A tradicional ceia, de batatas com bacalhau, couves e
ovos, acompanhado por um tinto, Herdade das Servas, decorreu
animada.
Depois, na sobremesa, chegaram os doces tradicionais, que
Isabel e a amiga tinham confecionado. Arroz-doce, pudim de ovos, filhós de
abóbora, de cenoura e de maçã reineta, azevias de batata-doce, coscorões; o
bolo-rei, comprado nessa tarde na pastelaria da esquina, e os frutos secos.
Perto da meia-noite, passaram à sala, e enquanto
saboreavam um licor, trocaram os presentes.
O casal ofereceu a Natália, uma bonita echarpe de lã macia, bem própria para a época, e a Artur, um estojo de couro,com um bloco e uma caneta esferográfica, para os seus apontamentos, de detetive. Por sua vez receberam da amiga, um conjunto com duas canecas personalizadas, para o pequeno-almoço, e do amigo um quadro com um poster de uma fotografia que lhes tirara, quatro dias antes no casamento.
Por fim, Isabel ofereceu ao marido, um moderno relógio de pulso e recebeu dele, um fio com o símbolo do infinito.
Pouco depois, Natália disse que estava na hora de se ir embora, e quando Ricardo se preparava para ir levá-la, Artur ofereceu-se para o fazer e ela aceitou com agrado. Despediram-se então até à manhã seguinte, já que o casal os convidara para passarem juntos, o dia de Natal.
O casal ofereceu a Natália, uma bonita echarpe de lã macia, bem própria para a época, e a Artur, um estojo de couro,com um bloco e uma caneta esferográfica, para os seus apontamentos, de detetive. Por sua vez receberam da amiga, um conjunto com duas canecas personalizadas, para o pequeno-almoço, e do amigo um quadro com um poster de uma fotografia que lhes tirara, quatro dias antes no casamento.
Por fim, Isabel ofereceu ao marido, um moderno relógio de pulso e recebeu dele, um fio com o símbolo do infinito.
Pouco depois, Natália disse que estava na hora de se ir embora, e quando Ricardo se preparava para ir levá-la, Artur ofereceu-se para o fazer e ela aceitou com agrado. Despediram-se então até à manhã seguinte, já que o casal os convidara para passarem juntos, o dia de Natal.
Quando eles saíram, Ricardo abraçou a esposa dizendo:
-Ou eu me engano muito, ou aqueles dois, estão a caminho
do altar, um dia destes. Vamos, vou ajudar-te a levantar a mesa.
- Não. A mesa fica posta toda a noite. Levamos apenas os
pires e copos sujos para a máquina, e colocamos outros limpos na mesa.
- Fica posta para amanhã? – perguntou ele admirado.
- Vê-se que não estás habituado, a passar esta noite em
casa- respondeu Isabel. Diz a tradição, ou será uma lenda, não sei bem, que
nesta noite, as almas recebem de Deus a permissão para visitarem aqueles que
amaram. Assim a mesa fica posta para que eles saibam que os amamos e não os
esquecemos.
- Acreditas nisso? – perguntou Ricardo.
- Não importa, se acredito ou não. Minha mãe ensinou-me
isto quando eu era pequenita. Ela sempre o fazia, e depois que partiu eu
continuei a fazê-lo. A minha parte racional diz-me, que é uma parvoíce, um mito
que alguém se lembrou de inventar, mas o meu coração gosta de acreditar que
pode ser verdade.
Enquanto conversavam levaram as loiças sujas para a
máquina. Arranjada a mesa, Ricardo abraçou a mulher e beijou-a.
- Agora senhora minha, vamos para a cama? Estou ansioso
por te agradecer esta maravilhosa noite.
- Ainda não levei o biberão de leite à Matilde. E se o
não fizer, daqui a pouco ela está a chorar, - disse desprendendo-se dos seus
braços e dirigindo-se para a cozinha.
Ao colocar o biberão no micro-ondas, deparou com o marido
atrás de si.
- Ainda não te contei. Esta noite quando lhe levei a
boneca, pela primeira vez a Matilde chamou-me pai. Senti uma tal emoção que nem
sei como explicar-te.
- Deve ter sido igual à que eu senti a primeira vez que me chamou mãe, - respondeu Isabel retirando o biberão do aparelho e
salpicando uma gota de leite nas costas da mão para experimentar se não estaria
demasiado quente. Depois dirigiu-se ao quarto da menina, seguida pelo marido.
As notícias sobre a minha consulta estão no post de ontem.Estou muito grata a todos pelo carinho que me têm dispensado.
Bom fim-de-semana.
E o habitual aviso. Esta história volta segunda-feira.
As notícias sobre a minha consulta estão no post de ontem.Estou muito grata a todos pelo carinho que me têm dispensado.
Bom fim-de-semana.
E o habitual aviso. Esta história volta segunda-feira.
11 comentários:
Aguarda-se milagre de Natal :-)
E só por curiosidade, também eu deixo a mesa posta na noite de consoada. Se acredito? O racional diz-me que sou doida, o coração deseja que eles venham e se sintam em casa.
Boa noite, Elvira
Bom dia
Todos os episódios são sempre bonitos e relevantes , mas este foi com certeza para todos muito especial , pois relata uma noite de Natal do mais lindo que se pode ter .
JAFR
Cá estou e a não ser que a saúde me pregue nova partida, cá estarei amanhã, muito embora esta história só continue na próxima segunda-feira :)
Em nossa casa e reportando-me à minha primeira infância, a tradição era um pouco diferente; deixava-se, na copa, uma cadeira e uma mesinha com uma fatia de bolo-rei e um cálice de Porto, para o pai Natal poder sentar-se a descansar e a retemperar as forças, quando viesse colocar os presentes nos sapatinhos que eram previamente colocados sobre a pedra mármore na qual assentava o fogão de cozinha.
Abraço grande, Elvira.
Adorei a noite de Natal e todos os detalhes! E vamos acompanhando e nos delicindo! beijos, lindo dia! chica
Está a ficar interessante minha amiga e aproveito para desejar um bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Fui ler os atrasados até aqui. Adorei. Este é mesmo bom:))
Hoje:-Inconsciência Desmedida
Bjos
Votos de bom sábado e um óptimo fim-de-semana.
( desejo-lhe as melhoras)
Boa noite Elvira,
Continua linda a história.
Depois de um fim de semana fora estou a atualizar a leitura.
Um beijinho.
Ailime
Detalhes que gosto no seu jeito de narrar... Bj
Elvira, gosto do seu jeito minucioso de contar. Cativa e encanta.
Bjs.
Estão felizes. O amor está a fazer das suas:)
É visível o amor os contornando em cada atitude deles.
Beijos!
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