Já na residencial, a jovem pensou longamente na proposta do
médico.
O que mais a entusiasmava, era a possibilidade de conseguir
vencer a oposição do doente e levá-lo a andar de novo. Era um grande desafio e
ela gostava de desafios.
Além disso embora não soubesse o montante, o doutor Azevedo
tinha-lhe dito que o irmão lhe pagaria um bom salário. E atendendo a que teria
habitação e alimentação grátis, poderia aumentar substancialmente as suas
finanças.
Porém era melhor continuar a pagar o quarto na residencial.
Estava a dois passos do hospital para onde voltaria no termino da sua licença
sem vencimento.
E também teria de ir aos Recursos Humanos do hospital, para aumentar o
tempo da licença, que estava prestes a terminar.
Iria pedir mais seis meses, embora suspeitasse que seis meses não seriam suficientes para a empreitada que teria pela frente, mas talvez nessa altura o jovem médico tivesse recuperado o suficiente para continuar sozinho o tratamento.
O ideal seria pedir um ano, mas arriscava-se a
que lha negassem e não lhe convinha pôr em perigo o seu posto de trabalho, até porque não sabia se ia ou não conseguir aguentar muito tempo o mau feitio do doente. Sabia que o sofrimento, faz as pessoas amargas, mas isso não era razão para descarregar nos outros as suas dores.
Estendeu-se sobre a cama, para descansar um pouco e o
cansaço venceu-a em poucos minutos.
Foi à casa de banho,
lavou o rosto, escovou o cabelo e entrançou-o. Voltou ao quarto escolheu um
vestido de lã verde-escuro. Depois de trocar de roupa, vestiu um casaco
comprido castanho, procurou uns sapatos igualmente castanhos sem salto, pegou
na bolsa e saiu fechando a porta do quarto e guardando a chave na mala.
Dez minutos depois tocava a campainha da casa da amiga. O dono da casa, abriu a porta com a filha ao
colo.
9 comentários:
Conselhos de amigos são uma boa terapia.
Dos verdadeiros amigos.
Aconselhar-se com amiga antes de um desafio pela frente, faz bem! Vamos aguardar! bei9jos, chica
Passando por aqui para desejar um bom dia!
Muito bem. Gostei!
.
Abre... lê a carta sem letras, que te escrevi
.
Beijo, e uma boa tarde
Certamente o conselho da comadre e amiga será o mesmo que eu daria à Anabela: "Aceita".
Este dasafio que a vida lhe está a oferecer, ou melhor, o médico tio do doente, será uma pedrada no charco da sua triste vida. Força, Anabela! :)
Um abraço, Elvira.
A passar por cá para acompanhar a história!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Acho que os conselhos serão no sentido de aceitar a proposta.
Para além disso, é uma situação interessante para o desenrolar da história.
Que continua a se bem contada.
Continuação de boa semana, amiga Elvira.
Beijo.
Afinal, a Anabela aceita ou não aceita?
Elvira esta história bem contada é empolgante e viciante.
Beijo.
Boa noite Elvira,
Antes de tomar grandes decisões é sempre bom ouvir a opinião de pessoas amigas.
Vamos ver o que diz a amiga de Anebela.
Beijinhos e saúde.
Ailime
Enviar um comentário