Uma chuva miudinha, recebeu-o ao chegar à rua. O mês de Novembro estava a chegar ao fim. Apesar do dia desagradável, as ruas fervilhavam de gente que se afadigava, com a aproximação do Natal. Ele não estava preocupado com isso. O seu Natal, seria no dia em que a filha nascesse, se tudo corresse bem com ela e viesse perfeita e de boa saúde. Chegou junto do seu carro estacionado no parque do hospital, abriu a porta, sentou-se ao volante e dando a volta à chave fez com que o veículo arrancasse suavemente. Dirigiu-se para os arredores da cidade. Vinte minutos depois acionava o comando que lhe abria o portão de acesso à sua casa, uma bela moradia de dois pisos rodeada por um extenso e bem cuidado jardim. Estacionou junto à porta. Desde que Sara estava no hospital nunca mais guardara o carro na garagem. Ficava à porta para que não perdesse tempo se houvesse alguma chamada urgente do hospital.
Boa
tarde Celeste – disse saudando a empregada. – Algum recado?
-Boa
tarde, senhor. Telefonou o seu irmão.
Disse que não conseguia entrar em contacto com o senhor e pediu para lhe
ligar logo que chegasse.
-
Obrigado, - disse retirando o telemóvel do bolso e verificando que ainda estava
desligado. Desligava-o quando entrava no hospital e voltava a liga-lo quando
saía, mas naquele dia, acabara esquecendo-se. Subiu as escadas e entrou no
quarto, fechando a porta atrás de si.
Despiu o casaco e colocou-o nas costas da cadeira, desapertou e tirou a
gravata que atirou para cima do casaco. Sentou-se na beira da cama e ligou ao
irmão. Marco atendeu ao quinto toque.
-
Estou…
-
Aconteceu alguma coisa? A Celeste disse que querias falar comigo.
-Nada
a não ser que estou a precisar de ti aqui. Há negócios que estão pendentes do
teu aval. Desde que aconteceu aquela tragédia, não vens à empresa.
-
Vou aí amanhã. Convoca o advogado para as onze horas. Eu estou aí pelas dez. Precisamos falar, sobre uma decisão que tomei antes da reunião com o advogado. De
tarde vou para o hospital.
-
Passas demasiadas horas no hospital. Não podes fazer nada pela Sara, e estás a
dar cabo de ti.
- Não
te esforces, os médicos deixaram isso bem claro. Por muito que me digam que ela
está morta, a minha filha está viva, e se de algum modo ela sentir alguma coisa,
quero que sinta que estou lá, e que a espero com todo o amor.
Marco
não teve coragem para rebater as palavras do irmão. Suspirou, e disse:
-
Bom, então espero-te amanhã. Entretanto vou telefonar ao advogado e marcar a
hora para a reunião. Ah! Já me esquecia, chegou a encomenda da Adidas.
-Ok. Nestes dias, tomei uma série de decisões que
vou começar a por em prática. Até amanhã.
-
Até amanhã, Gil. Cuida-te, mano.
10 comentários:
Decisões importantes? Saberemos no próximo episódio :)
Boa noite, Elvira
E agora vamos conhecer as decisões.
Abraço, bfds
Estou a gostar e aproveito para desejar um bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Mais um lutador...
Bom dia e fico a aguardar pela continuação.
E assim,nos resta esperar pra saber! Tá ótimo! bjs, chica
Que inspirador!
Beijinho | danielasilva-oficial.blogspot.com
Estou a gostar!! Adorei o novo visual!!:)
-
Abrigo-me, e protejo-me das tempestades
Beijo e um excelente fim de semana.
Aguardemos mais um capítulo para ver o que vai acontecer!
Gosto do seu jeito de bem escrever!
Bom fim_de_semana
A ver vamos o que irá acontecer. Gil aguarda com ansiedade o nascimento de sua filha!
Tenha um bom fim de semana amiga Elvira. Um abraço.
Boa noite Elvira,
Continuando a acompanhar com muito interesse esta emocionante história.
Um beijinho e bom fim de semana.
Ailime
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