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13.9.22

POESIA ÀS TERÇAS - LILA RIPOLI

                                                              


CONTRADIÇÃO

Ali está a vida.
Aqui o sonho.

Fico entre os dois perdida.
Me desfaço e recomponho.

Tão perto o abraço,
e longe o amor.

Tão pequeno o espaço.
Tão perdido o meu clamor!






Biografia AQUI








14 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Querida amiga Elvira, bom dia de paz!
Os contrastes da vida estão a nos rondar como bem a poesia nos mostrou.
Muito boa escolha.
Tenha nova semana abençoada!
Beijinhos
😘💐

Pedro Coimbra disse...

Quantos vezes não nos sentimos assim perdidos...

Olinda Melo disse...


Um poema que nos diz tudo da vida.
Entre o sonho e a realidade,
quanta distância.

Boa terça-feira, cara Elvira.
Beijo
Olinda

Fatyly disse...

Tão simples e tão verdadeiro. Desconhecia e li a sua biografia.
Beijos e um bom dia

chica disse...

Muito bem colocados os contrastes da vida...Linda poesia! beijos, chica

lis disse...

Dessas contradições que nem sempre escapamos.
É tentar reverter quando outro dia amanhece.
Bonita escolha , Elvira.
E bons dias pra ti

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Gostei.
Um abraço e boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados

Caderrno de San disse...

Um belo e palpitante poema em que revela as contradições das relações amorosas.
Um abraço,

Maria João Brito de Sousa disse...

Gostei muitíssimo de conhecer Lila Ripoli, bem como a sua poesia bela, fluida e espontânea.
Obrigada e um forte abraço, Elvira!

Janita disse...

Um poema curto que nos diz muito em poucos versos.
Não conhecia a autora, vou tentar saber mais.
Grata pela partilha, Elvira.
Um abraço.

Cidália Ferreira disse...

Obrigada. Muito bom!!
-
Um presente que viaja ao passado...

Beijo e uma boa tarde

Caderrno de San disse...

Voltei para trazer um poema de Lila Ripoll

O GRILO

Um grilo fere
o silêncio com seu
canto.
Fere ouvidos
fere alma
pensamento
e solidão.

Risca o vidro
da janela.
Traça desenhos
no ar. Vai
crescendo
de insistência.
Parece agulha
de vidro. Fina
lâmina cortante
abrindo sulcos
no ar.

Vai o canto
se adensando
de mistura
com a chuva
Vai o canto
se adensando
de mistura
com o vento.

Grilo e chuva
na janela.
Grilo e vento
na vidraça.

Vento e chuva,
grilo e vento
levaram meu pensamento
e o desfolharam
no ar.


Poema integrante da série Poemas Inéditos.

In: RIPOLL, Lila. Antologia poética. Rio de Janeiro: Leitura; Brasília: INL, 1968

brancas nuvens negras disse...

As dualidades que a nossa vida contém.
Um abraço

Anete disse...

Contradição muito especial você nos trouxe. Gostei de ler e reler.
Bjs