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6.9.22

POESIA ÀS TERÇAS - PAULO MENDES CAMPOS


 

Amor Condusse Noi Ad Nada

Quando o olhar adivinhando a vida
Prende-se a outro olhar de criatura
O espaço se converte na moldura
O tempo incide incerto sem medida

As mãos que se procuram ficam presas
Os dedos estreitados lembram garras
Da ave de rapina quando agarra
A carne de outras aves indefesas

A pele encontra a pele e se arrepia
Oprime o peito o peito que estremece
O rosto a outro rosto desafia

A carne entrando a carne se consome
Suspira o corpo todo e desfalece
E triste volta a si com sede e fome.

Paulo Mendes Campos


Biografia  AQUI

10 comentários:

Rosemildo Sales Furtado disse...

Belíssimo poema, Elvira. Ótima escolha. Parabéns! Espero e desejo que estejas bem. Depois de muito tentar, consegui aqui comentar.

Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.

Furtado

Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá, Elvira, é sempre muito bom ler o grande
poeta Mineiro e grande cronista, Paulo Mendes Campos.
Agradeço pela partilha desse belíssimo poema.
Aplausos!
Uma excelente semana.
Abraços

Pedro Coimbra disse...

Belo poema.
Não conhecia o autor.

Tintinaine disse...

Até a barraca abana!

Fatyly disse...

Desconhecia e gostei imenso do poema!
Beijos e um bom dia

lis disse...

Sempre com boas escolhas nas suas terças e sextas ...
O poeta diz bem o que conduz a esse amor febril.
Bonito poema do Paulo Mendes Campos_ dele gosto também das crônicas.
Bons dias, Elvira

Maria João Brito de Sousa disse...

Mais um poeta que não conhecia - sonetista, ainda por cima! - e que fiquei a conhecer graças a si, Elvira.

Um grande abraço!

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Gostei.
Um abraço e boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados

Cidália Ferreira disse...

Obrigada pela partilha. Não conhecia. Gostei :)

-
Coisas de uma Vida...

Boa tarde!
Beijos

Rogério G.V. Pereira disse...

Meu amor, vivido
Esteve sempre
tão longe do poema lido

Mas claro
há relações
como reza o poema