O
mês de setembro aproximava-se do fim. Embora os dias estivessem ainda quentes a
lembrar o Verão que terminara dias antes, as folhas das árvores começavam a
mudar de cor e os tons do Outono já se observavam nas folhas das arvores que
começavam a tocar o verde, pelos tons alaranjados, bem como na cor das nuvens
que rodeavam o sol no ocaso. E nos dias que já davam lugar à noite mais cedo.
No
entanto naquela manhã de domingo, o céu apresentava-se completamente limpo e o
sol brilhava radioso, como se a natureza em peso quisesse festejar aquele
casamento.
No
altar, o noivo mais nervoso do que nunca esperava ansioso a chegada da noiva
ainda duvidando se ela não desistiria à última hora. A seu lado, aqueles que
iriam ser os seus padrinhos, a irmã e o seu melhor amigo tentavam sem muito
êxito acalmá-lo.
A
igreja muito bonita, com todos os bancos, enfeitados por belos ramos de rosas e
orquídeas em tons de rosa-pérola, encontrava-se completamente cheia, de
familiares e amigos dos noivos.
Tudo
estava pronto, incluindo o padre que acabara de sair da sacristia e se postara
no altar.
Naquele
momento ouviu-se um certo burburinho e o noivo perguntou ao amigo:
-Chegou?
-Não,
- respondeu o mesmo num murmúrio. - Mas acalma-te, já deve estar lá fora, pois
os padrinhos dela acabam de entrar, e a tua filha também.
Nesse
momento Rita e Inácio chegaram ao altar e colocaram-se do outro lado para
esperar a entrada da noiva, enquanto Matilde, a filha do casal se sentava num
dos dois lugares vagos no primeiro banco, junto da sua avó materna.
Logo
de seguida ouviu-se a marcha nupcial, e a noiva entrou pelo braço do seu pai,
fazendo com que todas as cabeças se voltassem para a ver.
-Gonçalo
não conseguiu resistir a voltar a cabeça, e um sentimento de paz e felicidade
tomou conta dele, eliminando o nervosismo que o tinha dominado até ao momento.
Os
seus olhos brilharam emocionados vendo-a avançar no seu longo vestido de um tom
rosa-perolado, com um ramo de rosas e orquídeas, e os cabelos presos num coque,
apenas enfeitado com pequenas rosas da mesma cor do vestido.
Apesar
de Helena não ter querido um traje branco de noiva tradicional, era a noiva
mais bonita que Gonçalo já vira.
O
curto passeio pela nave da igreja chegara ao fim. O noivo recebeu a mão da noiva do seu pai,
que depois de beijar a filha, se foi sentar ao lado da neta, enquanto Rita, a
madrinha da noiva, em adiantado estado de gravidez, recolhia das mãos da noiva,
o ramo e o sacerdote iniciava a cerimónia.
Nota : Esta é uma história nova que ainda vai a meio e que
dadas as condições atuais de saúde, minhas e da família, não sei se conseguirei acabar. Mas vou tentar
14 comentários:
Vamos a isso, a gente ajuda!
Boa semana de Pascoelo!
Escreva com calma, com menos publicações por semana se tiver de ser, o conto está a começar tão bem que merece ser uma fonte de “alegria” e não “pressão”.
A noiva disse “presente” e estou a gostar muito da apresentação dos personagens. Um texto que tinta o acontecimento com cores e traços que encantam, eu que gosto tanto de pormenores.
Abraço, saúde e boa semana (desta vez estou a acompanhar de início – sorrisos)
Bom dia
Cá estamos todos á espera, com pressa ou devagar não é o mais importante .
O importante é mesmo a saúde .
JR
Pela abertura cheia de ricos detalhes desse casamento, promete ser muito bom! Vais conseguir,sim! Vamos te esperar, sem pressa! beijos, linda semana e te cuida!
Uma história que começa com um casamento e com a riqueza de detalhes que marcam a escrita da autora, tem tudo para agradar. Espero que seja para continuar. É ir devagarinho que nós não temos pressa.
Um abraço e muita saúde.
Claro que a acabará!
Nós apoiamos!
Beijinho, boa semana :)
Presente! :)
Claro que vai conseguir, se não mais depressa, mais devagar, nós esperamos.
Beijinho
Boa tarde Elvira,
Um história que começa muito bem e que promete.
Gostei imenso do início.
Não se preocupe connosco. Publique ao seu ritmo.
Beijinhos e boa semana com saúde.
Ailime
Que as melhoras a ajudem a completar o seu conto que está muito interessante
.
Uma semana feliz … cordial abraço
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
Olá, Elvira
Gosto muito dos seus contos. Tenho pena de não conseguir acompanhá-los talvez porque os episódios são diários.
Este leva um bom começo e com a marca que a caracteriza.
Vá escrevendo, sem pressas.
Beijinhos
Olinda
Uau. Começámos bem, com um casamento. Gosto.
Sim, claro que vai acabar a história. Muita força
(vou enviar-lhe um mail)
.
Quanto vale a presença d'uma criança
Beijos e uma excelente semana
Fiques tranquila que com certeza, chegarás ao final. Pelo que li promete ser uma bela história/estória.
Abraços e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado
Espero que continue, porque é sinal de que a saúde está a melhorar. Vai com calme pois os teus leitores estão mais preocupados com a vossa saúde, tenho a certeza. Um beijinho, muito, muito especial, querida Elvira
Emilia
Mais uma história que começa a agarrar.
Elvira, claro que vai conseguir terminar a história. Leve o tempo que demorar.
Votos de muita saúde para si e para os seus.
Já li o seu livro. Gostei em muitos níveis. Gostei que existe familiaridade nas suas histórias e palavras. As situações descritas foram a realidade de muitos. Quando compara a emigração à guerra gostei da ousadia e claro, concordo e gostei que tivesse inserido a verdadeira face da emigração.
Todos os detalhes que dá e a forma como escreve e enriquece a história sempre me causa admiração. Quisesse eu ter esse dom!
Saúde e obrigada por nos encantar com histórias sobre nós mesmos.
Abraço
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