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13.9.07

ATAQUES DE PÂNICO...

Decerto que quem me lê, já ouviu falar de ataques de pânico. Poderão talvez nunca ter sentido algum, mas decerto ouviram falar. São crises breves mas muito intensas. De repente, do nada surge um medo inexplicável da morte, um aperto no peito que nos impede de respirar, o corpo enche-se de suores frios, os olhos turvam-se. Não conseguimos raciocinar surgem palpitações, tonturas, a hiperventilação, faz-nos sentir pior, os membros ficam dormentes.

Segundo os psiquiatras, a razão destes medos irracionais, prende-se com inconscientes conflitos emocionais, ansiedade e algumas fobias.


Na minha vida sofri dois destes ataques. O primeiro, há 22 anos, no Algarve. Em Faro há uma igreja, que tem uma torre, donde se vê toda a cidade e as ilhas. Para se chegar ao cimo da torre, sobe-se por uma escada em caracol no interior do monumento. É uma escada muito estreita, como são todas as escadas em caracol. Só passa uma pessoa de cada vez, e os visitantes sobem e descem alternadamente. Pois imaginem que foi precisamente a meio dessas escadas que eu sofri um ataque de pânico. Durante meia hora, quem estava em cima, não pode descer e de baixo, ninguém subiu, até que me conseguiram tirar de lá.
Decerto reconhecem esta imagem. Claro trata-se do Castelo de Óbidos, uma das sete maravilhas de Portugal. Pois aqui precisamente nestas muralhas que até nem são muito altas há 4 anos,
sofri o segundo ataque de pânico. Subi ás muralhas para ver a paisagem ao redor do Castelo.
E aí de repente fiquei como osga agarrada ás muralhas. Foi um problema para a minha irmã e o meu marido me tirarem dali. E os turistas cá em baixo filmando e fotografando a cena. Como se fora um espectáculo. É claro que não me apercebi de nada. Foram o marido e a irmã que me contaram mais tarde. Sei que não é uma história muito bonita. Mas é uma experiência de vida, que infelizmente faz sofrer muita gente.

15 comentários:

Dina disse...

Tenho uma claustrofobia tão grande que só de imaginar que fico presa num elevador quase tenho um ataque de pânico...por isso imagino como será.
Só espero nunca saber com exactidão.
Ataques de ansiedade isso sim já tive vários e também não é nada agradável.
Beijinhos

Anónimo disse...

trenho panico de altura, elvira querida, lugares altos, nem pensar.

beijos

Patri disse...

Mi miedo es a las cucarachas y soy un poco claustrofóbica, pero pánico siento cuando hay tormentas. No puedo describir lo que siento, pero es horrible... ¬_¬

Besotesssssssss

Osc@r Luiz disse...

Recentemente vi um destes ataques pela primeira vez na minha vida. Antes apenas ouvira falar. Foi quando um colega do trabalho que está enfrentando problemas graves de ordem emocional se deixou tomar por um. É mesmo impressionante.
Espero não tê-los nunca, mas não somos nós quem escolhemos, não é minha amiga?
Beijos!

Taty Ferreira disse...

Nunca tive e nem precensiei nenhum ataque, mas imagino o quanto deve ser ruim!

Tenho um pouco de medo de altura, mas ainda consigo controla-lo.

Bom final de semana pra vc amiga!

beijos!

Pena disse...

Amiga Simpática:
Não queria explicar nada num "cantinho" onde está tudo explicado.
No entanto, creio que os ataques de pânico são sentidos quando se perde a consciência, lucidez e sentimos uma enorme angústia em nós. Ficamos desorientados. Um pouco perdidos de nós.
Graças a Deus nunca senti, mas conheço pessoas que o sentiram.
Deve ser a total desorientação e uma sensação confusa, porque não temos suficiente consciência do lugar onde estamos e vemo-nos perdidos.
Amiga Elvira, fico preocupado. Desculpe.
Já resolveu o problema com o médico?
Espero que esteja mais sossegada e ele lhe tenha dado sossego e bem-estar de total harmonia para o que nos conta e isto fosse esporádico.
Merece tudo de bom.
É uma experiência de vida que eu também partilharia com todos.
Ninguém pode pensar que não lhe acontecerá.
Sempre a estimá-la e a considerà-la com muita estima e amizade.
Beijos
pena

Andre disse...

