- Diogo adormeceu antes da hora da missa, e foi preciso levá-lo ao colo, tarefa dividida entre a mãe e os avós. Embora Fernando fizesse questão de o levar, Helena disse que não era prudente, havia apenas três semanas que tinha feito a cirurgia.
Durante a missa, o homem suplicou ao Jesus Menino que lhe concedesse a graça de recuperar a memória. Helena também suplicou ao Deus Menino pela recuperação dele.
No regresso foram distribuídos os presentes. Uma vez mais Fernando se emocionou ao ver que Helena embrulhara alguns presentes em seu nome para ele distribuir. Aquela mulher era um anjo que Deus lhe mandara num momento de provação. Por fim todos se foram deitar.
O dia de Natal amanheceu coberto de neve, o que provocou a alegria do menino, que na sua curta vida nunca a tinha visto a não ser na televisão. Ele e Fernando, fizeram um belo boneco em frente à casa, antes da ida à missa matinal.
Depois da homilia, toda a família cumpriu o ritual de beijar o Menino Jesus.
Após o almoço, como o dia estava muito frio, e continuava a nevar, toda a família ficou em casa. Diogo adormeceu, e os adultos entretiveram-se com um animado jogo de cartas até à hora do lanche, altura em que a criança acordou. As horas decorriam lentamente.
Helena pensava que nunca um dia de Natal lhe parecera tão longo. Esperava que no dia seguinte o inspetor visse a mensagem. E que dissesse alguma coisa. Mas como tudo que começa, acaba, também aquele interminável dia chegou ao fim.
No dia seguinte, encontravam-se à mesa, a tomar o pequeno-almoço, quando o telemóvel tocou. O inspetor informava que tinha lido a mensagem, mas precisava da presença urgente do jovem na esquadra. Precisavam tirar-lhe as impressões digitais, e verificar se correspondiam às de Fernando Monte Real, pois a foto só por si, não queria dizer que se tratasse dele, pois todos sabem que há pessoas que são cópias exatas de outras. E como ele continuava sem memória, só assim poderiam ter a certeza, para aprofundarem a investigação.
Helena desligou o telemóvel, e voltando-se para os pais, disse:
-Era do hospital. Pedem-me para interromper as férias, há um grande afluxo de doentes com gripe, estão a chamar os médicos que estão de férias. Vamos acabar de comer e arrumar as nossas coisas para a viagem. Lamento ter ficado pouco tempo convosco, mas prometo voltar logo que possa.
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10 comentários:
A mentira necessária, como se costuma dizer!
Boa viagem de regresso e a história continua!
Há dias assim, sejam de Natal ou não. Às vezes, passam a correr, outros, o relógio parece ter parado.
Um bom dia, Elvira, e boa continuação da história.
Um beijinho
Mais um excelente capitulo.
Um abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Natal bem passado,mas agora chegara o dia esperado pra solução de um grande problema...Muito bom! bjs, chica
A coisa está intrincada.
Bom dia, Elvira
Bom dia, Elvira! Bom dia :)
Por enquanto terei de me abster de ler textos longos e não poderei, nos próximos meses, pôr as minhas leituras em dia...
O olho esquerdo recuperou a 100%, mas a lente que me foi implantada é para ver ao longe e só poderei ter óculos adequados depois de ser operada ao olho direito cuja catarata se agigantou nestes últimos tempos.
Quem, como eu, esperou tantos, tantos anos, pode agora esperar mais uns meses. Só espero que não sejam muitos...
Espero que, consigo, as coisas também estejam a correr pelo melhor, minha amiga!
Virei deixar-lhe um abraço sempre que puder :)
Boa noite Elvira,
Um belíssimo capítulo, com o suspense que a amiga tão bem sabe impregnar nas suas histórias.
Beijinhos e bom fim de semana
Ailime
Helena, que grande personagem, Elvira.
Bjs.
Outro capítulo encantador!
Abraços fraternos!
Um grande passo para a conclusão do fato. Gostando cada vez mais.
Abraços,
Furtado
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