Fora
difícil terminar o curso grávida e longe da casa paterna, pois Quim terminara o
curso no ano anterior, não tinha mais família do que o tio e padrinho, advogado
em lisboa, que lhe pagara o curso e lhe oferecera trabalho no seu escritório,
com possibilidades de chegar a sócio mais tarde. Por isso, contra a vontade dos
seus pais, partiram para a capital logo após o casamento. E o facto de terem
que viver com os tios do marido durante os primeiros tempos, também não era o
seu sonho, mas ainda assim nunca se arrependera.
O
marido compensava em amor, as saudades que ela tinha dos pais e irmão.
E
também porque não dizê-lo os tios de Quim tentaram com todo o carinho apoiá-los
naqueles tempos difíceis. E até mesmo após o nascimento de Sara eles foram para
a bebé uns verdadeiros avós.
Quando a bebé fez dois anos resolveram pô-la na creche e ela conseguira ser professora num colégio particular e começaram então a pensar comprar uma casa ali perto, tinham algumas economias e Quim tinha uma boa carteira de clientes. Foi nessa altura que ao regressar do tribunal, Quim entrou no escritório do tio para lhe dar a notícia de mais um caso resolvido com sucesso e o encontrou de cabeça em cima da secretária.
Inicialmente pensou que o tio se teria deixado dormir e já se retirava, quando alguma coisa lhe fez voltar atrás para o
acordar. Embora o corpo ainda estivesse quente o tio já estava morto conforme
constatara o pessoal médico da ambulância que Quim chamara. O advogado Jorge
Simões sofrera um ataque súbito de paragem cardiorrespiratória consoante o
resultado da autópsia relatava.
Deu
uma volta na cama e olhou o relógio. Seis horas e quarenta e cinco minutos.
Travou o despertador e com cuidado para não acordar o filho, levantou-se e
dirigiu-se à casa de banho a fim de se despachar com a higiene matinal antes de
ir acordar as meninas.
Depois
de um duche rápido, vestiu-se e foi chamar a filha e sobrinha, seguindo depois
para a cozinha a fim de preparar os pequenos almoços e os lanches para elas
levarem.
Às
sete e trinta e cinco, as duas garotas já tinham comido os cereais, lavado os
dentes, preparado as mochilas, encontrando-se prontas para saírem, quando
ouviram o som de um carro chegando.
-
É o tio Fernando, temos que ir, -disse Sara dirigindo-se à mãe para lhe dar um
beijo sendo imitada pela prima.
Laura
acompanhou-as à porta fazendo as recomendações habituais. Fernando que tinha
saído do automóvel, aproximou-se e disse:
-Convidas-me
para o pequeno almoço? Não tenho clientes de manhã e não gosto de comer
sozinho. Vou levá-las e volto, pode ser? – perguntou com uma expressão gaiata.
A jovem não soube como negar, apenas assentiu com um movimento de cabeça.
Fernando
agradeceu sorrindo e voltou para o carro onde as jovens já aguardavam ansiosas.
11 comentários:
Um excelente capitulo.
Gostei.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
O engatatão está a montar o cerco!
Boa semana com saúde e alegria!!!
Boa continuidade, estimada amiga!
Uma semana excelente!
Gostei deste capítulo, tal com os anteriores.
A história continua interessante e bem escrita.
Boa semana, amiga Elvira.
Beijo.
Esse café a dois será muito legal pra ambos...
beijos, ótima semana! chica
Repito que o caminho para o coração muitas vezes passa pelo estômago.
Boa semana
Passo a passo, ambos acabarão por entender-se...
Saúde, Paz, uma boa semana e um forte abraço, amiga!
Vai acabar or aceitar um novo amor! Afinal, a vida segue. Um beijinho, Elivra e espero que estejam todos bem de saúde.
Emilia
Ui, ui, o Fernandinho não está para modas, quer e corre para obter, Vamos ver... ahahahah
Beijinho, Elvira
Continuo a gostar de acompanhar. Os meus parabéns!
Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram | Youtube
boa tarde Elvira,
Continuando a acompanhar esta linda e emotiva história.
Beijinhos e uma boa semana, com saúde.
Ailime
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