Declaro que sou feliz
Aqui chegado tudo parece estar certo
mesmo quando a "certitude"
é só dentro de nós.
Sou tão feliz e em sossego
que os descendentes distantes
no seu labor e harmonia
descansam no meu descanso
ninguém ousa interromper.
Sento-me no lugar que é só meu
a digerir com atraso as fatias
de sonho, fantasia e saber
que tenho na minha estante.
Isto é felicidade
porque já esqueci a saudade
de quando não estava só.
Pouso o Manuel Bandeira
sobre a manta sobre os joelhos
e fico-me…
com o som cavo deste contrabaixo.
25 /9/ 2020
11 comentários:
Um poema denso e bonito. Li, reli e refleti...
E as férias?! Bjs
"descendentes distantes"
As minhas duas filhas em Londres desde domingo.
Gostei.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Esta sua publicação é uma distinção que muito me honra.
Um abraço.
Tão sensível e gostei muito. Parabéns a "brancas nuvens negras" e a ti obrigado pela partilha.
Beijocas e um bom dia
Gostei muito desta sua partilha, amiga.
Um abraço para si e outro para o Senhor das Nuvens.
“A poesia nasce com a tormenta, raramente com a felicidade.”
Luís Rodrigues
Que poema bonito!! Amei :))
.
Sinto o outono em meu redor
.
Beijo, e uma excelente tarde!:)
Um belo poema bem merecedor de destaque neste seu espaço poético, amiga Elvira.
Quando a saudade fala mais alto, escrevem-se estas pérolas. Já conhecia mas reli com imenso prazer.
Um abraço para o Luís Rodrigues, outro para a Elvira.
Declaro-me que sou feliz, poia está aí um belo poema! Gosto de poemas que contam verdades da vida, que não são sonhos, e sim a realidade do nosso cotidiano.
Adorei ler, querida amiga.
Uma feliz semana, cuide-se.
beijo
Bom dia Elvira,
Um poema magnífico.
Gostei.
Beijinhos,
Ailime
Enviar um comentário