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19.11.18

ESTRANHO CONTRATO - PARTE XXXII


Epílogo

O Inverno acabara, a Primavera fazia-se sentir em todo o seu esplendor de cores e perfumes. 
Francisca acabara de adormecer as crianças e preparava-se para se deitar.   Afonso ainda estava no escritório, e ela sempre respeitava aquele espaço. Sabia que ele se refugiava ali para trabalhar. 
Olhou-se no espelho. Como estava diferente. Agora era uma mulher feliz, realizada. Tão diferente daquela  Francisca que foi casada com Jorge. Viu pelo espelho a entrada do marido e como se dirigia para ela. Sentiu os seus braços à roda da cintura, os olhos procuraram-se através do espelho.
-Amo-te! - Sussurrou-lhe ao ouvido.
Sem respondeu, voltou-se e ofereceu-lhe a boca entreaberta, pronta para o beijo.
Enlouquecia-o. Cada dia mais, como se fosse uma dependência. Pegou-lhe ao colo, e deitou-a na cama. Inclinou-se para ela.
- Espera, - disse ela colocando a sua mão no peito  masculino e empurrando-o suavemente. - Vamos conversar.
-Agora? - Em tom de lamento.
-Depois compenso-te. Prometo!
-Sendo assim, - parecia resignado.
-Sabes, o quartinho ali ao lado…
- O que é que tem? – Interrompeu impaciente
- Temos que trazer de novo para lá o berço. Vai ser preciso... 
Levantou-se de um salto
-Queres dizer…
- Que a família vai aumentar dentro de alguns meses.
Abraçou-a.
- Amo-te tanto! Tens noção de que me tornaste no homem mais feliz do mundo?
- Esforço-me por isso - sorriu sedutora.
-Amanhã trato do berço.
-Temos tempo. Ainda faltam uns meses. Antes, queria contar-te uma fantasia que tinha contigo quando lá dormia. Prometes que não te ris?
Beijou-a com paixão.
- Conta, - pediu com voz rouca
E ela contou. Devagar frisando cada pormenor da fantasia tantas vezes sonhada, exacerbando  e levando ao limite o desejo do marido.
Quando ela se calou, ele estendeu-lhe a mão, ajudando-a a levantar-se.
- Vai, - sussurrou. Vamos convertê-la em realidade.
Feliz, ela encaminhou-se para o outro quarto

reedição


                                                        FIM

 Como não sou indiscreta, deixo à imaginação de cada um, o que se seguirá. Rsrsrs. Espero que tenham gostado.

Esta história, chegou ao fim, mas esta família ainda tem outra história para vocês. Vamos dar um salto de 25 anos e seguir a história. Estão de acordo?









29.10.17

A RODA DO DESTINO - PARTE XLV






Anete, desceu logo que a campainha tocou. Sob o casaco de fazenda castanho, tinha vestido umas calças pretas e uma camisola creme. O cabelo solto, descia-lhe pelas costas como um manto sedoso. Até agora, ele sempre a vira com o cabelo preso num coque, numa trança, ou num rabo-de-cavalo. Era a primeira vez que Salvador a via assim e ficou encantado.
Levantou-lhe o rosto entre as suas mãos e roçou os lábios pelos dela, numa carícia tão suave como sedutora. Depois enlaçou-a e dirigiram-se para o carro.
- Vais demorar-te com a tua irmã?- Perguntou pondo o carro em movimento.
- Não muito. Um pouco de conversa, uma brincadeira com os meninos, não sei, uma hora, talvez. Porquê?
- A tarde está bonita, podíamos ir até Cascais, ou Sintra. Lembro-me que me disseste que gostarias de conhecer Sintra. Queres ir lá esta tarde?
- Sim.
- Vais contar à tua irmã a minha proposta?
- Porquê? É segredo? – Perguntou tensa.
- De modo algum,- respondeu sorrindo. - Compreendo que estejas receosa, que queiras um conselho. Mas ninguém sabe mais de mim, do que eu mesmo. Sentir-te-ias mais confiante se eu dissesse que te amo?
- Se fosse verdade!
- E quem te diz que não é? E não achas que eu anseio o mesmo que tu? Isto é, que o meu maior desejo é ouvir-te dizer que me amas? Precisas confiar mais. Em mim, em ti, em nós. E pensar que vamos ser muito felizes.
Tinham chegado. Mal Salvador estacionou o carro, e ela apressou-se a desapertar o cinto e sair.
“Continua nervosa. É uma pena que acredite tão pouco em si própria.”
Salvador tirou do banco de trás uma caixa com livros para colorir e lápis de cor, para os sobrinhos e alcançou-a quando ela já se aprestava para tocar a campainha.
 Foi Raul quem lhes abriu a porta.
Cumprimentaram-se e entraram para a sala, onde Ana Clara vigiava, se os filhos arrumavam os brinquedos antes de irem dormir a sesta.
As crianças ficaram alvoraçadas com a presença dos tios, já não queriam ir para a cama. Finalmente a mãe conseguiu que eles serenassem e foi deitá-los com a ajuda de Anete. Para que as duas irmãs ficassem à-vontade, os homens foram para o escritório. O que os dois irmãos falavam, não era muito diferente, da conversa das gémeas.
- Sabes que não me surpreende? – Perguntou Ana Clara.  - Reparei que o Salvador está apaixonado por ti quase desde a primeira vez que vos vi juntos. 
-Acho que não percebeste o que te contei. Eu nunca disse que ele estava apaixonado por mim. O que ele me propôs, não foi uma relação amorosa. Foi um tempo de convivência para nos conhecermos melhor, para descobrir que sentimento nos une.
 - Salvador pode dizer o que quiser, mas ele não precisa saber nada sobre os seus sentimentos. Basta olhar para ele quando te olha. É amor. Conheço-o há anos e nunca o vi aquele brilho no seu olhar.
- Ele já amou, e muito. Confessou-me que pensava em casar, mas parece que ela não lhe correspondeu. Gostava de saber quem é essa mulher. Conheceste-a?
- Não. Se isso aconteceu, deve ter sido há muitos anos, antes de eu o conhecer, porque nunca dei por nenhum entusiasmo da parte dele. E o que é mais estranho, o Raul nunca me contou nada. Não te preocupes com isso. Se gostas dele, vai em frente. Salvador é um homem sério, responsável, e é dos melhores na sua profissão. E além disso é jovem, bonito e rico. Nem com um radar  encontravas melhor.
- Não me interessa a sua riqueza. Eu só quero ser amada. Saber como é viver com um homem, dormir com ele...