Seguidores

5.5.20

À MÉDIA LUZ - PARTE XV




Quase dois meses depois, pouco passava das dezassete horas, quando o inspetor ligou.
Sandra passou a chamada para Gabriel, e ficou ansiosa para saber se havia alguma novidade, mas não se atreveu a entrar no gabinete sem ser chamada. Minutos mais tarde, a luz na sua secretária acendeu-se e ela levantou-se e entrou no gabinete dele. Não perguntou nada, mas a interrogação estava patente nos seus olhos.
- Nada de concreto, mas parece que o Pedro detetou qualquer coisa numa das vídeo gravações, quer que eu veja e o esclareça. Combinei ir a sua casa, logo à noite. Queres ir?
- Não. Não trabalhava cá na altura, não sei como poderia ser útil. Precisas de alguma coisa?
- Não. Sabia que estavas ansiosa, por isso te chamei. Nada mais por agora.
Ela saiu. Estava quase na sua hora de saída, devia começar a arrumar as coisas, mas só pensava, no que seria, que o inspetor tinha encontrado. Algum dia, conseguiria provar a inocência do pai, e limpar o seu nome? Coitado do pai.  Estava cada dia mais abatido, cada dia mais desiludido com a justiça. Por isso ela preferiu não lhe contar nada, nem mesmo quando ele lhe disse que um inspetor o tinha visitado, e feito uma série de perguntas. Tinha medo de lhe criar ilusões que não se concretizando, só serviriam, para um maior sofrimento.
Por fim fechou o computador, arrumou as pastas, fechou gavetas, e pegando na mala, saiu.
Ainda precisava passar pelo supermercado, para fazer umas compras. Depois iria mergulhar na rotina de todos os dias. Desde que seu pai fora condenado, a vida de Sandra virou do avesso. Teve que abandonar o seu sonho de vir tornar-se profissional de dança, de entrar em competições, ganhando dinheiro para abrir a sua própria academia; e procurar emprego.  As visitas ao pai, o desejo de conseguir provar a sua inocência, o emprego na empresa onde o pai trabalhara, e por fim aquela apresentação na academia, que voltou a baralhar tudo, mostrando-lhe uma faceta do seu chefe, com a qual nunca sequer sonhara, mas que calou fundo na sua alma sofrida e a conquistou.
Acabara de arrumar a cozinha. Olhou o relógio. Dez horas. Será que ele vinha esta noite? E se viesse traria boas notícias? Como respondendo à sua pergunta a campainha fez-se ouvir e ela apressou-se a ir abrir a porta.






14 comentários:

noname disse...

Pronto, agora fico à porta até amanhã, para descobrir que novas traz ele :-)

Boa noite, Elvira

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Ai quanta curiosidade esse capítulo despertou! Daqui que chegue amanhã!!!!!
Beijos!

Pedro Coimbra disse...

Agora ficamos todos à espera das boas notícias.
Abraço

Tintinaine disse...

Esse toque de campainha fez-me recordar um título famoso, «O destino marca a hora»!

Maria João Brito de Sousa disse...

Decerto serão boas, as notícias que Gabriel trará. Aguardemos :)

Abraço, amiga!

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Continuo a acompanhar.
Um abraço e uma boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros

chica disse...

E vamos te lendo e a=gostando! beijos, chica

João Santana Pinto disse...

Pronto… e são estes momentos em que tudo esperamos e temos de ficar na "fila" para não perder a abertura do próximo texto… muitos sorrisos…

Abraço e até ao próximo texto.

Cidália Ferreira disse...

Esperam-se boas notícias! :)
Beijos. Boa tarde!

Edum@nes disse...

Este capitulo acabei de ler. Voltarei amanhã para ler o próximo!

Tenha uma boa boite amiga Elvira. Um abraço.

Ailime disse...

Boa noite Elvira,
Continuando a acompanhar o desenrolar desta bonita história.
Um beijinho e e fique bem.
Ailime

lis disse...

O que será que o levou novamente a casa e Sandra?
só saberemos quando a autora decidir que sim. Suspense
Todo escritor gosta. :))
beijim Elvira

teresa dias disse...

Vou esperar para saber...
Bjs.

Rosemildo Sales Furtado disse...

É bem provável que surja alguma novidade. O melhor é aguardar.

Abraços,

Furtado