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20.6.22

MEDO DE AMAR - PARTE XXI

 


Quando o carro parou à porta de casa da jovem, Fernando saiu do carro e acompanhou-a à porta, mas quando ela se voltou para lhe estender a mão, ele passou-lhe uma mão pela cintura, atraiu-a a si e baixando a cabeça beijou-a.  Foi um beijo suave, cheio de ternura, não o beijo apaixonado que gostaria de lhe ter dado, todavia ele sabia que que se queria ter sucesso na difícil tarefa de ganhar o seu coração tinha que ter paciência. Por isso soltou-a.

-Até amanhã. Não te peço que sonhes comigo, mas pensa com carinho em tudo o que te disse.

Esperou que ela entrasse em casa e só então virou costas e dirigiu-se ao seu automóvel.

Laura entrou em casa e encontrou-a às escuras e em silêncio, sinal de que os seus filhos e os avós já dormiam.  Subiu as escadas, mas antes de entrar no seu quarto, passou primeiro pelo quarto de Miguel, depois pelo de Sara. Depois de verificar que os filhos dormiam tranquilamente, entrou então no seu quarto e dirigiu-se à casa de banho onde trocou a roupa que vestira, pelo pijama, escovou os dentes e os cabelos, apagou a luz e foi para a cama.

Estava cansada, tinha que se levantar cedo, mas apesar disso levou muito tempo para adormecer, relembrando tudo o que acontecera naquela noite.  Principalmente tudo o que Fernando lhe dissera e o beijo que mal lhe aflorara os lábios, mas que apesar disso não conseguia esquecer.

E pela primeira vez desde há mais de três anos, esqueceu da sua habitual conversa com o falecido antes de adormecer.

Apesar de ter adormecido tarde, acordou cedo. Saltou da cama, tomou o duche matinal, vestiu-se, prendeu o magnífico cabelo loiro num carrapito. Não se maquilhou, há anos que não o fazia a não ser para um jantar especial, ou no casamento do irmão, apenas passou um corretor para atenuar as olheiras que denunciavam a noite mal dormida.

Saiu do carro e dirigiu-se à cozinha a fim de preparar os pequenos almoços. Pouco depois os pais juntavam-se-lhe.

Depois de comer um iogurte e engolir uma chávena de café, Laura deixou os pais a comer e foi chamar a filha. Depois foi acordar o filho, vestiu-o, calçou-o, e levou-o para a cozinha a fim de lhe dar a taça de cereais que ele costumava comer de manhã.

Três quartos de hora depois estavam todos prontos para saírem de casa. Laura disse aos filhos que se despedissem dos avós que iam para casa, depois meteu o filho na sua cadeirinha e enquanto Sara se sentava ao lado do seu irmão, Laura abraçava os pais e recomendava ao pai que não exagerasse na velocidade e à mãe que telefonasse assim que chegassem a casa pois ficava em cuidado.

Terminou desejando-lhes boa viagem, entrou no seu carro e acenando um último adeus, pôs o carro em movimento dirigindo-se primeiro à creche para deixar o filho e depois à Escola a fim de deixar a filha. Olhou o relógio. Tinha que abrir a clínica às nove, não sabia se conseguiria chegar a horas. Tudo dependia da intensidade do trânsito. Provavelmente no dia seguinte teria que sair de casa uns dez minutos mais cedo.

9 comentários:

Pedro Coimbra disse...

O beijo que acorda os sentidos e os sentimentos.
Boa semana

Tintinaine disse...

O tempo não apresenta cara de verão. Ontem apanhei uma tremenda chuveirada, quando ia a caminho de Barcelos, onde fui almoçar com a filha aniversariante.
Mas, como a chuva faz muita falta, cara alegre.
Uma boa semana!

chica disse...

Lindo capítulo e na certa, o beijo deixou marcas no coração!
Linda semana!
beijos, chica

Maria João Brito de Sousa disse...

Devagar, devagarinho, acabarão por finalmente encontrar-se, estes dois...

Espero que o seu marido tenha melhorado, Elvira.

Um forte abraço!

Fá menor disse...

A pouco e pouco tudo se acerta.
Estou a gostar muito de mais esta história.
Boa continuação!

Boa semana e beijinhos, amiga Elvira!

noname disse...

Talvez, agora, as coisas tomem rumo.

Beijinho, Elvira

Cidália Ferreira disse...

Existem beijos marcantes... Gostei :))
-
Coisas de uma vida |A ilusão...

Beijos, e uma excelente semana.

AFlores disse...

Recomeçar mais um dia, mais uma semana...quotidianos, vidas.
Tudo de bom.

Ailime disse...

Boa noite Elvira,
Laura está a começar a ceder ao amor.
Pelo menos não se lembrou do marido.
Gostei imenso deste capítulo. Beijinhos desejando que o marido já esteja bem.
Ailime