Aquela semana, foi muito complicada para Helena. Desde logo porque não conseguia afastar da cabeça, o homem que socorrera, e que fisicamente melhorava de dia para dia, estando prestes a ter alta.
Helena já tinha conversado com Sandra, a colega que chefiava a equipa de médicos que o tinha a seu cargo, e sabia que no final da semana lhe iam dar alta. Faltava uma semana para o Natal e por essa época todos os doentes que estejam em fase de recuperação, têm alta a fim de passarem a quadra com a família. É todos os anos assim.
A equipa médica até tinha feito uma “vaquinha” para lhe comprarem alguma roupa, uma vez que aquela com que tinha entrado no hospital, estava imprestável e tinha sido incinerada. Também sabia que a polícia não descobrira nada sobre ele, que continuava com amnésia.
Não conseguia deixar de pensar nele, o seu rosto povoava-lhe os sonhos. Tentava encontrar desculpa para o seu interesse nos sentimentos humanitários, que no fundo, talvez não tivesse, se o paciente fosse outro, fosse mais velho, ou menos atraente.
A verdade, é que tinha quase trinta e dois anos, estava no máximo da sua plenitude sexual e excetuando o caso breve com o pai do filho, não tinha tido outro relacionamento com homem algum. E o que estava a acontecer, é que se estava a apaixonar por aquele desconhecido misterioso e muito atraente.
Sabia que a polícia estava a tentar arranjar um sítio onde o acolher até ver se conseguiam descobrir a sua identidade, mas pretendia levá-lo para sua casa, pelo menos naquela quadra. Tinha dez dias de férias para desfrutar, a partir da próxima semana, esperava passá-los na aldeia com os pais, e podia perfeitamente levá-lo como se fosse um amigo. Pelo menos passaria o Natal em ambiente familiar, e depois se veria. Talvez até, quem sabe, ele recuperasse a memória, nesse espaço de tempo.
De modo que estava resolvida a falar com a polícia e ficar responsável por ele. Não era uma decisão muito sensata, podia até ser perigosa, pensava. É que ele tanto podia ser um cavalheiro como um psicopata, mas ela confiava nos seus instintos e eles diziam-lhe que não se tratava de um facínora. E demais se o fosse, a polícia com todas as fotos que lhe tirara, não o teria já identificado?
Preparou o quarto de hóspedes, já que ele teria alta no sábado e ela só seguia para a aldeia na segunda-feira, e depois conversou com o filho, para que o menino, não estranhasse a situação. E assim naquela tarde de sábado, dirigiu-se ao hospital, a fim de o ver e convidá-lo a acompanhá-la.
10 comentários:
O início da caminhada à descoberta.
Bfds
Bom fim de semana, Elvira. E saúde suficiente para ir desenvolvendo outros escritos para nos oferecer, quando este chegar ao fim.
Que venha o fim de semana... Para o nosso ilustre desconhecido, para a médica e para nós.
Um abraço.
Caramba! Isto é que é deixar os leitores à beira de um ataque de nervos eheheheheh
Bom fim de semana, Elvira
Passando pra deixar um beijo,desejando ótimo fds! chica
Que maravilha. Estou a gostar!:)
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Coisas de Uma Vida
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Beijos e um bom fim de semana
E corajosa a Helena ! rs
Tomara que o amor o faça retornar a vida, rapidamete.
grande abraço, Elvirinha.
Saúde ,querida!
Boa tarde Elvira,
Além de boa pessoa, Helena é muito corajosa!
Vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos.
Beijinhos e saúde.
Ailime
É muito corajosa mesmo!
Beijos!
Mulher de «fibra»!!!
Grande personagem, Elvira.
Bjs.
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