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11.1.22

POESIA ÀS TERÇAS - MÁRIO QUINTANA

 

Seiscentos e Sessenta e Seis

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
Quando se vê, já é 6ª-feira…
Quando se vê, passaram 60 anos…
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em frente…

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.


in Poesia Completa – Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005, p. 479

6 comentários:

Pedro Coimbra disse...

Um bom lembrete- não esquecer...VIVER

Tintinaine disse...

Gostei dessa definição da vida, um TPC que muitos puseram de lado e foram divertir-se!

chica disse...

Muito linda! Adoro Quintana! beijos, chica

Fatyly disse...

Adoro este poema de Quintana que em tão simples palavras diz tudo:
Beijos e um bom dia

Ailime disse...

Boa tarde Elvira,
Os relógios não deviam ter sido inventados...
Dão conta do nosso tempo que passa num ápice.
Beijinhos,
Ailime

Maria do Mundo disse...

Absolutamente verdade!