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19.5.16

MANEL DA LENHA - PARTE LXXIII

Fotos da Chaimite BULA que transportou Marcelo Caetano após a rendição. Foto daqui

Seis e meia da tarde, chega a Lisboa, o Agrupamento do Norte, e dirigem-se ao RAL 1.
Contactam com o Capitão Rosário Simões que acabava de convencer o Coronel Frazão a aderir ao Movimento. Encontram aí também a força da Escola Prática de Infantaria. Seguem para a Manutenção Militar no Beato, onde as viaturas militares reabastecem,sendo distribuídas rações de combate para dois dias. 
Cerca das 19 horas, o Capitão Rui Rodrigues, recebe ordem para se deslocar com uma força, formada pelo RAP 3 do  Agrupamento do Norte, ao Comando da Região Aérea de Monsanto, e prender o Ministro do Exército, o Ministro da Defesa e o Ministro da Marinha, que aí se tinham refugiado. Estas entidades foram depois  conduzidas ao Posto de Comando na Pontinha.
Meia hora mais tarde, no Largo do Carmo, a abarrotar de população entusiasmada, o Capitão Salgueiro Maia, teme que a operação da retirada dos membros do governo acabe numa onda de violência, que os obrigue a abrir fogo, e a provocar uma chacina. Ordena que a Bula, uma Chaimite, encoste à porta de armas, e nela entram Marcelo Caetano, Rui Patrício e César Moreira Baptista, acompanhados de outros membros do Governo que acabava de se render.
A auto metralhadora avança devagar por entre a multidão dirigindo-se para o posto de comando na Pontinha.
Cerca das vinte horas, a força comandada por Costa Correia, chega ao Ministério da Marinha no Terreiro do Paço, sendo informado pelo chefe do Estado Maior da Armada, de que já tinha sido comunicado oficialmente a adesão da Marinha ao Movimento.
Às vinte e trinta, Spínola chega ao posto de comando com os membros de governo presos. Cumprimenta Otelo e os restantes oficiais dizendo: "Senhores oficiais , devo informá-los que acabo de assumir o poder no Quartel do Carmo. Agora vamos ao trabalho".



Recordo que todos este factos, são objecto de pesquisa, de jornais da época, do arquivo da RTP, e sobretudo da base de dados históricos. Na altura eu estava em Luanda. Lembro também que se introduzo a revolução, nesta espécie de biografia do Manel, é porque entendo que ela mudou por completo a Nação e o povo. E o Manel era apenas uma pequena partícula desse povo sofrido.







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16 comentários:

Isa Sá disse...

Passando para acompanhar a história e desejar um ótimo dia!


Isabel Sá
http://brilhos-da-moda.blogspot.pt

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Uma pesquisa histórica muito bem feita minha amiga e estou a gostar de seguir estes primeiros passos da revolução.
Um abraço e continuação de uma boa semana.

Bell disse...

Nunca vi um tanque de guerra, e sempre tive vontade rs..
bjokas =)

Anete disse...

Manuel e família vivendo expectativas tamanhas...
Portugal com as suas lutas e sofrimentos...

O meu abraço

O meu pensamento viaja disse...

Interessadíssima, continuo a acompanhá -la.

Sei onde fica o museu Soares dos Reis, mas, em frente, não se situa o Norte Shopping.
Não é esse!
Beijo

Jaime Portela disse...

Tudo mudou nesse dia. Até a maioria do povo, que apoiou Salazar e Caetano, virou democrata num segundo... Mas a ignorância política da população era gritante. A partir desse dia, o povo começou a aprender rapidamente.
Magnífico texto, é um resumo histórico bem conseguido.
Continuação de boa semana, querida amiga Elvira.
Beijo.

Silenciosamente ouvindo... disse...

Semore seguindo com todo o interesse o desenvolvimento desta
história e voltando a rever momentos de um passado recente.

Desejo que se encontre bem.
Bjs.
Irene Alves

Ana disse...

Olá Elvira!
A revolução mudou drasticamente a vida de todos os que existiam nessa altura e foi essencial para a liberdade que hoje em dia temos!
Abraço

Janita disse...

A Elvira fez muito bem em ter introduzido esta parte da Revolução de Abril, na biografia do Manuel, porque faz parte também da vida de todos nós.
Nunca é demais lembrar tudo o que representou esse grito de Liberdade e que marcou o fim do flagelo da guerra colonial.
Outras preocupações se seguiram, para muitos que regressaram e se viram de novo sem nada.

Um abraço, Elvira.

chica disse...

Sempre capítulos interessantes! Acompanhando e seguindo! bjs, chica

Pedro Coimbra disse...

E Marcelo partia para o exílio no Brasil de onde nunca regressaria.
Bfds

Odete Ferreira disse...

Leitura atualizada...
Gostei muito que tivesses introduzido estes acontecimentos, em nome de todos os oprimidos e em nome de quem gosta de os "reviver".
Bjo, Elvira :)

Elisa disse...

Ainda atrasada:) pondo-me a par.
Beijinhos
elisaumarapariganormal.blogspot.pt

Evanir disse...

Hoje Deus me deu a felicidade de poder estar aqui na sua casa
virtual ,casa que nos recebe com muito carinho.
Uma explicação por estar tão ausente,
é desnecessário argumentar basta entender,
que uma pessoa que gosta ..gosta é muito pouco amo
meus blogs e a amizade tão linda conquistada
com o passar dos anos.
E respeitando cada amigo (a) e seguidor.
Enfim minha visita é para desejar um abençoado Domingo
e uma semana de paz.
Beijos no coração.
Evanir..
PS..Com alegria hoje posso contar
minha linda família aumenta mais
um amanhã.

Os olhares da Gracinha! disse...

Relatos históricos sempre interessantes...bj

Dorli Ramos disse...

Acompanhado esses relatos tristes.
Beijos no coração
Minicontista2