- Estive na esquadra esta manhã. Ainda não sabem quem matou o Óscar e provavelmente não vão sabê-lo nunca. Se foi como a polícia acredita uma execução, da rede da droga, eles são demasiado organizados para se deixarem apanhar. Mas o que me importa neste momento é que segundo o inspetor Morais eu fui investigada, e a polícia chegou à conclusão de que não há nenhuma suspeita sobre mim.
Portanto estou liberada, posso ir inscrever-me para ir para o Hospital St. Thomas em Londres, se me aceitarem. Não posso
estar muito mais tempo de licença sem vencimento aqui e não sei se tenho
coragem para voltar ao meu posto no hospital e ver o ar de pena dos demais
sobre mim, além de estar sujeita aos encontros indesejáveis com os pais do falecido.
- Mas... para Londres, Anabela? Não podias pedir transferência
para outro hospital cá? Sei lá, Porto, Coimbra, Faro? Ficavas mais perto para
que nos pudéssemos encontrar de vez em quando. A Patrícia vai ficar muito
triste com a tua ausência.
O empregado colocava os pratos com o pedido na mesa e
Anabela esperou que ele se retirasse para responder.
-Eu também vou ter muitas saudades dela, de ti, do Diogo e
de algumas colegas do hospital. Mas não consigo continuar aqui, sujeita aos ataques dos meus ex-sogros, ou de algum do “amigos” do Óscar. Não,
estou decidida. Esta tarde vou à embaixada, informar-me dos procedimentos
necessários para me candidatar.
-Mas logo vais jantar lá a casa. Quero que me contes tudo.
Tinham acabado a refeição. Paula chamou o empregado e depois de pagarem saíram do restaurante e dirigiram-se para a clínica. Anabela entrou e esteve ainda um pouco conversando com os antigos colegas.
Quando a
sala de espera começou a encher-se de doentes, ela despediu-se e acabava de
sair quando o doutor Azevedo saiu do carro e a chamou. Surpresa, ela parou e
esperou que o seu antigo chefe chegasse junto dela:
-Boa tarde, Anabela. Que acaso feliz. Ia pedir à Paula para
lhe telefonar informando-a de que eu precisava falar consigo com urgência. Pode
dispensar-me alguns minutos?
Cada vez mais surpreendida, ela assentiu e passou pela
porta que o médico mantinha aberta para ela. Ele seguiu-a, e dirigindo-se a
Paula disse-lhe:
-Boa tarde, Paula. Não sei se já tenho algum doente à
espera, mas por favor não mande ninguém entrar por enquanto, eu preciso falar
com a Anabela durante alguns minutos.
10 comentários:
Vem aí uma proposta.
Honesta??
Tomara uma boa proposta! Vamos aguardar! Ótimo dia, beijos, chica
Estou a adivinhar que a viagem para Londres vai ficar adiada!
Boa quarta-feira, Elvira! E os olhos, têm melhorado?
Ainda não será hoje que faço a viagem ao passado que tenho em mente, tenho uma montanha de roupa para estender e preciso mesmo de dar um jeitinho ao meu quarto que está todo virado do avesso. Amanhã devo estar exausta e na sexta tenho mais uma consulta hospitalar. Talvez lá para Domingo consiga começar a reler desde o capítulo em que parei.
Saúde e um grande abraço, Elvira!
Muito bem... Gostei!!
.
Vagueando até o sol se erguer
.
Beijos e uma boa tarde.
Olá
Tenho que voltar ao início para ler tudo, mas adorei este capítulo mesmo assim.
Beijinho Elvira
Se a proposta for tentadora, será que a determinação da Anabela vai vacilar? E o medo dos olhares piedosos (que eu considero um disparate, que importa o que os outros pensam?), o receio de ser importunada pelos ex-sogros? Enfim, o que for soará.
Um abraço, Elvira!
Boa noite Elvira,
Um capítulo de que gostei muito pela sua grande capacidade criativa.
Será que o médico tem alguma proposta que agradará a Anabela?
Aguardemos.
Beijinhos e saúde.
Ailime
Fiquei curioso para saber da conversa...
Continuação de boa semana, amiga Elvira.
Um abraço.
Elvira, não sabe que a curiosidade mata?!
Eu espero...
Beijo.
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