Depois de hora e meia retida na estrada, Helena estava de novo a caminho da capital. Já era tarde e ficara indecisa, se devia ou não entrar na autoestrada, pois a viagem seria mais rápida. Porém chegaria sempre tarde, e como era hora do jantar, decidiu continuar pela estrada nacional, e parar onde encontrasse um restaurante, junto à estrada, a fim de jantarem, coisa que viria a fazer, dois quilómetros mais à frente.
Depois do jantar, voltou à estrada, não sem antes verificar se o filho sentado atrás na sua cadeira tinha o cinto devidamente colocado.
Apesar de se estar nos primeiros dias de Dezembro, a noite estava estrelada, e fria. Estranhando o silêncio do menino , lançou-lhe um rápido olhar e verificou que tinha adormecido. Baixou um pouco o som do rádio e concentrou-se na condução. Não gostava de o fazer de noite, mas os dias naquela altura eram tão pequenos. Felizmente já não faltavam muito para chegar a casa. Devia estar a uns dez, doze quilómetros de Lisboa, encontrava-se numa longa reta, e há quase vinte minutos que não passava um carro por ela.
Apesar de se estar nos primeiros dias de Dezembro, a noite estava estrelada, e fria. Estranhando o silêncio do menino , lançou-lhe um rápido olhar e verificou que tinha adormecido. Baixou um pouco o som do rádio e concentrou-se na condução. Não gostava de o fazer de noite, mas os dias naquela altura eram tão pequenos. Felizmente já não faltavam muito para chegar a casa. Devia estar a uns dez, doze quilómetros de Lisboa, encontrava-se numa longa reta, e há quase vinte minutos que não passava um carro por ela.
De súbito, avistou qualquer coisa na berma da estrada, lá mais à frente, e pensando nalgum animal que de repente poderia atravessar a estrada, reduziu a velocidade. Porém à medida que se aproximava verificou que se tratava de um corpo humano. Mau, um corpo humano deitado na berma da estrada, naquele local solitário, sem nenhum carro ou velocípede à vista, podia ser uma armadilha. Como médica estava habituada a tomar decisões em fracções de segundos. A estrada estava aparentemente deserta, mas as três árvores e o tufo de vegetação imediatamente antes do corpo, podiam esconder alguns meliantes.
Embora a sua razão lhe gritasse que seria perigoso parar, e lhe aconselhasse prudência, o seu instinto também lhe dizia que podia ser alguém gravemente ferido, e ela era acima de tudo, médica. Lançou um olhar inquieto ao filho que continuava adormecido e travou um pouco antes de chegar junto ao vulto. Vestiu o colete reflector, e saiu do carro. A medo perscrutou os arredores. Não se via nada, estava tudo silencioso. Receosa abriu a porta traseira e pegou no filho adormecido ao colo, pensando, que podia ser um assalto para lhe roubarem o carro, e não podia correr o risco de o levarem com o filho lá dentro. Devagar aproximou-se do vulto caído na berma da estrada. Parou por momentos e escutou. Não se via nada nem ninguém e o vulto não se mexeu. Convencida de que não se tratava de nenhum estratagema de assalto, pousou a criança no chão e debruçou-se sobre o vulto que jazia de bruços na berma da estrada.
Embora a sua razão lhe gritasse que seria perigoso parar, e lhe aconselhasse prudência, o seu instinto também lhe dizia que podia ser alguém gravemente ferido, e ela era acima de tudo, médica. Lançou um olhar inquieto ao filho que continuava adormecido e travou um pouco antes de chegar junto ao vulto. Vestiu o colete reflector, e saiu do carro. A medo perscrutou os arredores. Não se via nada, estava tudo silencioso. Receosa abriu a porta traseira e pegou no filho adormecido ao colo, pensando, que podia ser um assalto para lhe roubarem o carro, e não podia correr o risco de o levarem com o filho lá dentro. Devagar aproximou-se do vulto caído na berma da estrada. Parou por momentos e escutou. Não se via nada nem ninguém e o vulto não se mexeu. Convencida de que não se tratava de nenhum estratagema de assalto, pousou a criança no chão e debruçou-se sobre o vulto que jazia de bruços na berma da estrada.
10 comentários:
Meu Deus! Até fiquei com a coração a bater descompassado.
E vamos nós ficar nesta aflição até segunda-feira...?
Olhe que a Elvira arranja-me cada uma! Uma mulher e uma criança pequena naquele lugar sem vivalma, com um homem deitado no chão?
A Elvira aí descansadinha e nós aflitas...
Um abraço. E seja o que Deus quiser.
A senhora Dra, deveria ter chamado o 112 antes de parar o carro, digo eu. :)
Boa noite, Elvira
A minha memória é que ficou reactivada.
Bfds
O remédio é esperar até segunda-feira para saber o que aconteceu!
Bom fim de semana (embora sábados, domingos e segundas-feiras seja tudo igual)!
Agora com esse capítulo lembrei ... Muito legal! beijos, tudo de bom,chica
Um belo capitulo estou a gostar.
Um abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Que aflição ... Vamos ver o que vai acontecer!:)
-
Bom fim de semana. Beijos
Bom dia Elvira,
Muito suspense neste capítulo!
Vamos ver o que se seguirá!
Beijinhos e ótimno domingo.
Ailime
Este capítulo quase me parou o coração!!!!
Abraços fraternos!
Elvira, deixou-me com o coração aos pulos.
Que situação tramadota.
Bjs.
Enviar um comentário