Lentamente ele levantou-se. Estendeu-lhe as mãos para a
ajudar a erguer e aproximou-a do seu corpo. Pela sua cabeça, as ideias corriam
rápidas como rajada de vento, o coração palpitando acelerado. Ele queria muito
aquele casamento. Sentia desejo de uma família, toda a vida fora um solitário. Mas não esperava aquele teste.
E se ele não fosse capaz de transpor para o beijo o que sentia? Ou se ela não
sentisse nada por ele? Todavia, toda a sua vida fora um constante desafio.
Então porque temer mais um? Segurou-lhe no queixo com a mão esquerda, levantou
a direita e com o indicador, percorreu-lhe suavemente o rosto numa carícia breve,
que, contudo, fez Teresa tremer da cabeça aos pés.
Então inclinou o rosto e beijou-a suavemente, um beijo cheio de ternura, como se quisesse com ele demonstrar-lhe que não havia razão para os seus receios. Teresa ergueu os braços e enlaçou o pescoço masculino. Ele voltou a beijá-la, mas desta vez com mais intensidade embora não usasse a língua. Não, ainda não era altura para isso, não sabia até que ponto ela estaria preparada para o vendaval de sensações que o fustigavam, não queria assustá-la. Limitou-se a dar-lhe prazer com os lábios, mas, ou Teresa era muito sensível ou estava demasiado recetiva por causa das alterações hormonais. O certo é que ela suspirou, apertou o corpo contra o dele e entreabriu os lábios, oferecendo-se para ele, como uma rosa selvagem, se abre para o sol.
E então o desejo correu solto pelas suas veias, fazendo-o
esquecer da sua intenção inicial. A sua língua penetrou a boca feminina, explorando
e saboreando o gosto dela, que retribuía a carícia com igual paixão, compensando
a falta de experiência com o desejo que a abrasava.
Por fim, João desfez suavemente o abraço, provocando-lhe um queixume de protesto e ajudou-a a
sentar-se.
- Meu Deus, o que foi isto, - murmurou ela. Sentia as
pernas a tremer e o coração parecia querer saltar-lhe pela boca, pois lhe sentia o pulsar na garganta.
-Isto foi a prova de que o nosso casamento, nunca será um mar de tédio.
Sentada, ela olhou em frente, e como ele permanecia de pé, não pôde deixar de reparar, como estava excitado e a
vergonha que sentiu, fez com que o seu rosto ficasse cor de carmim.
Um minuto depois, já sentado na frente dela, ele perguntou:
-E então, passei no teste? Aceitas casar comigo?
-Aceito.
Ele segurou-lhe a mão, e levou-a aos lábios.
-Prometo que farei tudo, para que nunca te arrependas. Então,
se me deres os teus documentos, amanhã mesmo, começo a tratar dos papéis e
podemos casar dentro de duas, três semanas no máximo. Agora com a Internet é tudo muito
rápido.
-Mas não podemos casar tão depressa! - exclamou ela.
-Porque não? - interrogou ele arqueando as sobrancelhas.
- Porque… porque o casamente tem certas exigências, que não
são compatíveis com o meu estado, - disse nervosa.
- Por quem me tomas, Teresa? Não acredito que penses que após o casamento, te vou exigir relações conjugais. Posso não ser muito carinhoso, não ter nenhuma experiência do que é a intimidade ou o amor, mas não sou nenhum animal inconsciente. Se aceitares casar comigo, nada mudará na
situação atual, a nossa relação como casal, virá depois que os bebés nascerem e quando estejas pronta para ela, e para mim.
- Mas então, porque temos de casar já? Porque não esperar
até essa altura?
17 comentários:
Oh, não, Teresa és tão complicadinha!!!
Mais um belo (e não só) capítulo.
Parabéns Elvira!
Beijo, fique bem.
Quem manda aqui é a D. Elvira, não adianta reclamar!
Já falta pouco para 2ª Feira, mas não sei se alguma coisa vai mudar, ou se vai mudar para pior!
Estava quaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaase chegando ao belo final e Teresa resolveu questionar...Vamois nós esperando! LINDO! beijos, chica
Boa pergunta, ahahahahah
Bom dia, Elvira
Esta cilada continua de vento em popa, mas... para mim o grande final só chegará quando os três bebés vierem ao mundo, sãos e salvos.
Forte abraço, Elvira.
Estou a adorar. As melhoras amiga, vamos torcer para que tudo corra bem. Beijinhos
Como lhe disse no post anterior, mais uma vez, a leitura foi em bloco.
Como já vamos no casamento e a Teresa está um pouco duvidosa com a pressa, espero pelas novidades que a Elvira tem, para saber quem vai ganhar a razão.
Um abraço e saúde.
Boa tarde Elvira,
Belo e intenso episódio como só a Elvira sabe conceber e exteriorizar deixando-nos em completo suspense.
Beijinhos,
Ailime
A passar por ca para acompanhar a história.
Um texto intenso, com o calor do momento e o nascimento de um casal, de uma paixão concretizada de um amor a acontecer.
Penso que o João gosta de se meter em trabalhos (sorrisos). Igualdade perante tudo, é um facto, mas para as grandes decisões de uma festa de casamento... não será muito provavelmente fácil para ele, o estar à altura de tamanha tarefa...
Mais dia e meio pelo caminho até se ter acesso à próxima página... (sorrisos)
Um abraço e boa semana
A Elvira é danada para os pormenores...amorosos.
Vamos lá esperar, que quem espera sempre alcança!
Um abraço.
Ai ai ai, que nunca mais vemos "o fundo ao tacho". Estava quase, mas agora... será que ainda vais complicar? Aguardemos.
Bjs.
Se o princípio lhes agradou. Para quê perder mais tempo. O tempo no tempo passa a correr. Podem não ter tempo de fazer tudo aquilo que planeiam fazer?
Tenha uma boa noite amiga Elvira. Um abraço.
Muto bem. A pressa é inimiga da perfeição!:)
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Pensamentos que ficam entre a saudade
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Beijo e uma excelente noite :)
Tudo vai dar certo. Ele saberá convence-la ,com certeza.
Aguardemos !
E voce D.Elvira cuide-se tá? nada de esforços
_ deixe que os dois se entendam rsrs
beijinho
Acredito que a Teresa tenha razão. Por que não esperar mais um pouco? Acompanhando e gostando.
Abraços,
Furtado
Capítulo com emoções fortes e ardentes!
Abraços fraternos!
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