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29.4.22

29 DE ABRIL DE 2007 - 15º ANIVERSÁRIO DO SEXTA

 

POEMA PARA UM EMIGRANTE
                                                                                                                                  

Eu queria chamar-me Manuel
e viver tranquilo na minha terra
ir á tardinha com os amigos ao café
e falar do tempo sem pensar que a seca
trará a flor da fome ás searas queimadas.


Eu queria chamar-me Manuel
e ter uma casa, água e luz,
poder fazer um filho livremente
sem pensar na subalimentação
física, nem intelectual


Eu queria chamar-me Manuel
ter emprego e não pensar
que os salários estão atrasados
e talvez o desemprego esteja á espreita
e a fome seja o jantar do próximo mês.


Eu queria chamar-me Manuel
e continuar a pensar Abril,
como a esperança da minha terra.
Eu queria chamar-me Manuel..
e sou apenas o emigrante.

Elvira Carvalho


Foi com este poema, na altura sem foto (eu sabia lá como pôr uma foto) que este blogue nasceu há precisamente 15 anos. Desde então muita coisa aconteceu, muitos amigos passaram por esta casa, alguns ainda por aqui andam, outros partiram atraídos por outras redes sociais, e outros ainda partiram para aquela viagem que ninguém quer fazer mas que mais cedo ou mais tarde todos fazemos.  A esses recordo-os com carinho e muita saudade. Todavia hoje é dia de festa e para ela estão convidados todos que que por aqui passem.




Obrigado Noname

27.4.22

MEMÓRIAS DA MINHA INFÂNCIA

 


Antiga Seca do Bacalhau, onde nasci e vivi num velho barracão junto ao rio



Memórias da minha infância

Meus pais eram dois pobres trabalhadores, que viviam num velho barracão de madeira, bem na margem do rio Coina. Não tinham dinheiro, nem água, nem luz, mas eram jovens, e em menos de  três anos tiveram três filhos, o mais velho dos quais é esta vossa amiga.

Lembro-me do pequeno quintal, roubado ao mato pelo braço do meu pai. E do poço escorado com tábuas velhas, que num dia de temporal ruiu, e obrigou o meu pai a abrir outro de cimento. É que a água do rio estava ali mesmo ao pé da porta, mas era salgada. E o chafariz no Largo da Telha, ficava a mais de 500 metros.

E era lá que a mãe ia buscar a água, numa grande bilha de barro que transportava à cabeça, sobre uma rodilha de trapos velhos, quando o poço ruiu e até que meu pai conseguiu abrir outro.

Lembro-me dos móveis feitos pelo meu pai, com as tábuas salgadas, de velhos botes, que já não serviam para a pesca. Lembro-me disso, porque no Inverno a roupa lá guardada, sempre ficava húmida e fria.

E lembro-me daquele mês de Outubro em 1956 quando o vento ciclónico arrancou todas as telhas do velho barracão. E de como nessa noite, a chuva ensopou as mantas de trapos que nos cobriam.

Lembro-me ainda da primeira e única boneca que tive.

Era de papelão. Negra como carvão, com a boca pintada de vermelho vivo.

E eu que nos meus cinco anos, nunca tinha visto ninguém assim, pensei que estava muito suja.

Todas as semanas, a minha mãe punha um caldeirão ao lume com água e pedaços de sabão. Depois que a água fervia e derretia o sabão, ela despejava a água na celha de lavagem de roupa e mergulhava a roupa branca lá dentro deixando-a de molho até ao dia seguinte, para depois lavar. Chamava aquela operação, pôr a roupa na barrela.

E o que é que eu pensei, nos meus poucos anos? Se a barrela clareava a roupa também punha lavava a minha boneca.  Assim que apanhei a minha mãe, ocupada com outros trabalhos, fui muito sorrateira peguei na colher de pau que a mãe usava para calcar a roupa na água quente, levantei um lençol, meti a boneca lá por baixo, calquei o lençol e fui-me embora pensando que no dia seguinte quando a mãe fosse lavar a roupa, a minha boneca estava limpinha.

Como devem calcular, a boneca ficou em papas, e para aplacar o meu desgosto, ganhei umas boas palmadas da minha mãe, zangada com a roupa toda tingida.

