Ah-ha! Finalmente
tinha encontrado o presente perfeito para a meia de Eric!
O urso cor de caramelo
estava sentado, todo empoleirado, em exibição junto da montra da frente da
loja. Numa mão segurava uma bola de futebol, mesmo com os cordões e tudo e, na
outra, um capacete! Depois de ter localizado o urso, já sabia que tinha que me
esgueirar até lá mais tarde, para o comprar sem ter os mais pequenos à minha
volta. Estava tão entusiasmada!
Todos os anos, a nossa
família ia para o centro comercial durante uma hora para arranjarmos as prendas
de Natal uns dos outros. O meu marido, David, e eu separávamo-nos, levando um
ou dois miúdos a fazer as compras para os outros membros da família. Depois, encontrávamo-nos
num sítio combinado e trocávamos de miúdos para completar as listas.
Após o almoço, os três
miúdos já tinham acabado as suas listas.
David levou então as
crianças, cansadas mas felizes, para o carro, onde eu me juntaria a eles depois
de completar a minha incumbência específica. Os miúdos tinham-se portado mesmo
bem, e eu não demoraria porque sabia exatamente o que queria e onde estava.
Ao entrar na pequena
loja, o empregado cumprimentou-me com um alegre sorriso.
— Posso ajudá-la?
— Oh, não, obrigada! —
disse eu, toda confiante. — Estive aqui ainda há pouco, e agora escapei-me de
volta sem as crianças para comprar o que preciso.
Apressei-me em direção
à prateleira, pronta para agarrar no bichinho e ir embora. Imaginem a minha
surpresa! O urso não estava lá! Remexi em todos os outros animais de peluche em
exposição — mas nada de urso cor de caramelo.
Interpelei o
empregado, que respondeu:
— Oh, lamento. Alguém
comprou esse urso mesmo há pouquinho, e não temos mais.
Sentia-me derrotada.
Tinham sido só umas duas horas! Quem poderia ter comprado aquele urso? Poderia
procurar uma outra coisa, mas já tinha estado em praticamente todas as lojas do
centro comercial sem ter visto algo que se aproximasse sequer do presente
ideal. Além disso, os meus filhos estavam no carro, à espera. Com um enorme
suspiro, apressei-me a sair do centro, ao encontro da minha família.
Na manhã de Natal os
miúdos abriram todos os seus presentes.
Agora era a nossa vez.
— Mamã, abre primeiro
o meu!
Eric irradiava
alegria, empunhando o seu presente embrulhado em papel infantil.
— Está bem. O que é
que me terás comprado?
— Não te digo!
Era o primeiro ano em
que ele nada dizia, ele que geralmente proclamava bem alto os segredos de Natal
que sabia!
Abri a embalagem
devagar.
— Humm… O que será
isto? — provoquei-o.
Ele riu-se.
— Abre e logo vais
descobrir!
Assim que o papel se
abriu totalmente, os meus olhos encheram-se de lágrimas. Diante de mim estava o
urso cor de caramelo que eu tanto queria para ele!
E ele tinha-o comprado
para a minha coleção de ursinhos!
— Gostas?
A sua carinha
esperava, ansiosa e orgulhosa.
— Na verdade, eu
também queria muito esse urso, mas achei que seria um lindo presente para ti,
Mamã!
Engolindo as lágrimas,
abracei-o e disse-lhe:
— Adoro, querido.
Obrigada. É realmente a prenda perfeita!
Paula F. Blevins
9 comentários:
Boa noite de Dezembro, querida amiga Elvira!
Fico muito emocionada ao ver gentileza gerando gentileza...
Bonito é o que de preocupa com quem ama.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Bom conto
Mas
te confesso
se encontrar
um urso-caramelo
o como
Uma ternura!!! 💞
Mais um belo conto de Natal.
Um abraço, bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Que conto fantástico :)) Obrigada Amiga:))
Hoje : Procuro no meu pensamento palavras tuas
Bjos
Votos de um óptimo fim - de - semana
Não tenho comentado muito, mas tenho lido tudo!!!
Adoro estes contos de natal... Não conhecia!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
Com um Urso cor de caramelo,
sua mamã ficou, tão, contente
todas as crianças do Universo
pelo Natal tenham um presente!
Tenha um bom fim de semana amiga Elvira. Um abraço.
Mais um conto admirável. Gostei muito.
Abraços,
Furtado
Enviar um comentário