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17.12.17

O ALDEÃO



(Baseado numa história de Natal, atribuída a León Tolstoi


Um aldeão russo, muito devoto, constantemente pedia em suas orações que Jesus viesse visitá-lo em sua humilde choupana.
Na véspera do Natal sonhou que o Senhor iria aparecer-lhe. Teve tanta certeza da visita que, mal acordou, levantou-se imediatamente e começou a pôr a casa em ordem para receber o hóspede tão esperado.
Uma violenta tempestade de granizo e neve acontecia lá fora. E o aldeão continuava com os afazeres domésticos, cuidando também da sopa de repolho, que era o seu prato predileto.
De vez em quando ele observava a estrada, sempre à espera...
Decorrido algum tempo, o aldeão viu que alguém se aproximava caminhando com dificuldade em meio a borrasca de neve. Era um pobre vendedor ambulante, que conduzia às costas um fardo bastante pesado.
Compadecido, saiu de casa e foi ao encontro do vendedor. Levou-o para a choupana, pôs sua roupa a secar ao calor da lareira e repartiu com ele a sopa de repolho. Só o deixou ir embora depois de ver que ele já tinha forças para continuar a jornada.
Olhando de novo através da vidraça, avistou uma mulher na estrada coberta de neve. Foi buscá-la, e abrigou-a na choupana. Fez com que sentasse próximo à lareira, deu-lhe de comer, embrulhou-a em sua própria capa...
A noite começava a cair... Não a deixou partir enquanto não readquiriu forças suficientes para a caminhada. E nada de Jesus!
Já quase sem esperanças, o aldeão novamente foi até a janela e examinou a estrada coberta de neve. Distinguiu uma criança e percebeu que ela se encontrava perdida e quase congelada pelo frio...
Saiu mais uma vez, pegou a criança e levou-a para a cabana. Deu-lhe de comer, e não demorou muito para que a visse adormecida ao calor da lareira.
Cansado e desolado, o aldeão sentou-se e acabou por adormecer junto ao fogo. Mas, de repente, uma luz radiosa, que não provinha da lareira, iluminou tudo!
Diante do pobre aldeão, surgiu risonho o Senhor, envolto em uma túnica branca! - Ah! Senhor! Esperei-O o dia todo e não aparecestes, lamentou-se o aldeão...
E Jesus lhe respondeu: "Já por três vezes, hoje, visitei tua choupana: O vendedor ambulante que socorrestes, aquecestes e deste de comer... era Eu! A pobre mulher, a quem deste a capa... era Eu! E essa criança que salvaste da tempestade, também era Eu..."
"O Bem que a cada um deles fizeste, a mim mesmo o fizeste!"

14 comentários:

Isa Sá disse...

A passar por cá para conhecer mais uma história!

Isabel Sá
Brilhos da Moda

Tintinaine disse...

Acho que já tinha lido, mas não faz mal ler duas vezes, pois é uma história muito linda!

Larissa Santos disse...

Bom dia. Belíssima, Divina história.

Hoje:- Viajando através da janela...

Bjos
Domingo feliz com muito amor

aluap disse...

Há contos que se transmitem de geração em geração, mas este eu não conhecia. É muito bonito.
Bom domingo para si e todos os leitores.

Joaquim Rosario disse...

Bom dia
por vezes Deus bate-nos á porta e nós não nos apercebemos. e depois dizemos que Deus não existe.
JAFR

Edum@nes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Edum@nes disse...

Sim senhor está muito bem cantada. Por três vezes no mesmo dia. Na na sua choupana, o aldeão agasalhou o Senhor!

Tenha uma boa tarde de domingo amiga Elvira, um abraço,
Eduardo

Cesar disse...

Bonito conto, amiga. Um Feliz Natal pra ti e família.

Majo Dutra disse...

Adorei o conto, Elvira.
Boas férias e descanse...
Grande abraço.
~~~~~~~~~~

Smareis disse...

Boa noite Elvira!
Esse é um conto muito bonito.
Desejo um Feliz Natal e um Ano Novo cheio das mais alegres flores, dos mais perfeitos pensamentos, de uma luz imensa que lhe ilumine os caminhos, e principalmente, com todos aqueles sonhos que só Deus pode permitir que tenhamos.
Beijos e uma boa semana!

Pedro Coimbra disse...

Fazer bem ao outro.
Será assim tão complicado?
Boa semana

Os olhares da Gracinha! disse...

E por vezes nem nos apercebemos disso!
Adorei reler!!!
bj

Gaja Maria disse...

Boa noite e um abraço

Ailime disse...

Bonita história, que resume a mensagem que Jesus nos transmitiu.
Beijinhos,
Ailime