médica de pé.
No gabinete encontrava-se um médico sentado atrás de uma secretária e a seu lado uma médica de pé.
- É a senhora Cardoso? - perguntou o médico
Incapaz de responder Isabel assentiu com a cabeça.
- Eu sou o médico que atendeu o seu marido. O estado dele é muito grave. Sofreu fracturas múltiplas, contusão cerebral, e hemorragia interna por rompimento do baço. Está neste momento no bloco operatório.
Vamos...
Não ouviu mais nada, sentiu que o chão lhe fugia debaixo dos pés, e de repente tudo à sua volta desapareceu e ter-se-ia estatelado não fora a pronta assistência de um dos médicos.
Acordou estendida na marquesa, com a médica debruçada sobre si.
Apesar de continuar nublado, o tempo estava a aquecer, a praia a encher-se de gente e Isabel continuava vestida. Começava a sentir muito calor e a desejar chegar rápido junto da toalha para se despir. Passou a mão pela testa, como se quisesse com esse gesto, afastar as lembranças que a estavam a atormentar naquele dia.
Vamos...
Não ouviu mais nada, sentiu que o chão lhe fugia debaixo dos pés, e de repente tudo à sua volta desapareceu e ter-se-ia estatelado não fora a pronta assistência de um dos médicos.
Acordou estendida na marquesa, com a médica debruçada sobre si.
-A cirurgia terminou? – perguntou entre soluços.
- Ainda não. Tenha calma, a equipa de cirurgiões que está com ele é excelente e vai fazer tudo para o salvar - respondeu a médica estendendo-lhe um comprimido e um copo de água. E acrescentou:
- Vai ter que ser corajosa. As primeiras setenta e duas horas serão determinantes. O seu marido é jovem, mas não lhe podemos esconder que o estado dele é realmente muito grave. Hoje não poderá vê-lo. Deve ir para casa descansar mas não deve ir sozinha. Está muito nervosa. Podemos avisar alguém?
Ela não se recordava de ter dado o número do telefone dos pais, mas decerto o tinha feito já que pouco depois o pai estava no hospital, junto dela.
Também não se recordava de ter ido para casa. Decerto o calmante era bastante forte.Ela não se recordava de ter dado o número do telefone dos pais, mas decerto o tinha feito já que pouco depois o pai estava no hospital, junto dela.
Apesar de continuar nublado, o tempo estava a aquecer, a praia a encher-se de gente e Isabel continuava vestida. Começava a sentir muito calor e a desejar chegar rápido junto da toalha para se despir. Passou a mão pela testa, como se quisesse com esse gesto, afastar as lembranças que a estavam a atormentar naquele dia.
14 comentários:
As férias deveriam ser para repousar o corpo e a mente, mas todos temos a tendência para enegrecer com más lembranças os momentos que deveriam ser de lazer.
Só faltava agora a nossa heroína chegar ao lugar onde deixou as suas coisas e não encontrar lá nada...
Boa noite, Elvira.
Neste momento, estou expectante -)
Boa noite, Elvira
A minha vizinha quando lhe disseram que o marido estava em estado muito grave - foi ela a desfalecer e a ter que ser assistida imediatamente.
Abraço
Muito angustiante quando, mesmo num lugar lindo as recordações atormentam e fazem tremer...Lindo! bjs, chica
... fico esperando...
Um abraço :)
Acompanhando, curioso em saber como a Estória vai decorrer.....
.
Tenha um dia abençoado
Cumprimentos poéticos
Já pus a leitura em dia!!!
Vamos ver o que vai acontecer!
Bj
Gosto do episódio, cada vez foco mais curiosa!:)
-
Sentem-se famintos, pelo tempo que se alegra
Beijo, e um excelente dia!
O bom seria fechar os olhos
às lembranças.
Beijos, Elvira querida.
Estamos de olho porque te
queremos bem.
Foi só mais uma, triste, lembrança. De um triste acontecimento do passado. Que naquele dia lhe surgiu no pensamento.
Tenha uma boa tarde amiga Elvira- Um abraço.
Mais um belo capitulo
Curioso com o seguimento
Bjs
Kique
http://caminhos-percorridos2017.blogspot.com/
Boa tarde Elvira,
Tristes lembranças!
Beijinhos,
Ailie
Retomando o acompanhamento da história, a qual se descortina muito interessante!
Beijos!
Estou gostando, embora sejam tristes as lembranças.
Abraços,
Furtado
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