Introduziu o código que lhe permitia a entrada e
estacionou junto à garagem. Saiu do veículo e dirigiu-se à casa. Preparava-se
para tocar quando a porta se abriu, e encontrou-se na presença do anfitrião.
-Bom dia, -saudou.
- Bom dia, Paula. Vieste cedo, - disse afastando-se para
lhe dar entrada. Não lhe tocou com qualquer cumprimento que não fosse oral.
- Preciso colocar as flores para adornar o espaço e dar
uma última olhada para ver se não me esqueci de nada. A propósito, sabes se a
florista, já veio trazer as flores?
-Uma carrada delas. Estão na tenda nas traseiras. Já te
ajudo a levá-las mas antes quero apresentar-te a minha mãe.
Colocou-lhe a mão no ombro e empurrou-a suavemente para a
sala.
A senhora que se encontrava na sala a ler, levantou a
cabeça encanecida, e olhou com certa surpresa, ao ver o filho entrar com uma
jovem desconhecida. Pôs-se de pé, e a jovem pode observar que era de baixa
estatura e magra. O seu rosto, de tez morena, mostrava-se bastante enrugado para
a idade que Paula calculava tivesse a mãe do empresário. Notou que a única
semelhança com o filho eram os olhos negros. Enquanto a mãe tinha um ar frágil
que inspirava simpatia, o filho era a antítese. Alto, forte, tão seguro de si,
que roçava a arrogância.
- Mãe; venho apresentar-te uma amiga, Paula Maldonado. É
a responsável pela organização da festa de hoje. Paula, esta é a minha mãe,
Teresa Ferreira.
Paula adiantou-se para cumprimentar a senhora, e esta
abriu os braços para acolhê-la. Abraçou-a com carinho, dizendo:
- É um prazer conhecê-la. Fez um trabalho magnífico. A
minha Gabi nunca mais vai esquecer este dia.
-Obrigada. A senhora é muito gentil. Agora se me dá
licença, tenho um monte de flores para colocar nas jarras,- disse tentando
esconder a emoção, que a calorosa acolhida da senhora despertara nela.
Dirigiu-se à tenda, para tratar das flores. Tinha pedido
à florista a elaboração dos ramos, e a quantidade de flores por ramo, e se
estivesse tudo certo, era só colocar um ramo em cada recipiente, que já tinha
deixado nos lugares onde iam ficar.
Examinou os ramos e sorriu satisfeita. Pegou em alguns de braçada, e
voltou-se para deparar com António que chegava naquele momento.
-São para levar para o local de cerimónia?
- Só os ramos, e os três arranjos brancos. Os restantes
são para as mesas aqui.
-Está bem. Já tos levo.
Ela afastou-se dando volta à casa, para se dirigir ao
jardim, onde estava montado o altar. Aí chegada, foi metendo os ramos nos
jarrões colocados no caminho junto às cadeiras dos convidados.
Minutos depois, chegou o empresário com os restantes
ramos.
-De que te ris, -perguntou poisando os ramos na beira do
lago.
-Parecias uma jarra, com pernas, -respondeu sorrindo ao
mesmo tempo que recolhia os ramos e os colocava nas restantes jarras. Levou
depois os três pequenos arranjos para a mesa que serviria de altar, virou-se,
analisou o local e deu-se por satisfeita.
- Bom, aqui está tudo em ordem, falta o outro lado. Estás
muito pensativo, - disse ao chegar perto do anfitrião que continuava perto do
lago.
-Entregaste o envelope? - perguntou ele.
-Sim claro. Logo de manhã.
Porque amanhã é domingo, e na Segunda, o Sexta faz anos, esta história continua no dia 30,
Porque amanhã é domingo, e na Segunda, o Sexta faz anos, esta história continua no dia 30,