-Meu
Deus! E o menino ficou lá?
-Segundo
a psicóloga, o menino foi entregue a uma família de acolhimento, porque ela
tinha medo que ele o descobrisse e lhe fizesse mal para a tingir, porque ele
não queria o divórcio.
- Porque
não me contaste?
- Porque
naquela altura tinhas preocupações mais que suficientes, com o nascimento da
Mariana, o funeral da Sara, o teu sogro e cunhados, e as visitas ao hospital.
Mas agora que falamos nisso, penso que podias trazer o filho dela para aqui.
Esta casa é tão grande que decerto nem ias dar pelo miúdo. A mãe ficaria mais
descansada, e sem preocupações o que era uma mais valia para a Mariana. O que
dizes?
- Apesar
de a levar todos os dias ao hospital, não troquei com ela mais do que meia
dúzia de palavras, e sempre sobre o estado da minha filha. Tu é que a contrataste,
fala com ela e diz-lhe que se quiser pode trazer o filho para viver aqui. Pode
ser que assim se estabeleça um vínculo de amizade entre ela e as demais
empregadas. Não me agrada o ambiente entre elas. Outra coisa, desde quando o
meu advogado é para ti “o Alcides”? Que se passa com vocês?
Sem
responder, a jovem levantou-se e foi até à janela. Pouco passava das quatro,
mas dia escurecia rapidamente. Pensou que era normal, afinal faltavam duas
semanas para o Natal. Voltou para junto da secretária e sentou-se. Só então
respondeu ao irmão.
-
Nada mais do que uma boa amizade. Quando, ou se, chegar a ser algo mais, podes
ter a certeza que te direi, embora me considere suficientemente adulta para não
ter de te dar conta dos meus atos.
-
Sabes que só quero que sejas feliz.
-
Eu sei, mano - disse Laura abraçando-o. - Sabe Deus como eu também quero a tua
felicidade. Mas tenho fé que ainda vais arranjar alguém, que te faça feliz.
Quem sabe a Luna? Ou ela é casada?
-
Agora és tu que queres governar a minha vida? A Luna é uma boa amiga, uma
espetacular mulher de negócios, a melhor agente literária que conheço, mas é
também uma mulher muito independente, e eu seria completamente insensato e
muito infeliz se me apaixonasse por ela.
Por
outro lado, a minha experiência matrimonial não me deixou muita vontade de
reincidir. Neste momento o que me preocupa, é a minha filha, os meus projetos,
e a tua situação. Já pensaste no sítio onde queres montar a clínica?
- Não.
Na verdade, já tenho uma proposta para um hospital particular. Depois o Alcides
contou-me o teu projeto de Fundação, e se se concretizar pretendo trabalhar
nele.
-Como
assim?
- Vai
ter um posto médico, não vai?
-Claro.
Mas tinha pensado em algo básico, com uma enfermeira, para fazer alguns pensos,
dar injeções e sobretudo ensinar às pessoas certos hábitos de higiene, distribuísse
escovas e pasta de dentes, e preservativos.
12 comentários:
Empolgada. É a palavra :-)
Boa noite, Elvira
Curiosamente a minha história de amor com a minha mulher começou muito assim, a fazerem-me ver o que eu queria negar.
Bfds
Bom dia
Como esta historia ainda não tem muito romance , creio que vai aparecer agora e muito mais quando estão envolvidas crianças .
JAFR
Vem aí um projecto interessante!!! Bj
Sempre inspirada,Elvira! Gostando muito! beijos, chica, lindo fds!
Está a ficar interessante.
Um abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
¡Vaya, Elvira! Qué "set" más amplio de labores de la enfermera imaginada. Atractiva historia.
Lendo e acompanhando com toda a atenção e interesse
.
Feliz fim de semana
Muito bem! Já espero pelo próximo!! :)
-
Beijo, e uma boa tarde! :)
Para os seus projetos, ideias não lhes faltam. Importante será que se concretizem!
Bom fim de semana amiga Elvira. Um abraço.
Boa noite Elvira,
Mais um capítulo muito interessante.
Vamos aguardar o desenrolar desta bonita história.
Um beijinho.
Ailime
Uma família de pessoas humanas e com valores... O ideal de um mundo melhor e informações que me permitem tentar adivinhar o futuro...
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