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14.3.23

POESIA ÀS TERÇAS - PEDRO HOMEM DE MELO - ADOLESCENTES

 


Adolescentes

Exaustos, mudos, sempre que os vejo,
Nos bancos tristes que há na cidade,
Sobe em mim próprio como um desejo
Ou um remorso da mocidade…


E até a brisa, perfidamente
Lhes roça os lábios pelos cabelos
Quando a cidade, na sua frente
Rindo e correndo, finge esquecê-los!


Eles, no entanto, sentem-na bela.
(Deram-lhe sangue, pranto e suor).
Quantos, mais tarde se vingam dela
Por tudo o que hoje sabem de cor!


E essas paragens nos bancos tristes
(Aquela estranha meditação!)
Traz-lhes, meu Deus, só porque existes,
A garantia do teu perdão!



Pedro homem de Melo

9 comentários:

Pedro Coimbra disse...

A minha adolescência, com borbulhas no rosto, não me deixou saudades.

Tintinaine disse...

A adolescência é um período difícil, digo eu que também passei por lá e não foi fácil crescer!

Roselia Bezerra disse...

Bom dia de paz, querida amiga Elvira!
Deus nos faz crescer em sabedoria e graça.
Tenha dias abençoados!
Beihinhos

Majo Dutra disse...

Nem criança, nem adulto,
uma avalanche de hormonas,
uma fase muito complicada.
Nunca tinha visto este tema poetizado.
Agradeço a divulgação. O meu abraço.
~~~~~

Maria João Brito de Sousa disse...

Um belíssimo poema, todo em verso decassilábico, o que lhe dá uma esplêndida musicalidade.

Um abraço, minha amiga!

Cidália Ferreira disse...

Bonito poema. Adorei a partilha!!
.
Coisas de uma Vida
.
Beijo. Votos de uma excelente semana!

São disse...

Não conhecia este poema de Homem de Melo.

Beijinho

Ailime disse...

Boa noite Elvira,
Magnífico poema que não conhecia.
Obrigada por partilhá-lo.
Beijinhos e saúde.
Ailime

Caderrno de San disse...

Gostei da partilha, Elvira! Um belo poema. Não possibilidade de esquecê-los...
Um abraço,