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27.1.21

SONHO AO LUAR - PARTE IX


Nessa noite, pegou no último livro de Tomás Reis, "Sonho ao luar," e releu algumas páginas.
Estava quase convencida que tinha descoberto o pseudónimo de Hélder Figueiredo.
Pesquisou o autor, na Internet, mas a única coisa que encontrou, foi o nome dos vários livros, publicados e o nome da editora. Nem uma fotografia, nem a idade, nada que o identificasse. Era muito estranho.

Apesar de ter adormecido tarde, acordou cedo. Tomou banho, vestiu -se e foi para a cozinha preparar o pequeno-almoço. Preocupou-se por não encontrar a avó, que sempre se levantava cedo, e foi ao quarto, onde também a não encontrou. Começava a ficar assustada quando a porta se abriu e a avó entrou com o missal na mão. Tinha ido à missa das sete. Era o dia do aniversário da morte do marido.

Isabel, acabou de fazer as torradas, aqueceu o leite para a avó, e fez um sumo de laranja para ela.
Acabada a refeição deu um beijo na idosa, e saiu apressada, pois faltavam apenas trinta minutos para as nove horas.
Encontrou Hélder com outro homem que lhe apresentou como sendo o seu advogado. Ele estendeu-lhe o contrato que ela leu e assinou. Depois despediu-se e partiu.

- Continuo com o trabalho de ontem? – perguntou quando ficaram sós
- Sim. Preciso desses capítulos acabados. Vou à cidade. Precisa alguma coisa?
- Há pouco papel para impressão.
- Mais alguma coisa?
- Penso que não.

Ele saiu, enquanto ela ligava o computador, a impressora e o gravador, iniciando assim o seu dia de trabalho.
Às onze horas, Antónia, apareceu com um chá e biscoitos.
Porém ela estava demasiado entusiasmada, com o livro, pelo que bebeu apenas o chá e continuou o trabalho.
Quando acabou de imprimir a última folha, desligou o gravador, organizou as folhas imprimidas, furou-as e arquivou-as numa pasta.

Olhou o relógio. Hora de almoço. Desligou o computador. Hélder, ainda não tinha voltado, não podia esperar, ele podia decidir almoçar na cidade 

                                                    

14 comentários:

noname disse...

E os dias vão passando e eu, cada dia mais curiosa :-)

Boa noite, Elvira

Pedro Coimbra disse...

Chá e bolachas às onze.
Um hábito diário (dias úteis) que não perco.

Joaquim Rosario disse...

Bom dia
E assim vou recordando esta linda historia.

JR

Ailime disse...

Bom dia Elvira,
Continuando a acompanhar o desenrolar desta bonita história.
Beijinhos,
Ailime

chica disse...

Muito bom acompanhar novamente...mexe com a memória! beijos, chica

Alexandra disse...

Vamos esperar para ver o que tem a dizer a Elvira para depois do almoço.

Um abraço e saude.

João Santana Pinto disse...

Estava a pensar que secretariar um escritor, apesar do desafio, seria uma profissão provavelmente muito interessante, por comparação com as funções normalmente atribuídas às secretárias.

O conto ainda agora começou, a minha leitura ficou em dia, resta-me ir esperando dia após dia e aguardar o desenvolvimento da história.

Hoje gostei de ver que não caiu na tentação de avançar e "correr" (normalmente, é algo que tento que não me aconteça, nem sempre com sucesso - sorrisos) e desenvolveu mantendo tudo no mesmo degrau, dando enfase à nova profissão e condições em que tal se efetuava, mantendo os protagonistas separados.

Abraço e boa inspiração

Cidália Ferreira disse...

Estou a adorar de acompanhar a estória!:))
-
Do sombrio se afastam as nuvens altas
.
Beijo, e uma boa tarde!

teresadias disse...

Venha mais Elvira, mais!!!
Empolgada? Claro!
Beijo, mantenha-se em casa.

Teresa Isabel Silva disse...

Estou curiosa para ver onde isto vai dar!

Bjxxx
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Edum@nes disse...

Sem do que procura,
ter encontrado nada
e a moenga continua
caminhando apressada.

Tenha uma boa noite amiga Elvira. Um abraço.

Tintinaine disse...

Não comentei, mas li tudinho, como sempre!!!

lis disse...

E a menina Isabel continua na clandestinidade , tranquila.
Vamos ver a reação do rapaz. Só aguardando ,Elvira.
abraços meus

ILLUMINATI GRAND LODGE® disse...
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