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13.9.19

VIDAS CRUZADAS - PARTE V


No dia seguinte fez os exames que o médico lhe prescrevera. E ficou aguardando que passassem os dez dias para saber o que na verdade se passava consigo. Quando o dia chegou, passou no laboratório de manhã a apanhar o envelope com os resultados,  antes de ir para o emprego e à tarde quando saiu, foi ao consultório levá-lo ao médico. Desta vez, talvez porque já fosse tarde, a sala de espera estava vazia. Apenas a assistente do médico se encontrava na sua secretária folheando uma revista esperando por certo, que o médico desse o dia por terminado ou quem sabe esperasse ainda por algum retardatário . 
- Boa tarde. O senhor doutor está? Tenho aqui o resultado das análises que ele me pediu.
- Boa tarde, – respondeu a assistente. - Espere um pouco. Vou ver se o doutor o pode atender agora.

Afastou-se e entrou no consultório depois de ter batido suavemente à porta. Segundos depois saía.
Pode entrar, - disse afastando-se para o deixar passar e fechando a porta nas suas costas.  
 Já na sala, Pedro cumprimentou o médico e estendeu-lhe o envelope. Como da primeira vez, olhou à sua volta com desconfiança enquanto o médico abria o envelope e se embrenhava no resultado das análises.
Pensou que a sua desconfiança se devia ao facto, de em criança, ter caído e ficado com um enorme corte, num joelho, que teve que ser cosido. Porém desta vez, ao olhar o médico, foi invadido por um receio maior. Teve a certeza que qualquer coisa de muito grave se passava consigo. Foi algo que leu, no olhar receoso que o médico lhe lançou.
- Então Doutor, o que dizem as minhas análises?
 – Bem, tem que fazer repouso absoluto. Vou receitar-lhe umas injeções e umas cápsulas. E também...
 – Doutor, – interrompeu Pedro, certo de que o facto de o médico não responder à sua pergunta, configurava um caso muito grave. – Não sei o que vi nos seus olhos, mas tenho a certeza de que não é nada bom. Não será com repouso que resolvo o meu problema, e o Doutor sabe-o. Quero saber a verdade. Tenho direito a isso. Vivo com a minha mãe, que já ultrapassou os setenta anos e para quem sou tudo o que tem na vida. E é por ela, que preciso saber a verdade.
- Meu jovem, pede-me a verdade e esta por vezes é muito cruel. Quisera dizer-lhe que está enganado, que nada do que pensa é verdade, mas infelizmente só posso dizer-lhe que às vezes os milagres acontecem.





E porque hoje é Sexta-Feira 13 quem quiser conhecer uma história verdadeira é só carregar no link