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4.8.21

SINFONIA DA MEMÓRIA - PARTE II

 






E passaram quase seis anos. Helena, viveu com os pais, até que o filho fez dois anos, trabalhando num posto médico na aldeia vizinha. Depois achando que o filho estava suficientemente crescido para entrar numa creche, começou a enviar currículos para hospitais e clínicas da capital. 
Pensava que tinha chegado a hora de dar um pulo na profissão, quiçá concretizar o sonho da sua vida. Três meses depois, tinha uma proposta de trabalho muito interessante numa clínica privada, para pequenas cirurgias de ambulatório. Ela gostaria mais de um hospital estatal, mas a proposta era irrecusável, o horário deixava-lhe muito tempo livre, já que estava ocupada apenas da parte da manhã, e quem sabe mais tarde conseguia entrar para um hospital. Afinal ela tinha conhecimento de que havia tantos médicos que trabalhavam em hospitais e clínicas, ou consultórios particulares em simultâneo. Assim mudou-se de armas e bagagens para a capital, alugou um pequeno apartamento, arranjou uma creche para o filho e iniciou uma nova vida.
Com a falta de médicos no país, e com o seu curriculum, não foi difícil conseguir trabalho num dos hospitais da capital. Foram apenas seis meses de espera. Depois teve que conciliar o trabalho no hospital, com o da clínica, reduzindo as horas na Clínica e passando-as para o final da tarde, depois da saída do hospital. Teve que arranjar uma empregada de confiança para ir buscar Diogo à creche, e ficar com ele até à hora em que ela chegava. Felizmente que a lei lhe permitia não fazer turnos, por ter um filho com menos de doze anos a seu cargo.
O seu filho completara cinco anos, no próximo ano entraria para a escola oficial. Ela estava feliz com a sua profissão. Estava no chamado hospital dia, fazia apenas as pequenas cirurgias que podiam ser feitas em ambulatório, mas ainda assim era melhor que o anterior trabalho de médica de família no centro da aldeia.  Na semana anterior, tinha ido a Londres assistir a um congresso. Antes disso foi à terra levar o filho, que deixou com os pais. Podia deixá-lo com a empregada, ela era competente e adorava o menino como se ele fosse seu próprio neto. Mas ela tinha a certeza, de que os pais teriam ficado aborrecidos se o fizesse. Era essa a razão, porque ela se encontrava naquela tarde de domingo, a despedir-se dos progenitores, para empreender a viagem de regresso a casa.
Uma hora depois o carro avariou, e Helena viu-se obrigada a telefonar para a Assistência em viagem e aguardar que mandassem alguém para solucionar o caso.

12 comentários:

noname disse...

Esperando já pelo próximo capítulo.

Boas férias, Elvira

Luma Rosa disse...

Oi, Elvira!
Me lembro de Helena, mas só fui lembrar no segundo capítulo.
Bom descanso!!
Beijus,

Pedro Coimbra disse...

Vamos continuar a acompanhar as aventuras da Helena.

Tintinaine disse...

Cá vamos cantando e rindo, como dizia aquela cantilena do tempo de Salazar!
Boas férias!

Joaquim Rosario disse...

Bom dia
Acho que este capitulo me fez recordar a história.

JR

chica disse...

Começando a avivar a memória. Vamos ver! beijos, chica

Janita disse...

Por enquanto, tudo é novidade para mim.
E estou a gostar do percurso de vida de Helena até aqui...Veremos o que o futuro nos reserva.
A nós, e a ela!:-)

Tudo de bom por aí, Elvira.

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Gostei deste capitulo e vou acompanhar dentro do possível.
Um abraço e continuação de uma boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados

Cidália Ferreira disse...

Está a correr bem!:)
.
O tempo anda triste...
.
Beijo e um excelente dia
Boas férias, se for o caso! :)

Ailime disse...

Boa tarde Elvira,
Estou a gostar da história.
Helena uma mulher forte e empreendedora!
Beijinhos e boas férias com saúde.
Ailime

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Amei esse segundo capítulo!
Beijos!

teresadias disse...

Já gosto desta Helena!!
Bjs.