Amo-te Tanto
Amo-te tanto
nem sei porquê!
Que importa o quê
do meu espanto?Que importa o riso
que me concedes?
Que me embebedes!
Que paraíso!Indiferente
quero-te assim.
– Sê bem de mim,
de toda a gente…Rasgou-se o véu
do temporal.
Nem bem nem mal.
Entras no céu.
SAÚL DIAS
Biografia
Poeta e artista plástico português, de nome verdadeiro Júlio Maria dos Reis Pereira, nascido a 1 de novembro de 1902, em Vila do Conde, e falecido a 17 de janeiro de 1983, na mesma cidade. Formou-se em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia do Porto. Conviveu, por intermédio do seu irmão, José Régio, com alguns dos nomes que integraram a geração da Presença.
Conhecido sobretudo como artista plástico, sob o nome de Júlio, os seus quadros foram expostos em inúmeras exposições individuais e coletivas, editou dois álbuns de desenhos (Música, Domingo), ilustrou as suas obras poéticas e as de outros poetas presencistas.
Como poeta e como artista, colaborou em diversas publicações, como Presença, Revista de Portugal, Sudoeste, Atlântico, Távola Redonda, Panorama, Vértice, Síntese, Cadernos de Poesia, Cadernos do Meio-Dia, O Comércio do Porto, Jornal de Notícias, Diário de Lisboa. Como poeta da geração da Presença, a poesia de Saul Dias, seu pseudónimo, comunga de caracteres associados a uma estética presencista, como a obediência à sinceridade e ao "coração" ("É só com sangue que se escrevem versos."), o subjetivismo ou o influxo do expressionismo. Linguagem icónica e palavra poética assumem, na obra deste autor, uma complementaridade, seja por uma poesia que investe reiteradamente nas sensações cromáticas e sinestésicas, no visualismo das cenas e imagens feminis evocadas, seja por uma obra pictórica que consagrou a figura do "Poeta", num todo que se distingue pela delicadeza, pela simplicidade quase onírica, por uma visão ao mesmo tempo encantada, melancólica e levemente amarga da realidade.
Da sua poesia, que trata liricamente temas como a adolescência e a vida da província, destacam-se as obras Mais e Mais... (1932), Tanto (1934) e Sangue (1952).
Conhecido sobretudo como artista plástico, sob o nome de Júlio, os seus quadros foram expostos em inúmeras exposições individuais e coletivas, editou dois álbuns de desenhos (Música, Domingo), ilustrou as suas obras poéticas e as de outros poetas presencistas.
Como poeta e como artista, colaborou em diversas publicações, como Presença, Revista de Portugal, Sudoeste, Atlântico, Távola Redonda, Panorama, Vértice, Síntese, Cadernos de Poesia, Cadernos do Meio-Dia, O Comércio do Porto, Jornal de Notícias, Diário de Lisboa. Como poeta da geração da Presença, a poesia de Saul Dias, seu pseudónimo, comunga de caracteres associados a uma estética presencista, como a obediência à sinceridade e ao "coração" ("É só com sangue que se escrevem versos."), o subjetivismo ou o influxo do expressionismo. Linguagem icónica e palavra poética assumem, na obra deste autor, uma complementaridade, seja por uma poesia que investe reiteradamente nas sensações cromáticas e sinestésicas, no visualismo das cenas e imagens feminis evocadas, seja por uma obra pictórica que consagrou a figura do "Poeta", num todo que se distingue pela delicadeza, pela simplicidade quase onírica, por uma visão ao mesmo tempo encantada, melancólica e levemente amarga da realidade.
Da sua poesia, que trata liricamente temas como a adolescência e a vida da província, destacam-se as obras Mais e Mais... (1932), Tanto (1934) e Sangue (1952).
Fonte: Infopédia
11 comentários:
Viva a poesia.
Um abraço.
Por razões que bem conheces
esse poema
parece ser dedicado a mim
Abraço pensativo
Uma declaração de amor irresistível.
E quem era o Saúl Dias? O maior agrupamento de escolas, em Vila do Conde, chama-se Saúl Dias, tenho que ir perguntar ao Sr. Google quem era esta personalidade que, pelos vistos, gostava de poesia!
Uma bela carta de amor que gostei muito!
Beijos e um bom dia
Deslumbrante, fascinante de ler
.
Cumprimentos cordiais e poéticos.
.
Que bem eu conheci o Júlio, a quem admirava sobretudo na faceta de artista plástico e nos desenhos a tinta-da-China sobre papel!
Obrigada por esta feliz viagem até ao meu passado, Elvira!
Um grande abraço!
Gostei desta bela declaração de amor.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Olá, querida amiga Elvira!
O deboche do riso ainda persegue os que amam de verdade, muitas vezes.
Quem muito ama, pode receber pouco e vice-versa.
Um belo poema declarativo.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
Boa tarde Elvira,
Lindíssimo poema de amor.
Gostei de conhecer a biografia do autor.
Um beijinho e saúde.
Ailime
Querida Elvira...
Bonito e reflexivo poema. Li para o maridão aqui...
Bjs e boa continuação da terça-feira...
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