Quando o carro parou à porta de casa da jovem, Fernando saiu
do carro e acompanhou-a à porta, mas quando ela se voltou para lhe estender a
mão, ele passou-lhe uma mão pela cintura, atraiu-a a si e baixando a cabeça
beijou-a. Foi um beijo suave, cheio de
ternura, não o beijo apaixonado que gostaria de lhe ter dado, todavia ele sabia
que que se queria ter sucesso na difícil tarefa de ganhar o seu coração tinha
que ter paciência. Por isso soltou-a.
-Até amanhã. Não te peço que sonhes comigo, mas pensa com
carinho em tudo o que te disse.
Esperou que ela entrasse em casa e só então virou costas e
dirigiu-se ao seu automóvel.
Laura entrou em casa e encontrou-a às escuras e em silêncio,
sinal de que os seus filhos e os avós já dormiam. Subiu as escadas, mas antes de entrar no seu
quarto, passou primeiro pelo quarto de Miguel, depois pelo de Sara. Depois de
verificar que os filhos dormiam tranquilamente, entrou então no seu quarto e dirigiu-se
à casa de banho onde trocou a roupa que vestira, pelo pijama, escovou os dentes
e os cabelos, apagou a luz e foi para a cama.
Estava cansada, tinha que se levantar cedo, mas apesar disso
levou muito tempo para adormecer, relembrando tudo o que acontecera naquela
noite. Principalmente tudo o que Fernando
lhe dissera e o beijo que mal lhe aflorara os lábios, mas que apesar disso não
conseguia esquecer.
E pela primeira vez desde há mais de três anos, esqueceu da
sua habitual conversa com o falecido antes de adormecer.
Apesar de ter adormecido tarde, acordou cedo. Saltou da cama,
tomou o duche matinal, vestiu-se, prendeu o magnífico cabelo loiro num
carrapito. Não se maquilhou, há anos que não o fazia a não ser para um jantar
especial, ou no casamento do irmão, apenas passou um corretor para atenuar as
olheiras que denunciavam a noite mal dormida.
Saiu do carro e dirigiu-se à cozinha a fim de preparar os
pequenos almoços. Pouco depois os pais juntavam-se-lhe.
Depois de comer um iogurte e engolir uma chávena de café, Laura deixou os pais a comer e foi chamar a filha. Depois foi acordar o filho, vestiu-o, calçou-o, e levou-o para a cozinha a fim de lhe dar a taça de cereais que ele costumava comer de manhã.
Três quartos de hora depois estavam todos prontos
para saírem de casa. Laura disse aos filhos que se despedissem dos avós que iam
para casa, depois meteu o filho na sua cadeirinha e enquanto Sara se sentava ao
lado do seu irmão, Laura abraçava os pais e recomendava ao pai que não
exagerasse na velocidade e à mãe que telefonasse assim que chegassem a casa
pois ficava em cuidado.
Terminou desejando-lhes boa viagem, entrou no seu carro e
acenando um último adeus, pôs o carro em movimento dirigindo-se primeiro à
creche para deixar o filho e depois à Escola a fim de deixar a filha. Olhou o
relógio. Tinha que abrir a clínica às nove, não sabia se conseguiria chegar a
horas. Tudo dependia da intensidade do trânsito. Provavelmente no dia seguinte
teria que sair de casa uns dez minutos mais cedo.
9 comentários:
O beijo que acorda os sentidos e os sentimentos.
Boa semana
O tempo não apresenta cara de verão. Ontem apanhei uma tremenda chuveirada, quando ia a caminho de Barcelos, onde fui almoçar com a filha aniversariante.
Mas, como a chuva faz muita falta, cara alegre.
Uma boa semana!
Lindo capítulo e na certa, o beijo deixou marcas no coração!
Linda semana!
beijos, chica
Devagar, devagarinho, acabarão por finalmente encontrar-se, estes dois...
Espero que o seu marido tenha melhorado, Elvira.
Um forte abraço!
A pouco e pouco tudo se acerta.
Estou a gostar muito de mais esta história.
Boa continuação!
Boa semana e beijinhos, amiga Elvira!
Talvez, agora, as coisas tomem rumo.
Beijinho, Elvira
Existem beijos marcantes... Gostei :))
-
Coisas de uma vida |A ilusão...
Beijos, e uma excelente semana.
Recomeçar mais um dia, mais uma semana...quotidianos, vidas.
Tudo de bom.
Boa noite Elvira,
Laura está a começar a ceder ao amor.
Pelo menos não se lembrou do marido.
Gostei imenso deste capítulo. Beijinhos desejando que o marido já esteja bem.
Ailime
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