Era essa mesma celha, de lavar a roupa, metade de um barril de madeira, que nos servia de banheira, na hora do banho.

Ah! memórias da minha infância!...

Como eu ficava contente quando estreava um vestido, (feito quase sempre dos retalhos menos puídos, dos vestidos velhos da minha mãe, e que quando deixavam de me servir, passavam para a minha irmã.)

E o meu pai, que passava os seus tempos livres, sempre a cavar, sempre a semear. Para que nunca nos faltasse na mesa uma sopa.

E as brincadeiras com os meus irmãos. Construções de terra e água, única coisa que tínhamos com fartura ao pé da porta.

E os meus doze anos feitos a trabalhar na fábrica de cortiça, e os treze no armazém da lenha, e os catorze na Seca do Bacalhau, e os livros devorados de noite, à luz do teimoso, cabeça, livro e candeeiro debaixo dos lençóis para que os pais não vissem.

E eu a fazer-me mulher sem ter sido menina, e a revolta a crescer comigo, no desejo de agarrar entre as minhas mãos, a vida que me esperava, e lutar com ela até vencer ou ser vencida.

Ah! Memórias da minha infância!...

***********************************************************************

Era assim a minha vida e a de grande parte dos portugueses antes do 25 de Abril.



26.4.22

POESIA ÀS TERÇAS - SOPHIA DE MELLO BREYNER - REVOLUÇÂO

 





Revolução

Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta

Como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício

Como a voz do mar
Interior de um povo

Como página em branco
Onde o poema emerge

Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação

Sophia  de Mello  Breyner  Andresen


in "O Nome das Coisas"    1974

22.4.22

MEDO DE AMAR - PARTE III

 


Laura sabia que se na adolescência lhe tivessem dito que o amor à primeira vista existia e que ela ia apaixonar-se perdidamente, mal pusesse os olhos no Joaquim, não teria acreditado. Mais, ter-se-ia rido de quem lhe dissesse tal coisa, tal como se rira da cigana, que por brincadeira visitara na barraquinha da feira, nas festas da sua terra, quando ela lhe dissera, que dentro de três dias ia conhecer o homem com quem se casaria. Rira-se e retirara a mão apesar da expressão tensa da cigana, e do olhar de pena que lhe lançou.

Agora, quando às vezes recordava aquele dia, pensava se a expressão da cigana, significava que ela tinha visto na sua mão, o seu futuro de viúva na flor da idade.

Também era certo que nunca mais troçaria de quem pretendesse saber o significado das linhas das mãos, pois tinha sido precisamente três dias depois, das palavras da cigana, que conhecera o seu grande amor, Joaquim, no primeiro dia de aulas na Universidade.

Mergulhada nas suas recordações, não percebera que aquela música terminara, embora Fernando continuasse a enlaçá-la como se pretendesse continuar a dançar com ela a próxima música.

- Será melhor que volte para a mesa, Fernando! – disse quando se apercebeu do facto.

- Porquê? Tens estado lá durante toda a festa. Porque não continuarmos mais um pouco?

-As crianças…

-Pelo amor de Deus, Laura! Até quando vais desculpar-te com eles para continuares enclausurada no casulo do teu sofrimento? - perguntou irritado.

Entretanto a música tinha voltado a encher a sala, os casais ao seu redor já dançavam, enquanto eles continuavam parados no meio da sala. Então ela forçou o afastamento e ele retirou a mão da sua cintura e acompanhou-a à mesa.

Anoitecia, e os noivos iriam em breve partir para a sua lua de mel. A noiva levantou o ramo, fazendo sinal às jovens solteiras para que se juntassem, coisa que elas fizeram com alvoroço. Então voltou-se de costas, levantou o ramo bem acima da sua cabeça e jogou-o para o alto atrás de si. Ele subiu demais, passou por cima dos braços esticados das jovens e foi cair no colo de Laura que se encontrava sentada a conversar com Rita. Gritou assustada e ficou a olhar muito pálida para o regaço sem se atrever a tocar-lhe como se em vez de um ramo fosse uma serpente venenosa.

- Parabéns, Laura. Se a tradição ainda for o que era, o próximo casamento será o teu. Só espero que nessa altura não tenha um barrigão como agora, - disse Rita sorrindo.

