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2.4.20

DIVIDA DE JOGO - PARTE XXII





Entraram no hotel de mãos dadas, e André dirigiu-se imediatamente para os sofás da sala de recepção, onde se encontravam algumas pessoas que se levantaram com a sua chegada.
- Eva, apresento-te a minha família. Mãe, pai, irmã e sobrinhas. O resto chega no próximo fim-de-semana, a tempo para o casamento. Família, esta é Eva a minha noiva.
Viu-se submergida num mar de abraços e beijos. Toda a família, a acarinhando como se fosse parte integrante dela. A ela que nunca soubera o que era ter família. Não conseguiu conter as lágrimas.
- Então querida, o tempo é de risos, não de lágrimas - disse Sofia a mãe de André.
- Estou espantada. O André não me disse nada. Pensei que íamos jantar sozinhos!
- Não sabia se me ias perdoar. Trouxe a cavalaria, para te convencer, se eu não conseguisse – disse rindo.
- A julgar pelo que vemos, foste convincente, - disse a irmã, provocando o riso geral.
- É melhor irmos para a sala, ou ficamos sem jantar, - lembrou o pai. 
Eva, nunca iria esquecer, o jantar maravilhoso, e a simpatia de toda a família. A determinada altura, Giovanna, a futura cunhada, perguntou:
-Já pensaram onde vão fazer o casamento?
- Eva confiou em mim, e eu quero que seja um dia de sonho para ela. Conto convosco para tratarem das roupas e adereços. Do resto cuido eu. E o papá, se me quiser ajudar.
- Ficaria zangado se me excluísses.
- Então amanhã vamos às compras, - animou-se Isabella.
- A Eva está empregada. Tem que ir à clínica para apresentar a demissão. Depois podem começar.
- Não é tão simples assim. Tenho que dar um mês à empresa para arranjar substituta, - disse Eva
- Um mês? Nem penses nisso! Se for necessário, pagas a indemnização à empresa.
Depois de conversar com ela, André escolheu o momento do regresso a casa, perto da meia-noite, para anunciar à família a gravidez da noiva. E a alegria foi geral.



14 comentários:

noname disse...

Sabe que mais, no momento que estamos a viver, esta história é uma lufada de ar fresco.

Boa noite, Elvira
Tudo bem por aí?

Ailime disse...

Boa noite Elvira,
Maravilhoso momento.
Eva encontrou uma família que a recebeu de braços abertos.
Um episódio lindo.
Beijinhos,
Ailime

Janita disse...

Só há coisa, ou melhor, duas que eu não aprecio muito no André.
Uma é o facto de pensar que com dinheiro tudo se compra. E digo isto pela forma como pensa pagar ao patrão da futura mulher, o prazo estipulado por lei quando há uma demissão laboral, seja por parte do funcionário ou da entidade empregadora. Nem lhe passa pela cabeça que uma única falha numa 'engrenagem' pode estragar o funcionamento da mesma.
A outra é essa mania - que hoje nem aconteceu - de tratar a rapariga por "cara" ou "cara mia". Acho isso um tratamento distante e pouco apropriado de um enamorado à sua amada. Gostava mais de "amore mio" :))

De resto, tudo bem. Melhor vida para a nossa sofredora heroína, seria impossível.
Venha o dia do casamento!!

Boa noite, Elvira

Pedro Coimbra disse...

O gajo é um bocado possessivo, não?
Abraço

Jaime Portela disse...

A gravidez é (quase) sempre uma alegria geral...
Estou a gostar da história, sempre bem escrita como é habitual.
Elvira, continuação de boa semana.
Beijo.

João Santana Pinto disse...

Todas as histórias têm de ser analisadas à luz da sua época e muito mudou nos últimos anos, felizmente…

Um pouco na sequencia dos comentários acima. A Eva mantém na relação uma posição um pouco mais "submissa", quando em muitos momentos anteriores mostrou postura. Não obstante, cresceu num ambiente conservador e teve uma relação infeliz que podem facilmente justificar o "deixar ir ao sabor da corrente André", por outro lado, um André algo "excessivo" nas decisões, não significam controlo ou excesso de controlo, pode significar tão só o deslumbramento de quem não pensava encontrar uma Eva, o amor de uma existência".

Considerando tratar-se de um texto anterior e considerando o quanto a autora conseguiu surpreender-me com textos anteriores perfeitamente ajustados aos nossos dia, entendo os comentários (no sentido que já não se espera menos do que uma mulher independente) entendo o contexto ao considerar um tempo anterior (mudou muito nos últimos dez anos e nos últimos 20 então…) mais as atenuantes que referi anteriormente.

Voltando ao texto, por vezes deparo-me com esta dificuldade (queixo-me bastante até - sorrisos), o sentir que o texto pensado para blogue limita e o conteúdo inserido nesta página teria merecido ser desenvolvido num capítulo inteiro, que iria acabar por dar um efeito diferente).

O texto teve vários méritos, o de me surpreender enquanto leitor… a família… dele… origem italiana, com laços sanguíneos portugueses… talvez o suficiente para justificar o sentimento de posse (sorrisos).

O mérito de oferecer a Eva uma família que sempre quis ter e uma vez mais, os valores que a autora constantemente incute nos seus textos. O valor da família, o carinho, a cumplicidade, a ajuda, a partilha, o amor.

Abraço e boa semana

Maria João Brito de Sousa disse...

:) Hesito entre subscrever as palavras da Noname e as da Janita...hesito tanto que subscrevo ambos os comentários :)


Forte abraço, Elvira!

chica disse...

Gostei do capitulo e acompanhei os comentários que fornecem mais uma boa litura aqui! beijos, chica

Cidália Ferreira disse...

Estou a gostar muito da estória. Já espero pelo seguinte! AMEI!
-
Amigo, é aquele que te dá a mão quando precisas
-
Beijo. Tenham uma excelente tarde. "Vai ficar tudo bem"

Edum@nes disse...

Rumo a bom porto, com os passageiros, navega a embarcação!

Tenha uma boa noite amiga Elvira, Um abraço.

AC disse...

Um final digno de Hollywood, Elvira. Que grande mestre de cerimónias me saiu! :)

Um abraço

" R y k @ r d o " disse...

Felizmente que esta linda Estória não ocorre nos tempos que estamos vivendo. Caso fosse, não podiam haver ajuntamentos, nem abraçoz, nem beijos.

Tudo a correr bem. Merecem ser muito felizes.

Cumprimentos

Gaja Maria disse...

Um abraço Elvira, fique bem.

Lúcia Silva Poetisa do Sertão disse...

Episódio cheio de alegria, de ternura e emoções.
Beijos!