Saiu, deu a volta ao monumento e deparou com uma feira de camponeses onde vendiam de tudo ao ar livre. Desde a broa de milho às flores, passando por coelhos, galinhas e pintos, mel, bolos secos, nabos, cenouras e batatas, a par de toalhas bordadas e das mais variadas peças de renda. Antes de regressar às Termas e a casa da tia, parou numa banca e comprou um frasco de mel de rosmaninho. A tia ia ralhar com ele de certeza, e dizer que não faltava mel lá em casa, mas ele achou que lhe devia levar um miminho.
Depois do almoço, pegou o jornal diário que ainda não lera nesse dia, e dirigiu-se à margem do rio. E eis que vê a jovem sentada a ler, precisamente no banco que ele adoptara desde que chegara como o seu preferido. Porém a jovem estava acompanhada por uma senhora mais velha, que fazia renda, enquanto o garoto brincava na frente das duas. Pedro hesitou. E agora? Iria cumprimentá-la? E se a senhora não gostasse. Olhou em volta, procurando onde sentar-se, quando o garoto o descobriu e veio a correr ter com ele. Pegou-lhe na mão e conduziu-o até junto das senhoras dizendo:
- Olha mãe, o amigo que encontrei anteontem. Vês, eu não dizia que ele era simpático?
A senhora levantou os olhos da renda e olhou-o com um ar inquisitivo, durante um longo minuto.
Depois sorriu e disse:
- Este meu filho! É sempre a mesma coisa, está sempre a importunar as pessoas...
- Por quem é, minha senhora. O seu filho é uma criança encantadora.
- Não quer sentar-se? Podemos conversar um pouco.
O convite era tudo o que ele desejava ouvir, mas antes de aceitar, Pedro olhou de relance para Rita. Esta parecia dizer-lhe com o olhar para ficar, e ele sentiu-se no céu. Foi uma conversa muito agradável que se prolongou durante algumas horas. Pedro ficou a saber que eram de Castelo Branco e que estavam ali, porque a dona Célia, a mãe dos jovens, estava a fazer tratamentos termais. Ficou a saber que a jovem tinha acabado os seus estudos, que gostaria de ser professora, e que embora parecesse muito jovem, tinha vinte e dois anos. O pai não pudera acompanhá-los, porque tinha muito trabalho. Era engenheiro numa multinacional. Estavam hospedadas no hotel Vouga, ali mesmo na margem oposta do rio.
Pedro falou de si, do seu emprego, da mãe e da tia Palmira, em casa de quem estava a passar férias.
14 comentários:
A história desenvolve-se e o personagem principal talvez não fique só por muito mais tempo (sorrisos)
Continuo a acompanhar e aproveito para desejar uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Recuei quatro dias para poder colocar a leitura em dia, amiga. Creio que, de ora em diante, terei de optar por este método, tentando dar uns dias de descanso aos meus muito pouco funcionais olhos.
Que possam, os seus, ser o mais rapidamente possível submetidos à tão almejada cirurgia!
Forte abraço
Será esta, a sua "tábua" de salvação?
Beijinhos e um dia feliz
Mais uns passitos em frente eheheheh
Bom dia, Elvira
E vamos indo contigo,Elvira! beijos, ótimo dia! chica
E agora ?
Mais uma Personagem para dar vida à história-
Beijinhos
Vi suas notícias no post anterior, sempre torcendo pelo melhor, Elvira!
Então, a cura do Pedro está a caminho, ainda mais conhecendo agora a Rita. O AMOR, a fé e a esperança fazem milagres...
Bjs...
Achei muito interessante atualemnte esta sua postagens. Parabéns!
Número dos famosos
Um encontro a quatro. Por quem seria esse encontro mais desejado?
Tenha um bom dia de Terça-feira amiga Elvira. Um abraço.
Mais um capítulo recheado de belos momentos!!! Bj
Passando e lendo mais um capítulo interessante, vai ser bom para o Pedro.
Uma boa semana amiga Elvira.
Passei para por a minha leitura em dia
Já andava um pouco descuidada
Bjs
Kique
Hoje em Caminhos Percorridos - Hoje foi demais…
Boa tarde Elvira,
Ora... O romance está a começar a germinar...;))!!
Beijinhos,
Ailime
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