Com as mãos a tremer, Laura pegou no ramo e largou-o em cima da mesa, como se ele lhe queimasse os dedos, enquanto os noivos se aproximavam sorrindo.

- Parabéns Mana, - disse Gonçalo. Oxalá se cumpra a tradição. Já é tempo de abrires essa concha em que tens vivido e procurares ser feliz.

Com os olhos rasos de água ela pegou em Miguel ao colo e disse:

-Nunca mais me casarei. E desculpem-me, mas vou para casa. Amanhã é dia de aulas, as crianças têm que se levantar cedo. Meninos despeçam-se dos tios e avós.

-As crianças saíram correndo, seguidas da mãe, enquanto Matilde, que durante a lua de mel dos pais ficaria em casa de Laura, por causa do avançado estado de gravidez da sua madrinha Rita, beijava os pais, tios, avós e todos os outros familiares presentes na festa.

Quando se preparavam para partir, Fernando juntou-se-lhes dizendo:

-Venham! Acompanho-vos a casa.


20.4.22

MEDO DE AMAR - PARTE II

 



Enquanto esta decorria, Laura, recordava a cerimónia do seu próprio casamento e não pode evitar ficar com o olhar turvo pelas lágrimas. Mordeu os lábios tentando evitar que elas se soltassem e lhe descessem pelas faces. Fernando, o padrinho do noivo, que desde o primeiro momento se manteve mais atento a ela, do que à cerimónia em que estava a participar, estendeu-lhe um pequeno lenço, imaculadamente branco, que ela aceitou e disfarçadamente levou aos olhos tentando não borrar a maquilhagem.

Enquanto isso, a cerimónia decorria, os noivos faziam as suas promessas, trocavam as alianças e o padre declarava-os casados dizendo ao noivo que podia beijar a noiva, enquanto todos os convidados se levantavam para aguardar a bênção final.

Terminada a cerimónia que Fernando quase não viu, preocupado com a mulher que estava a seu lado e com o evidente sofrimento dela, que lhe apertava o coração e lhe punha um nó na garganta, o padre cumprimentou o novo casal desejando-lhes uma vida muito feliz e retirou-se enquanto familiares e amigos se aproximavam do altar para lhes dar um abraço e desejar felicidades na nova vida.

Depois das fotos, o cortejo seguiu para o restaurante  onde após o lauto almoço a festa prosseguiu animada. Depois da valsa dos noivos, Rita e Inácio, padrinhos da noiva, dirigiram-se para a pista. Apesar do seu avantajado ventre de sete meses Rita mostrava-se alegre e feliz, não só porque depois de um primeiro casamento infeliz, tinha encontrado em Inácio o seu atual marido, um homem bom, trabalhador e amoroso, mas também por aquele casamento que culminara uma longa etapa de sofrimento da sua amiga.

Enquanto isso, Fernando observava Laura a chamar a atenção do seu filho Miguel, que com os seus trinta e dois meses era um bebé cheio de energia. Queria dançar com ela, mas a jovem parecia estar atenta apenas aos filhos, talvez para evitar socializar com ele ou qualquer outro convidado masculino.

Naquele momento, a música acabou, e Rita e o marido voltaram à mesa:

-Meu Deus, devia ser proibido por lei alguém se casar quando as amigas se encontram com um barrigão assim. Doem-me os rins quase não posso com as pernas, tenho os pés inchadíssimos, - lamentou-se. E a Sofia coitada, que nem consegue levantar-se. Está quase no fim do tempo ainda tem a criança no copo de água da cunhada.

Virou-se para Laura e Fernando e perguntou:

-Vocês não vão dançar?

-Tenho que estar atenta ao Miguel – respondeu ela.

-Não seja por isso, nós olhamos por ele, não é verdade amor?

- Claro. Aproveitem, que vir para um casamento e não dançar até devia ser proibido, - respondeu Inácio

Fernando levantou-se e estendeu a mão a Laura convidando-a para a pista de dança. Ela levantou-se e seguiu-o um tanto acanhada.

Conhecia-o desde criança, já que eram vizinhos e os separava apenas três anos, mas principalmente porque ele e o seu irmão mais pareciam irmãos gémeos, do que vizinhos, pois estavam sempre juntos, ora na casa de um, ora na casa de outro. Os dois foram desde logo os seus companheiros de brincadeira, mal cresceu o suficiente para que as suas pernas conseguissem  acompanhá-los. 

