O capote de ouro
Um habitante da Amêndoa, quando passava perto do Poço Mourão, cruzou-se com um mouro e, como lhe pareceu que se tratava de uma pessoa necessitada, deu-lhe algum dinheiro.
O mouro, muito agradecido, quis retribuir àquele desconhecido a sua dádiva e revelou-lhe o esconderijo de um autêntico tesouro: nada mais do que um capote, um carneiro e uma candeia, tudo de ouro. Mas tinha uma condição: ele não poderia transmitir a mais ninguém este segredo.
Radiante e desejoso de receber a recompensa, deixou-se conduzir pelo mouro até à toca do tesouro e, quando já estava a contemplar o capote de ouro, passa por ali um seu amigo que lhe pergunta para onde ele ia.
– Olha, vim buscar este capote de ouro, cujo esconderijo acaba de me ser revelado.
E quando se voltou para mostrar o capote ao amigo ficou de boca aberta. O capote e tudo o mais, havia desaparecido como por encanto. A profecia do mouro cumpriu-se.
Esta lenda, tal como é aqui descrita, também é reivindicada pelas gentes do Caratão que afirmam estar o esconderijo do tesouro situado junto da Lagoa onde os romanos lavavam os terrenos de aluvião para obterem ouro.
FONTES:
EXPOSIÇÃO “Histórias e Lendas de Mação” - Florinda Magalhães
8 comentários:
Ah, mouro vingativo!
Bom dia e boa semana!
Olá, amiga Elvira!
Li a lenda uma e outra vez e... não consegui deixar de sorrir.
Beijo, boa semana, saúde.
Boa tarde Elvira,
Mais uma bela lenda do meu concelho de origem.
Não o sabia tão rico em lendas de mouros, como já tenho referido em posts anteriores.
Beijinhos e uma semana com saúde.
Ailime
Adoro lendas :)
Pobre aldeão! :) A espontaneidade saiu-lhe cara...
Boa semana e um abraço, Elvira!
Desconhecia a lenda, uma de tantas existentes em Portugal.
Beijinho com voto de tudo de bom :)
obrigada pela interessante partilha!!
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Beijos
Uma boa semana!
Saber ouvir e calar é uma dádiva, Elvira.
Uma boa semana,
Um abraço,
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