(RECORDANDO O ÚLTIMO CAPÍTULO)
Intrigada, Anabela arrumou a sala, guardou a ficha do doente, e dirigiu-se à cozinha, onde encontrou a empregada, pondo a mesa para o almoço.
- Bom dia, Isilda. Aconteceu alguma coisa especial nestes dois dias que estive ausente?
- Bom dia, Anabela. Bom foi Natal, e os pais do menino Tiago vieram passar o Natal. Porquê?
- O doutor Tiago, parece bem melhor, mais animado, mais conversador…
-Bem, isso está. Há dias que o meu Joaquim me dizia que ele estava bem melhor, já a movimentar a cadeira sozinho, e a tornar-se mais independente. Mas como sabe eu só entro no quarto quando vou fazer limpeza e isso é sempre pela manhã, ou quando está no banho ou nos exercícios de modo que nunca o vejo. Porém nestes dois dias ele veio comer à mesa com os pais, e realmente parecia outra pessoa, muito diferente de há um mês. Conversou bastante com os pais e eles estavam muito esperançosos, de que em breve o filho voltasse a andar. Por que pergunta?
-Porque anteontem quando fui embora, ele continuava com mau humor, e precisou da minha ajuda para sair da maca para a cadeira. E hoje, não só não precisou dessa ajuda, como estava bem-humorado e conversador.
- Ele soube ontem notícias de outro doutor que estava com ele, lá em África e ficou bastante contente. Mas penso que não foi esse o milagre pois ele já se mostrou simpático e bem-disposto na véspera, durante a consoada.
- Bom, vou até ao quarto, preciso mudar de roupa, e já volto para lhe ajudar.
Despejou a mochila em cima da cama, pôs de lado os dois embrulhos e guardou na cómoda a roupa que trouxera. Depois de ter lavado a cara e o rosto, pegou nos dois embrulhos e desceu.
-Já na cozinha, entregou a Isilda um dos embrulhos, pôs o outro na cadeira onde Joaquim costumava sentar-se dizendo:
-É uma pequena lembrança de Natal.
-Obrigada. Mas não carecia de estar a gastar dinheiro connosco. E demais não comprámos nada para si.
- Mas que mais me podiam dar, se já me deram tanta atenção e carinho durante estas semanas? De resto como disse é apenas uma lembrança.
A empregada rasgou o embrulho e retirou uma bonita camisola de lã, cor de salmão.
- Obrigada. É tão bonita. E macia – disse encostando a malha ao rosto.
Nesse momento entrou Joaquim e a conversa repetiu-se. E depois de rasgar o seu embrulho, retirou um belo pulôver de lã castanho, que ele agradeceu. De seguida perguntou à mulher.
- Tens o almoço pronto para levar ao doutor?
- Tenho. É só preparar o tabuleiro.
Pouco depois ele levava o almoço ao patrão.
Nota: Amigos vou tentar acabar esta história, mas não sei se o conseguirei fazer pois os problemas que tenho enfrentado desde abril, têm-me deixado sem inspiração para nada.
11 comentários:
Me gusto esta historia y ojala la termines. Te mando un beso y mucho animo.
Acompanhando o retomar do conto.
Boa semana
Não te preocupes, Elvira! O que importa é a saúde e se a inspiração faltar esperamos que ela volte. Um beijinho e que tudo continue a correr bem.
Emilia
Jã nem me lembrava do paralítico doutor, mas, de repente, lembrei-me da razão da sua boa disposição. Venha daí o resto da história.
A Elvira é que sabe de si. Sinceramente, eu gostava muito de saber o final desta história.
Abraço e força!
Bom dia
Se a saúde assim o permitir temos com certeza todo o gosto em saber o final da história , mas em primeiro a saúde .
JR
Histórias muito boas com narrativas agradáveis de ler.
E este não foge à regra.
Um abraço e boa semana.
PS: faço votos para que os seus problemas de saúde se resolvam rapidamente.
Querida amiga, passei e li este capítulo mas estou atrasada. Tenho que vir pôr a leitura em dia. Faço votos para que recupere depressa. Beijinhos se
A passar por cá para acompanhar a história!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Estávamos com saudades.
A inspiração pode dar um tempo mas JAMAIS vai lhe abandonar.
Saúde pra vocês.
Boa tarde Elvira,
Adorei recordar esta bela história.
Não se preocupe connosco.
O mais importante é a sua saúde e a de seu marido.
Beijinhos com carinho.
Ailime
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