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5.6.17

JOGO PERIGOSO - PARTE XVIII






O empregado voltou com os pratos pedidos, e David esperou que ele se retirasse para fazer a pergunta que lhe queimava a garganta.
- Amavas o teu marido?
A afirmação saiu firme.
-Sim.
-Traiu-te?
- Sim e não. Desculpa, não me sinto preparada para falar disto. Porque não me falas de ti agora?
-Não é um tema interessante. Sou um rapaz do campo, filho de gente pobre, que com muito esforço, conseguiu estudar e que um dia conseguiu criar uma microempresa, que não mais parou de crescer.
- Só isso? E quando conheceste o Daniel? Ele disse que se conhecem há muito tempo.
-Conhecemo-nos na faculdade. Pensava que eramos amigos, até descobrir que tinha uma irmã, e que nunca me falou dela.
-Cursaste Medicina?
-Economia.
-Então não devia haver muito tema de conversa entre vós.
-Enganas-te. O teu irmão sempre se interessou pela economia dos países africanos. E havia outras coisas, em que estávamos de acordo.
-Mulheres, suponho.
-Talvez, - respondeu sorrindo
Acabaram a refeição em silêncio. A noite estava muito bonita. O ruído do mar misturava-se à música, e na pista de dança, havia já alguns pares.
O empregado entregou a lista de sobremesas, levantou os pratos e retirou-se.
- Tens alguma preferência? – Perguntou ele
- O gelado de framboesa. E tu?
Teve vontade de lhe dizer que a preferia a ela. Mas não se atreveu.
- Não sou muito apreciador de doces. Aceito a tua sugestão.
Saborearam os gelados.
- Queres dançar?
Tinha vontade de o fazer. Mas não tinha coragem. Tinha plena consciência da atração que ele lhe provocava, do desejo que lia no olhar masculino e da sua vontade em se deixar levar. Desde que se divorciara, nunca mais tinha saído com um homem, a não ser em grupo. Estava carente. A noite estava a ser maravilhosa. Tinha receio de estragar tudo.
- Preferia dar um passeio pela praia.
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Uma pergunta aos leitores: Não acham que esta  (estória) história está a ir depressa demais? Eu sei que hoje em dia vive-se a correr. Mas que vos parece?


18.3.17

CASAMENTO POR PROCURAÇÃO - PARTE XXI



 Pouco depois, ouviu a campainha, e vozes. Logo em seguida, o médico entrou no quarto.
Fez uma série de perguntas, viu a febre, os ouvidos, os olhos, a garganta, e auscultou-a meticulosamente.
Por fim deu a consulta por terminada e saiu com Quim. Ouviu-os falar, mas não entendeu o que diziam.
Pouco depois, o marido voltou. Sentou-se na beira da cama:
-Sofia, o médico quer que vás fazer um Raio X e Análises. Ele suspeita de pneumonia. Vamos ter que ir ao hospital. Consegues levantar-te?
Não esperou resposta. Levantou-se, retirou do armário um conjunto de calça e casaco de lã, um casaco comprido e um cachecol, que colocou em cima da cama. Abriu a gaveta da comoda e retirou um conjunto de sutiã e cueca de seda rosa, que colocou igualmente em cima da cama.  Verificou que ela continuava deitada. Puxou a roupa para trás, meteu um braço sob os seus ombros, e o outro sob os joelhos e sentou-a na cama.
- Queres que saia um pouco para te vestires, ou precisas que te ajude?
- É melhor saíres, - disse sem o olhar, sentindo o rosto a arder, sem saber se da febre, ou de vergonha.