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18.4.22

MEDO DE AMAR - PARTE I

 


O mês de setembro aproximava-se do fim. Embora os dias estivessem ainda quentes a lembrar o Verão que terminara dias antes, as folhas das árvores começavam a mudar de cor e os tons do Outono já se observavam nas folhas das arvores que começavam a tocar o verde, pelos tons alaranjados, bem como na cor das nuvens que rodeavam o sol no ocaso. E nos dias que já davam lugar à noite mais cedo.

No entanto naquela manhã de domingo, o céu apresentava-se completamente limpo e o sol brilhava radioso, como se a natureza em peso quisesse festejar aquele casamento.

No altar, o noivo mais nervoso do que nunca esperava ansioso a chegada da noiva ainda duvidando se ela não desistiria à última hora. A seu lado, aqueles que iriam ser os seus padrinhos, a irmã e o seu melhor amigo tentavam sem muito êxito acalmá-lo.

A igreja muito bonita, com todos os bancos, enfeitados por belos ramos de rosas e orquídeas em tons de rosa-pérola, encontrava-se completamente cheia, de familiares e amigos dos noivos.

Tudo estava pronto, incluindo o padre que acabara de sair da sacristia e se postara no altar.

Naquele momento ouviu-se um certo burburinho e o noivo perguntou ao amigo:

-Chegou?

-Não, - respondeu o mesmo num murmúrio. - Mas acalma-te, já deve estar lá fora, pois os padrinhos dela acabam de entrar, e a tua filha também.

Nesse momento Rita e Inácio chegaram ao altar e colocaram-se do outro lado para esperar a entrada da noiva, enquanto Matilde, a filha do casal se sentava num dos dois lugares vagos no primeiro banco, junto da sua avó materna.

Logo de seguida ouviu-se a marcha nupcial, e a noiva entrou pelo braço do seu pai, fazendo com que todas as cabeças se voltassem para a ver.

-Gonçalo não conseguiu resistir a voltar a cabeça, e um sentimento de paz e felicidade tomou conta dele, eliminando o nervosismo que o tinha dominado até ao momento.

Os seus olhos brilharam emocionados vendo-a avançar no seu longo vestido de um tom rosa-perolado, com um ramo de rosas e orquídeas, e os cabelos presos num coque, apenas enfeitado com pequenas rosas da mesma cor do vestido.

Apesar de Helena não ter querido um traje branco de noiva tradicional, era a noiva mais bonita que Gonçalo já vira.

O curto passeio pela nave da igreja chegara ao fim.  O noivo recebeu a mão da noiva do seu pai, que depois de beijar a filha, se foi sentar ao lado da neta, enquanto Rita, a madrinha da noiva, em adiantado estado de gravidez, recolhia das mãos da noiva, o ramo e o sacerdote iniciava a cerimónia.


Nota : Esta é uma história nova que ainda vai a meio e que 

dadas as condições atuais de saúde, minhas e da família, não sei se conseguirei acabar. Mas vou tentar

14 comentários:

Tintinaine disse...

Vamos a isso, a gente ajuda!
Boa semana de Pascoelo!

João Santana Pinto disse...

Escreva com calma, com menos publicações por semana se tiver de ser, o conto está a começar tão bem que merece ser uma fonte de “alegria” e não “pressão”.
A noiva disse “presente” e estou a gostar muito da apresentação dos personagens. Um texto que tinta o acontecimento com cores e traços que encantam, eu que gosto tanto de pormenores.
Abraço, saúde e boa semana (desta vez estou a acompanhar de início – sorrisos)

Joaquim Rosario disse...

Bom dia
Cá estamos todos á espera, com pressa ou devagar não é o mais importante .
O importante é mesmo a saúde .

JR

chica disse...

Pela abertura cheia de ricos detalhes desse casamento, promete ser muito bom! Vais conseguir,sim! Vamos te esperar, sem pressa! beijos, linda semana e te cuida!

Janita disse...

Uma história que começa com um casamento e com a riqueza de detalhes que marcam a escrita da autora, tem tudo para agradar. Espero que seja para continuar. É ir devagarinho que nós não temos pressa.

Um abraço e muita saúde.

São disse...

Claro que a acabará!


Nós apoiamos!


Beijinho, boa semana :)

noname disse...

Presente! :)

Claro que vai conseguir, se não mais depressa, mais devagar, nós esperamos.

Beijinho

Ailime disse...

Boa tarde Elvira,
Um história que começa muito bem e que promete.
Gostei imenso do início.
Não se preocupe connosco. Publique ao seu ritmo.
Beijinhos e boa semana com saúde.
Ailime

" R y k @ r d o " disse...

Que as melhoras a ajudem a completar o seu conto que está muito interessante
.
Uma semana feliz … cordial abraço
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

Olinda Melo disse...

Olá, Elvira

Gosto muito dos seus contos. Tenho pena de não conseguir acompanhá-los talvez porque os episódios são diários.
Este leva um bom começo e com a marca que a caracteriza.
Vá escrevendo, sem pressas.
Beijinhos
Olinda

Cidália Ferreira disse...

Uau. Começámos bem, com um casamento. Gosto.
Sim, claro que vai acabar a história. Muita força

(vou enviar-lhe um mail)

Quanto vale a presença d'uma criança
Beijos e uma excelente semana

Rosemildo Sales Furtado disse...

Fiques tranquila que com certeza, chegarás ao final. Pelo que li promete ser uma bela história/estória.

Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.

Furtado

Emília Pinto disse...

Espero que continue, porque é sinal de que a saúde está a melhorar. Vai com calme pois os teus leitores estão mais preocupados com a vossa saúde, tenho a certeza. Um beijinho, muito, muito especial, querida Elvira
Emilia

Portuguesinha disse...

Mais uma história que começa a agarrar.
Elvira, claro que vai conseguir terminar a história. Leve o tempo que demorar.
Votos de muita saúde para si e para os seus.

Já li o seu livro. Gostei em muitos níveis. Gostei que existe familiaridade nas suas histórias e palavras. As situações descritas foram a realidade de muitos. Quando compara a emigração à guerra gostei da ousadia e claro, concordo e gostei que tivesse inserido a verdadeira face da emigração.

Todos os detalhes que dá e a forma como escreve e enriquece a história sempre me causa admiração. Quisesse eu ter esse dom!

Saúde e obrigada por nos encantar com histórias sobre nós mesmos.
Abraço