O primeiro domingo de Dezembro, nascera frio e seco. Na aldeia, a doutora Helena Correia, preparava as suas malas para o regresso à cidade com o filho. Tinha regressado de um congresso em Inglaterra na sexta-feira, e depois de ter tomado um duche, trocou de roupa, nem desfez a mala, mas colocou algumas peças de roupa num pequeno saco de viagem, pegou no carro e seguiu para a aldeia, a fim de ir buscar o filho que tinha deixado com os avós, antes de partir de viagem. Não parou pelo caminho, nem sequer para comer, cheia de saudades do pequeno Diogo, um garoto de cinco anos, que ela amava mais do que tudo na vida.
Helena, era filha única, de um casal de agricultores, não muito abastados, mas com o poder económico suficiente para dar à sua filha a realização do seu sonho de sempre. Ser médica-cirurgiã. Nunca cultivou grandes amizades, era uma aluna exemplar, apenas interessada em acabar os estudos, com o mínimo de gastos possíveis para os seus pais. Todo o tempo que os estudos, lhe deixavam livre, ela empregava-os no hospital, vendo doentes, assistindo a cirurgias, ou mesmo dando assistência a cirurgiões sempre que eles lho permitiam. Sabia que não era fácil, ela bem via, o estado de exaustão a que por vezes alguns cirurgiões chegavam, mas a sua força de vontade era de ferro, e a sua coragem não tinha limites. Terminado o curso, teve oportunidade de ir trabalhar para um hospital londrino e aí completou a sua especialização na área que sempre a apaixonara. Regressou a Portugal, com vinte e seis anos, virgem de todas as emoções amorosas, pelas quais nunca se interessara. Por essa altura, a mãe fora diagnosticada com um cancro na mama, e Helena resolveu ficar algum tempo sem começar a exercer, para ajudar a mãe naqueles tempos difíceis. Foi nesse interregno que se apaixonou, pelo psicólogo, a que levou a mãe, que se sentia arrasada e sem força de vontade de viver, depois da mastectomia.
Para Helena, que nunca se tinha apaixonado,
nada sabia dos prazeres do sexo, a relação era séria. Para Hugo, um trintão, habituado a saltar de cama em cama, não passou de uma aventura. Descobri-lo foi um trauma para ela, mas habituada a lidar com o sofrimento, não se deixou abater, e nem sequer se preocupou em procurá-lo quando descobriu que estava grávida.
nada sabia dos prazeres do sexo, a relação era séria. Para Hugo, um trintão, habituado a saltar de cama em cama, não passou de uma aventura. Descobri-lo foi um trauma para ela, mas habituada a lidar com o sofrimento, não se deixou abater, e nem sequer se preocupou em procurá-lo quando descobriu que estava grávida.
O erro fora seu, a responsabilidade pelas consequências eram suas, foi o que disse aos pais, quando eles a aconselharam a procurar Hugo, e a contar-lhe que estava à espera de um filho. Conhecedores do temperamento da filha, limitaram-se a apoiá-la.
Por essa altura, Helena concorreu a um lugar num posto médico estatal. Ser médica de família, era por de lado o seu sonho de chegar a ser uma grande cirurgiã, mas ela sabia bem que ele não era compatível com a sua situação actual.
11 comentários:
Novas aventuras para acompanhar por aqui.
Boa semana
Tive sorte com a escolha, pois este ainda não tinha lido! Ou então ando muito mal da minha memória!
Continuação de umas boas férias, a sul!
Vamos acompanhando ! Por enquanto não lembrei se já li ou não! beijos, tudo de bom,chica
Embora reposição, não conheço, vou seguir.
Bom dia, Elvira
A Elvira frisou que era uma reposição, mas confesso ser totalmente novidade para mim.
Um primeiro capítulo que já me deixa interessada em conhecer o pequeno Diogo, e claro, mais pormenores da vida desta nova Helena.
Um abraço e continuação de boa estadia aí p'los Algarves.
Para mim, é novidade. Vou seguir. Já aqui ouvi alguns sinais a chamar-me.
Um beijinho, Elvira, e boas histórias.
Gosto imenso do modo como crias ambientes.
Forte abraço nosso.
Gostei do começo!:)
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Terás firmeza, que a enfrentarás no tempo
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Beijo e um excelente semana.
Boas férias para quem for o caso.
Boa tarde Elvira,
Esta história ainda não li e gostei do início.
Vai ser, como sempre, uma bela história.
Beijinhos e boas férias com saúde.
Ailime
Chegando para acompanhar mais uma história sua e me organizando para acompanhar até o fim.
Abraços fraternos!
Com muito atraso, mas desde já interessada em acompanhar a história da médica Helena, do pequeno Diogo, e do psicólogo Hugo.
Promete!
Beijo.
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