Continuaram juntos pela infância e adolescência, frequentaram as mesmas escolas, apesar de eles estarem três anos adiantados, e sempre se preocuparam em protege-la de outros alunos mais velhos e das suas partidas.

Ela não se lembrava de uma festa, ou de uma ida a uma discoteca em que os dois não a acompanhassem. E isso durou até que ela entrou na Universidade, pois aí ela conheceu Joaquim logo no primeiro ano e nunca mais se despegaram até ao casamento.

 

19.4.22

POESIA ÀS TERÇAS - EDWARD ESTLIN CUMMINGS - CARREGO SEU CORAÇÃO COMIGO

 


                                             Edward Estlin Cummings  em 1958


Carrego seu coração comigo

Eu o carrego no meu coração
Nunca estou sem ele
Onde quer que vá, você vai comigo
E o que quer eu que faça sozinho
Eu faço por você
Não temo meu destino
Você é meu destino, minha doçura
Eu não quero o mundo por mais belo que seja
Porque você é meu mundo, minha verdade.

Eis o grande segredo que ninguém sabe.
Aqui está a raiz da raiz
O broto do broto e o céu do céu
De uma árvore chamada vida
Que cresce mais que a alma pode esperar
ou a mente pode esconder
E esse é o prodígio que mantém
as estrelas à distância.

Eu carrego seu coração comigo
Eu o carrego no meu coração.


Edward Estlin Cummings

Biografia AQUI

18.4.22

MEDO DE AMAR - PARTE I

 


O mês de setembro aproximava-se do fim. Embora os dias estivessem ainda quentes a lembrar o Verão que terminara dias antes, as folhas das árvores começavam a mudar de cor e os tons do Outono já se observavam nas folhas das arvores que começavam a tocar o verde, pelos tons alaranjados, bem como na cor das nuvens que rodeavam o sol no ocaso. E nos dias que já davam lugar à noite mais cedo.

No entanto naquela manhã de domingo, o céu apresentava-se completamente limpo e o sol brilhava radioso, como se a natureza em peso quisesse festejar aquele casamento.

No altar, o noivo mais nervoso do que nunca esperava ansioso a chegada da noiva ainda duvidando se ela não desistiria à última hora. A seu lado, aqueles que iriam ser os seus padrinhos, a irmã e o seu melhor amigo tentavam sem muito êxito acalmá-lo.

A igreja muito bonita, com todos os bancos, enfeitados por belos ramos de rosas e orquídeas em tons de rosa-pérola, encontrava-se completamente cheia, de familiares e amigos dos noivos.

Tudo estava pronto, incluindo o padre que acabara de sair da sacristia e se postara no altar.

Naquele momento ouviu-se um certo burburinho e o noivo perguntou ao amigo:

-Chegou?

-Não, - respondeu o mesmo num murmúrio. - Mas acalma-te, já deve estar lá fora, pois os padrinhos dela acabam de entrar, e a tua filha também.

Nesse momento Rita e Inácio chegaram ao altar e colocaram-se do outro lado para esperar a entrada da noiva, enquanto Matilde, a filha do casal se sentava num dos dois lugares vagos no primeiro banco, junto da sua avó materna.

Logo de seguida ouviu-se a marcha nupcial, e a noiva entrou pelo braço do seu pai, fazendo com que todas as cabeças se voltassem para a ver.

-Gonçalo não conseguiu resistir a voltar a cabeça, e um sentimento de paz e felicidade tomou conta dele, eliminando o nervosismo que o tinha dominado até ao momento.

Os seus olhos brilharam emocionados vendo-a avançar no seu longo vestido de um tom rosa-perolado, com um ramo de rosas e orquídeas, e os cabelos presos num coque, apenas enfeitado com pequenas rosas da mesma cor do vestido.

Apesar de Helena não ter querido um traje branco de noiva tradicional, era a noiva mais bonita que Gonçalo já vira.

O curto passeio pela nave da igreja chegara ao fim.  O noivo recebeu a mão da noiva do seu pai, que depois de beijar a filha, se foi sentar ao lado da neta, enquanto Rita, a madrinha da noiva, em adiantado estado de gravidez, recolhia das mãos da noiva, o ramo e o sacerdote iniciava a cerimónia.