Que cosa elvira!
YO no tengo fobias ni ataques de nada por suerte.
Va si cuenta tenerle fobia a la suegra...si que le tengo fobia.

besosos

maria cunha disse...

infelizmente conheço bem esse conceito...

um abraço e bom fim-de-semana

Jorge P. Guedes disse...

Nunca tive desses ataques, mas suponho que deve ser angustiante.

um abraço

Unknown disse...

NMMO, deve ser arrepiante.
bjs

Anónimo disse...

Lembro-me bem desse teu ataque de pânico. E de eu ao princípio nem me ter apercebido dele.
Eu também tenho um bocado de claustrofobia mas não tenho medo das alturas, pelo menos até agora...
Naquele dia, acho que o mais caricato foi mesmo ver os outros turistas a fotografarem e a filmarem a cena.
Caso para dizer: "Que cena!"

António Inglês disse...

Amiga

Já senti o que é ter um ataque de pânico, penso eu.
Tudo aconteceu em plena Auto-Estrada do Norte perto da saída para Pombal.
Íamos de viagem para Oliveira de Frades, aceitando o desafio de meu sogro que nos tinha proposto pagar o jantar do seu dia de aniversário na sua terra natal.
Pois minha amiga, o nosso carro, incendiou-se no local que indiquei antes, e não tinha extintor nem isso nos teria valido suponho.
Durante todos aqueles minutos foi tirar de dentro do carro, que encostei à berma, todos os seus passageiros, a minha mulher, os meus dois filhos e o meu sogro. Tudo com o cinto posto. Portas trancadas, e o fogo a crescer.
Depois de tudo cá fora, foi ficar de olho no carro e outro na família que gritava e saltava para o meio da Auto-Estrada em busca de socorro. E ninguém parava. Quando o começaram a fazer já o nosso Lancia Thema ardia como uma tocha.
Foram momentos de autêntico pânico.
Mas só lhe digo que naqueles momentos encontrei dentro de mim forças que até ali desconhecia ser capaz. São momentos que nos transfiguram e nos fazem redobrar de forças.
Peço desculpa por lhe ter contado este episódio que teve ainda a particularidade de ter acontecido numa sexta-feira treze.
Pensa que acabou aqui? Engana-se.
Um ano precisamente depois, no mesmo dia treze, do mesmo mês do ano seguinte, um novo acidente que me envolveu perto da Parede na linha de Cascais.
Uma distraída senhora resolveu levar-me a frente do carro.
Sabe qual a maior curiosidade?
O elemento da GNR que tomou conta desta ocorrência, depois de ver o meu nome, perguntou-me:
- Desculpe o senhor não teve um acidente o ano passado na auto-estrada do norte?
Respondi que sim.
- Fui eu também que tomei conta dessa ocorrência...
Beijinhos
José Gonçalves

fj disse...

Não é meu habito glosar comentários, de outros bloguistas, principalmente quando não «os conheço». Peço imensa desculpa, mas não consigo deixar de ficar de boca-aberta, pela coincidência, não do acidente ou da data da ocorrência, mas SIM pela memória do agente da GNR… pensava eu que tinha uma boa memoria nominal.
(completamente prostrado)
:((

Anónimo disse...

Elvira,

Devido aos comentários no blog "por entre montes e vales", tive curiosidade e vim espreitar o seu...
Os meus parabens!

Sobre os ataques de panico, ainda bem que só teve dois episódios, pois existem pessoas que no seu dia a dia tem de aprender a viver com isso e que lhes aconteçe com muita frequencia.
As chamadas fobias são um autentico mundo desconhecido...
Eu vivo com "essa companhia" ha pelo menos 20 anos, tentando sobreviver ao "medo de ter medo"!

Ele é no carro, nos espaços grandes, como hipermercados e centros comercias, ele é em espaços fechados, enfim...vai-se vivendo!

Um abraço e tudo de bom para si!

susrep disse...

Eu, actualmente, tenho AP várias vezes ao dia e de formas distintas... decidi criar um blog para nele ir escrevendo um pouco daquilo que vão sendo os meus dias!

para quem quiser: http://www.panicocomgeloelimao.blogspot.com/