- As casas aqui são caras. Eu vivia com os meus tios. Mais do que tios, eles têm sido para mim em todos estes anos, uns verdadeiros pais. E queriam que ficássemos a viver com eles, a casa é grande, podíamos perfeitamente viver lá.
Porém calculei que não te sentisses muito à-vontade, afinal nem os conheces. Pensei que seria melhor alugar um apartamento para nós e foi o que fiz. De qualquer modo é perto da casa deles, depois de descansares, vamos até lá para os conheceres.
Sofia não respondeu. Olhava pela janela a bela cidade, e as pessoas que circulavam nas ruas. Reparou essencialmente na maneira como estavam vestidas, e sentiu-se ridícula, no seu fato de saia e casaco, bem abaixo do joelho, demasiado antiquado, para o que ela observava naquele momento.
- Olha aqui é o restaurante dos tios. Por cima é a casa deles, e naquele prédio azul, lá à frente, fica o nosso apartamento, - informou Quim.
Chegaram pouco depois. Ele ajudou-a a descer, e carregou a mala para casa.
Estavam em frente de um edifício de quatro pisos, pintado de azul.
Pegou-lhe no braço.
- Vem. O nosso apartamento é no primeiro andar. Subiram o lance de escadas e ele abriu a porta. Parecia à-vontade. Sofia pelo contrário estava acanhada. Só agora se dava conta da sua real situação. Estava numa terra estranha, com um homem que não conhecia, sem nenhum familiar a quem recorrer em caso de necessidade. Agora frente à realidade, perguntava-se se a ânsia de sair da aldeia, não a tinha feito fazer uma asneira das grandes.
Entraram em casa.
Ele poisou a mala de viagem na entrada, e começou a levantar as persianas. A casa encheu-se de luz.
- Não fiques aí parada. Vem conhecer a casa. Aluguei-a assim já mobilada, pode não ser muito a teu gosto, mas é confortável. Nunca vivi sozinho, pois como te disse, sempre vivi com os meus tios, e como viste a sua casa é bastante maior que esta, todavia mesmo assim, aluguei-a pensando que gostarias de ter o teu cantinho.
“O meu cantinho? Não deveria ser o nosso cantinho?” – Interrogou-se mentalmente.
11 comentários:
Ui, ui, que as interrogações começaram.
Boa noite, Elvira
O fulano tem a sensibilidade de um elefante numa loja de cristal.
Bfds
Os pombinhos chegaram ao ninho. Será que vão arrulhar?
Bom fim de semana, Elvira! Um pouco mais de paciência que a Páscoa está aí, à porta! E com ela virá a liberdade.
Ai, que ele, coitado, também ainda não se adaptou à ideia de estar casado...
Continuo a estar segura de que vai conseguir dar a volta certa a esta difícil situação, Elvira, mas não faço ideia como...
Forte abraço, amiga!
Umas palavrinhas ditas sem pensar, podem "grilos" na cabeça dela colocar,rs... Claro que seria o NOSSO ninho... beijos, chica e ótimo dia
Ora muito bem. Gostei do episódio!
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Silêncios... d'outras paragens...
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Beijos e bom fim de semana.
história em forma de romance!
Maravilhoso modo de manter vivas questões históricas e culturais :)
Bom fim de semana minha querida Elvira
Estou a gostar muito de acompanhar novamente!
Muito grata.
Bjs.
Bom dia Elvira,
Ora aqui estão os noivos instalados na sua casa em Paris.
Como será as suas vidas?
Serão felizes?
Instigante está história, da qual me vou lembrando à medida que vou lendo.
Um beijinho,
Ailime
«Teu», «Nosso»... não se conhecem, estão ambos nervosos, compreende-se.
Eu, continuo encantada com a história.
Beijo Elvira, e obrigada pelas visitas ao Pétalas.
Boa semana, saúde.
Um véu de nervosismo, insegurança e medo os envolve.
Abraços fraternos!
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