Adolescentes
Exaustos, mudos, sempre que os vejo,
Nos bancos tristes que há na cidade,
Sobe em mim próprio como um desejo
Ou um remorso da mocidade…
E até a brisa, perfidamente
Lhes roça os lábios pelos cabelos
Quando a cidade, na sua frente
Rindo e correndo, finge esquecê-los!
Eles, no entanto, sentem-na bela.
(Deram-lhe sangue, pranto e suor).
Quantos, mais tarde se vingam dela
Por tudo o que hoje sabem de cor!
E essas paragens nos bancos tristes
(Aquela estranha meditação!)
Traz-lhes, meu Deus, só porque existes,
A garantia do teu perdão!
Pedro homem de Melo
9 comentários:
A minha adolescência, com borbulhas no rosto, não me deixou saudades.
A adolescência é um período difícil, digo eu que também passei por lá e não foi fácil crescer!
Bom dia de paz, querida amiga Elvira!
Deus nos faz crescer em sabedoria e graça.
Tenha dias abençoados!
Beihinhos
Nem criança, nem adulto,
uma avalanche de hormonas,
uma fase muito complicada.
Nunca tinha visto este tema poetizado.
Agradeço a divulgação. O meu abraço.
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Um belíssimo poema, todo em verso decassilábico, o que lhe dá uma esplêndida musicalidade.
Um abraço, minha amiga!
Bonito poema. Adorei a partilha!!
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Coisas de uma Vida
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Beijo. Votos de uma excelente semana!
Não conhecia este poema de Homem de Melo.
Beijinho
Boa noite Elvira,
Magnífico poema que não conhecia.
Obrigada por partilhá-lo.
Beijinhos e saúde.
Ailime
Gostei da partilha, Elvira! Um belo poema. Não possibilidade de esquecê-los...
Um abraço,
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