Nota : Esta é uma história nova que ainda vai a meio e que 

dadas as condições atuais de saúde, minhas e da família, não sei se conseguirei acabar. Mas vou tentar

17.4.22

FELIZ DOMINGO DE PÁSCOA




Andrea Bocelli & Virginia Bocelli - Hallelujah (Blue Room)


A todos desejo uma Feliz Páscoa, com muita Saúde, Paz, e Amor.

Gente o vídeo vê-se se carregar em ver no YouTube


16.4.22

TRÍDUO PASCAL - SÁBADO SANTO

 

 

O tempo é de Vigília e oração, preparando para  com a Ressurreição de Cristo. Tempo de preparar o nosso espírito para a nossa própria Ressurreição, emergindo, como pessoas mais justas, tolerantes e cheias de amor pelo nosso semelhante.

15.4.22

TRÍDUO PASCAL - SEXTA- FEIRA SANTA

 


Que esta Sexta-feira, seja repleta de Paz, e Tranquilidade. Que ela leve a humanidade a refletir, sobre o nosso papel neste mundo, e na pegada que vamos deixar para as gerações vindouras.






Para quem perguntou. O que aconteceu com o meu irmão, foi uma pedra da vesícula que se soltou bloqueou o canal biliar fez infeção, a vesicula começou a gangrenar e segundo o cirurgião, ele estava a poucas horas de sofrer uma septicémia (infeção generalizada) que provavelmente o mataria. 
Ele já andava há três dias com febre, tensão arterial alta e a pulsação a 120/125, mas ia tomando  Paracetamol e esperando que passasse.  De repente anteontem de manhã,  começou a tremer, não conseguia levantar-se e mal podia falar. Assustou-se e chamou o INEM. 

14.4.22

TRÍDUO PASCAL - QUINTA-FEIRA DA PAIXÃO



 

Inicia-se hoje o Tríduo Pascal. Chama-se assim o conjunto de três dias, celebrados pelo Cristianismo, que começa na Quinta-feira Santa com a Missa de instituição da Eucaristia e lava pés, continua na Sexta-Feira Santa, com a Adoração da Santa Cruz, e a Vigília Pascal no Sábado de Aleluia. É no fundo, a celebração em memoria da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, segundo os Evangelhos.

Para os cristãos, é tempo de reflexão de interiorização do Bem e do Mal, e de procurar-mos  o caminho do Bem.




8 horas  Acabaram de me informar que a cirurgia do meu irmão correu bem. Meu Deus, quase não dormi. Entrou no bloco operatório às 19,10 e a ultima informação que tive através de um enfermeiro amigo eram meia noite e ainda lá estava

13.4.22

SEMANA SANTA - QUARTA FEIRA


 Lamento as ausências, mas como se não bastassem os meus problemas de saúde e os do marido, que não têm sido poucos, tenho o irmão no hospital desde as 8 horas do dia 12 em exames e ainda não sei o que se passa, apenas sabemos que não se confirmou a suspeita de princípio de enfarte. 

Desejo-vos sinceramente uma Semana Santa, melhor do que a minha.

10.4.22

DOMINGO DE RAMOS


 Porque se inicia a Semana Santa hoje, e eu sou cristã,  hoje não há anedotas. Desculpem aqueles que não professam a minha fé e esperavam o post de humor.
Bom Domingo

8.4.22

CONHEÇA AS DIFERENÇAS...


 Espero que gostem.  E que me desculpem as ausências. Esta semana tem sido complicada. Na Segunda feira consulta no hospital do Barreiro a acompanhando o marido.. Na Terça a festinha de anos dele. Na quarta um exame pulmonar meu em Lisboa e hoje uma nova consulta com o marido no hospital. Menos mal que a nora esteve de férias estes dias para ficar com a Margarida.

5.4.22

DIA 5 DE ABRIL - FELIZ ANIVERSÁRIO AMOR

 

Faz hoje 79 anos que tu viste pela primeira vez a luz do mundo. Não te conheci assim. Não podia. Ainda não tinha nascido..


Conheci-te assim em 1964.


A primeira foto depois que começámos a namorar




 Uns segundos antes do primeiro beijo de casados

A nossa expressão não engana. Estávamos felizes.


