E não tinha mesmo. Foram precisos dois anos para que ela apagasse do telemóvel as mensagens do marido e o seu número do telemóvel. E mais meio ano para que começasse a pensar em pôr o filho numa creche e voltar ao mercado de trabalho.
Entretanto
os pais e o irmão iam fazendo pressão sobre ela, dizendo-lhe que era muito
jovem, para ficar sozinha o resto da vida, que se devia dar a si própria e ao
amor uma nova hipótese.
Laura,
não queria pensar em nada mais do que retomar a sua carreira de professora e cuidar
dos filhos. A morte repentina do marido deixara-a tão traumatizada que ela não
queria voltar a pensar noutro relacionamento de amor que não fosse o maternal.
Ouviu
a campainha, e dirigiu-se à porta para a abrir. Sabia que era Fernando que
estava de volta, era demasiado cedo para serem os pais.
- Entra. Estava na cozinha, mas não sei o que tens por hábito comer de manhã. Café com leite, sandes ou torradas, iogurtes, sumo de frutas, ou algo mais substancial?
-
O que quiseres. Embora saiba que é errado, raramente tomo o pequeno almoço. Bebo
um café de manhã, e por volta das dez, ou dez e meia a minha assistente
leva-me uma sandes e um galão que pede no café que fica ao lado do consultório.
Tu já comeste?
-
Comi com as crianças. Tens aí, pão, manteiga, queijo, fiambre e fruta, - disse
assinalando a mesa posta. Podes escolher o que te apetecer enquanto eu aqueço o
leite e faço o café.
-
Enquanto o fazes, vou lavar as mãos. Quando voltar fazes-me companhia, preciso
conversar contigo – disse ele afastando-se.
Voltou
pouco depois, sentou-se e esperou que Laura se sentasse na sua frente para começar.
-
O Gonçalo disse-me que já inscreveste o Miguel numa creche, onde entraria já no início de
Outubro. Também me disse que tencionavas recuperar a tua carreira este ano letivo, mas não conseguiste colocação em nenhuma escola perto de casa. E que por isso estavas muito aborrecida. Eu tenho uma proposta a
fazer-te que talvez te interesse.
-
Uma proposta? De trabalho? Que eu saiba não és diretor escolar, nem dono de
nenhum colégio.
-Bom,
não se trata de ensino, mas é temporário e podia interessar-te para não estares
o tempo todo sozinha em casa a remoer mágoas.
-Do
que se trata?
13 comentários:
Está em bom caminho esta história e com certeza terá um final feliz. Boa noite, querida Amiga e que a saúde esteja normal, pois andavas um bocado preocupada. Espero que estejas mais animada. Um beijinho
Emilia
Olá Elvira! Não estou conseguindo comentar diretamente no seu espaço (Sexta Feira). Somente consegui agora porque cliquei na minha lista de seguidos constante no meu espaço. Procurei no Sexta Feira no painel dos seguidores e somente encontrei a sombra do meu espaço em último lugar. Depois voltarei se novamente conseguir.
Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Se a montanha não vai a Maomé...
Boa semana
Bom dia
O principio de uma nova era ?
JR
Aceito de olhos fechados, diria eu se o caso fosse comigo!
Boa semana, mesmo com chuva que veio para amenizar a seca. Quem teimar em ir para a praia pode sempre levar um guarda-chuva!!!
Gostei deste capitulo.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Como a vida continua, será boa ideia aceitar a proposta de trabalho temporário. Quem sabe ele se torne definitivo...
Continuo a gostar.
Boa semana, amiga Elvira.
Beijo.
A passar por cá para acompanhar a história e desejar uma ótima semana!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
A história prossegue, bem como a aproximação entre os dois protagonistas...
Saúde, Paz e um forte abraço, Elvira!
O destino dá uma ajudinha :)
Boa tarde, Elvira
Boa tarde Elvira,
Um excelente capítulo, muito bem escrito.
A proposta é irrecusável.
Será que ela aceita?
Beijinhos e uma boa semana, com saúde.
Ailime
Adorei o capítulo.
Boa Tarde. Beijinhos
https://duasirmasmaduras.blogspot.com/?m=1
Mais um belo episódio.
Obrigada.
Beijos.
Enviar um comentário