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5.1.19

PORQUE HOJE É SÁBADO


O Meu cavalinho




Num cavalo de cartão
Eu corria à desfilada
Nos campos sem fim
Do sonho
Entre rios de alegria
E montanhas de inocência.

Nas asas da imaginação
Via desfilar
Perante os meus olhos
De criança
Searas de carinho
Pão de liberdade.

E o mundo corria
Pintado de esperança.

Hoje
O meu cavalinho
Jaz morto
Num velho armário
Sepultado
Como velho traste
Sem préstimo.
E diante de mim
Não desfilam mais
Sonhos de esperança
Pão de liberdade
Diluída a alegria
Em dor
Perdida a inocência
De criança
Em verdades de adulto.


Elvira Carvalho



Ontem, com o comentário da Maria João de Brito de Sousa, chegámos aos 38.000 comentários. Muito Obrigada a todos que contribuíram para este número. 



E já agora uma pergunta. Quem de vós vive em Angra do Heroísmo?

17 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Também tive um cavalo assim
E
Fazia nele cavalgadas sem fim
Eu me lembro dele
E ele se lembrará de mim


chica disse...

Linda poesia, bem cheia de saudades e sentimento! Parabéns pelos 38000 comentários! beijos, chica

Tintinaine disse...

Eu nunca tive um cavalo, nem desses nem dos outros que dão coices e tudo, mas comprei um para o meu filho, logo que ele teve idade para montar, e delirava com as acrobacias que o puto fazia em cima do bicho. Felizmente nunca bateu com o nariz no chão, mas andou lá perto!

Maria João Brito de Sousa disse...

Muito contente por ter sido contemplada com a sua novela, venho mais uma vez agradecer-lhe e afirmar que gostei muito deste seu poético Cavalinho que é um pouco o cavalinho que quase todos nós tivémos um dia.

Um grato abraço, Elvira.

Roselia Bezerra disse...

Bom dia de alegria de novo ano, querida amiga Elvira!
Lembrei-me de uma poesia de D. Hélder que fala do cavalinho azul e tem uma mensagem similar a esta.
Você sabe em que aposta nas suas postagens.
Refrescante início de manhã ter passado por aqui.
Seja muito feliz e abençoada junto aos seus amados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
🌻🌼🌷😍🌺

António Querido disse...

O que comprei à filha mais velha era bravo e de vez em quando lá o deixava escapar na cavalgada e batia com a nuca no chão, ainda aqui mora num canto do arrumo!

O meu abraço.

Edum@nes disse...

Parecia ser um burro,
afinal é um cavalinho
não se pode ter tudo
ao menos haja carinho!

Tenha um bom fim de semana amiga Elvira, e as melhoras dos seus olhos.
Um abraço.

Os olhares da Gracinha! disse...

Nunca tive um cavalinho
mas no seu doce balançar
... eu me iria encantar!!!
Bj

Cidália Ferreira disse...

Bonito poema!! :)

Beijo. Bom fim de semana.

Andre Mansim disse...

Olá minha amiga!
Te desejo um ano de 2019 muito abençoado e cheio de alegria!

Eita! Fazia muito tempo que não lia uma poesia tua, e hoje me senti feliz e nostálgico a ler esta>
Muito obrigado por compartilhar.

Um abração!!!

Graça Sampaio disse...

Parabéns pelo elevado número de comentários! É só para quem merece...

Também gostei muito dos versos do cavalinho...

Beijinhos.

redonda disse...

Gostei do poema e parabéns pelo número de comentários, muito merecido (não vivo em Angra do Heroísmo, já estive lá uma vez e foi muito especial)
um abraço

Anete disse...


Doce, terno e cativante poema! Também cheio de boas lembranças e saudades...
Uma boa noite e bom domingo... Bjs...

Janita disse...

Nunca tive um cavalinho, mas tive uma boneca grande de papelão.
Acabou por jazer, numa bacia de água, quando lhe quis dar banho...e eu, fiquei lavada em lágrimas!

Um abraço e parabéns pelos comentários que, como é sabido, são bem merecidos.

Kique disse...

Poesia encantadora
Adorei ler
Bjs

Kique

Hoje em Caminhos Percorridos - Cuidado Produtos Chineses!!!...

Ailime disse...

Boa noite Elvira,
Um poema lindíssimo, que me trouxe recordações da infância dos meus filhos.
O cavalinho deles agora delicia um priminho de quatro anos.
Beijinhos,
Ailime

Ana Freire disse...

Adoraria ter tido um cavalinho desses...
Belíssimo poema, sobre a idade da inocência... que vai ficando para trás... à medida que vivemos... e amadurecemos!...
Muitos parabéns, pelo número de comentários! Merecidíssimos, pela qualidade, e interesse, dos seus trabalhos e partilhas, Elvira!
Beijinhos!
Ana