Depois do casamento, a caminho do "copo de água" (ainda se chama assim ?) no Barreiro Agosto de 69


Moçambique Abril de 1971 dias antes do nosso segundo casamento 


5 de ABRIL de 71 casávamos pela segunda vez na catedral Nossa Senhora de Fátima em Nampula.  Moçambique.


E casamento sem festa, nem bolo, não é casamento verdade? Mas o bolo de aniversário também não foi esquecido.

Fazias 28 anos nesse dia.


Uns meses depois, o batizado da afilhada. Treinando para quando chegasse o filho tão desejado.

Que só chegou em 1980 

E eram inseparáveis...


Os anos foram passando. Nós fomos envelhecendo juntos. Com muitas alegrias, e algumas tristezas, mas sempre com muito amor companheirismo e cumplicidade


E aqui estás tu, esperando por mim enquanto eu me perco fotografando no Portinho da Arrábida.  Sempre paciente, sempre amoroso. Raio de sol nos meus dias sombrios. Porto de Abrigo, que sempre me acolhe quando as tempestades da vida, ameaçam fazer-me naufragar.  Parabéns Amor.


 
E agora amigos, querem festejar connosco?  Uma fatia de bolo?  Sirvam-se



E não esqueçam o champanhe...



4.4.22

QUANDO EU NÃO TE TINHA - ALBERTO CAEIRO



Quando eu não te tinha

Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo.
Agora amo a Natureza
Como um monge calmo à Virgem Maria,
Religiosamente, a meu modo, como dantes,
Mas de outra maneira mais comovida e próxima …
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor —
Tu não me tiraste a Natureza …
Tu mudaste a Natureza …
Trouxeste-me a Natureza para o pé de mim,
Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma,
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Por tu me escolheres para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as cousas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.

Só me arrependo de outrora te não ter amado.


3.4.22

HUMOR AOS DOMINGOS


 





Um casal foi ao cartório registrar o filho. O funcionário do cartório perguntou:
– Qual é o nome?
– Edson.
– Qual a data do nascimento?
– Ele ainda não nasceu.
– Então não vai ser possível registrar a criança. Quando ela nascer, 
vocês podem voltar que eu registro.
Um mês depois, o casal voltou. O funcionário já se preparava para registrar a criança como Edson quando o casal avisou que havia mudado de ideia. O filho deveria se chamar Pelé.
– Por quê? – perguntou o funcionário.
– Porque Edson era antes do Nascimento.



1.4.22

1º de ABRIL DIA DAS MENTIRAS

 




Não se sabe ao certo , quando apareceu o primeiro dia das mentiras, embora a mais comum  seja a de que a brincadeira começou na França. No século XVI o  Ano Novo era festejado a 25 de Março, data que iniciava a Primavera. Como as festas duravam uma semana terminavam exatamente ni dia 1 de Abril. Quando em 1564 o rei Carlos IX da França adotou o Calendário gregoriano, o dia de Ano Novo passou para o dia 1 de Janeiro. Porém durante alguns anos muitos franceses resistiram à mudança continuando a seguir o calendário antigo. Os que adotaram logo o novo calendário, começaram então a ridicularizá-los enviando presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Esta é a teoria mais comum embora haja historiadores que afirmam haver registos de mentiras muito antes. 

Vocês sabem que existe algumas mentiras que se tornaram tão famosas que todo o mundo acredita nelas?

1 - A teoria de Charles Darwin de que descendemos dos macacos.

2 - A palavra saudade é intraduzível

3 - Esquimós têm mais de cem termos para neve

4 - O futebol foi inventado na Inglaterra

5 - Leônidas  Silva é o pai do pontapé de bicicleta

6 - A muralha da china pode ser vista do espaço

7 -  A terra tem sete mares

8-  A NASA criou uma caneta para usar no espaço.

9 - Água da pia gira diferente em cada hemisfério

10 -  Raios não caem duas vezes no mesmo lugar

11 - O Oiapoque é o extremo norte do Brasil

12 - Desapareceu? Espere 24 horas antes de fazer B.O.

13 - A Amazónia é o pulmão do mundo.

Porque se trata de um texto longo não vou descrever aqui a explicação do que digo, mas quem como eu gosta de saber pode encontrar a desacreditação destas "verdades" pela ciência, que pode ser lida  AQUI