Seguidores

Mostrar mensagens com a etiqueta as minhas imagens. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta as minhas imagens. Mostrar todas as mensagens

24.8.19

VISITANDO A CASA MUSEU DO BOCAGE

  Este espaço museológico tem, em exposição permanente, peças de arte e livros do Museu de Setúbal/Convento de Jesus e documentos da Biblioteca Pública Municipal de Setúbal que retratam a figura e obra de Bocage, nascido em Setúbal em 1765.
Em complemento, existe a cenografia de uma sala com uma figura de Bocage.
No primeiro andar, está instalado um Centro de Documentação Bocagiano, ligado, pela Internet, a bibliotecas e centros de estudo. No edifício funciona também o Arquivo Fotográfico Américo Ribeiro.

 Uma gravura de Setúbal, na época do poeta
 Foi Bocage um homem muito viajado
 Fragmentos de poemas 







 Este quadro retrata Bocage e as musas. Segundo me foi dito, este quadro do pintor setubalense Fernando dos Santos, seria originalmente igual à reprodução fotográfica em baixo. 
Acontece que o quadro terá sido considerado imoral, porque uma das musas estava algemada e totalmente exposta, e porque a moral da época achou que uma obra que retratava uma orgia, não podia ser considerada arte,  pelo que a obra foi retirada de exposição e guardada por longos anos numa armazém da câmara. Nos anos 50, houve um movimento para recuperar a obra que se encontrava muito degradada, mas foi pedido ao pintor que em vez de sugerir uma orgia, deveria sugerir um quadro cênico de um bailado, pelo que o pintor terá feito a reprodução fotográfica do original e recuperado a obra como se vê. A musa virou bailarina, e as expressões de êxtase, foram substituídas, por outras mais 
artísticas.
Ampliando as fotos pode ver-se as diferenças.




















À margem, fiz ontem dia 23 os meus exames ao ombro e braço direito. O médico que fez a eco confirmou a tendinite, ainda assim parece-me que tenho sorte pois não há rotura. Porém ainda assim tem sido bem dolorosa.

8.7.18

ERICEIRA - A PRINCESA DO SURF

Freguesia do conselho de Mafra, Ericeira é uma vila muito antiga.  Diz-se que Ericeira, significa terra de ouriços. Se seriam os ouriços do mar, como o povo diz ou o ouriço-cacheiro, como dizem os historiadores, já é outra conversa.  Mas a julgar pelo desenho,no antigo brasão da vila, existente no Arquivo-Museu da Misericórdia, seria mesmo o ouriço-cacheiro, o responsável pelo nome da Vila.  Uma outra versão que encontrei na Marinha de Guerra Portuguesa, diz que os Fenícios chegaram ao local onde hoje se situa a Ericeira por volta do ano 1000 a.C. Á época da invasão romana da Península Ibérica, existiria no local das Furnas, um Santuário dedicado à deusa Ericina, cujo culto original se situava no monte Erix na Sicilia. Então o nome também poderá advir dessa deusa. 
O seu primeiro foral data de 1229, concedido pelo Grão-Mestre da Ordem de Aviz, D. Frei Fernão Rodrigues Monteiro, que instituiu o Concelho da Ericeira, mas a sua história é muito mais antiga, sendo provavelmente anterior mesmo à sua ocupação pelos fenícios.Na carta do foral, faz-se referencia aos pescadores, pelo que deduz-se seria uma povoação que vivia essencialmente da pesca.


O seu porto, foi pólo de grande desenvolvimento, chegando a ser considerado o quarto do país, logo atrás de Lisboa, Porto e Setúbal. Com o avançar dos caminhos-de-ferro do Oeste, o seu porto foi perdendo influência. 

Na reordenação administrativa de  1855, Ericeira deixou de ser Concelho, passando a pertencer ao Concelho de Mafra. Nos finais do século XIX a pesca de sardinha conheceu na Ericeira um dos seus meios de desenvolvimento, tendo chegado a empregar nela cerca de 500 pescadores.



Aqui se diz que a rainha D. Maria Pia tomava banhos nesta praia e foi, na praia dos Pescadores na Ericeira que no século passado, D. Manuel II, sua mãe e avó, (a rainha D. Amélia e D. Maria Pia) embarcaram na fuga para o Brasil, aquando da implantação da República. 




Hoje o turismo é a principal fonte de desenvolvimento da Ericeira. Cercada de belas praias,com uma alta concentração de iodo, e um belo clima, e uma boa oferta hoteleira, a Ericeira é muito procurada pelos veraneantes. 





Sendo a única reserva mundial de surf  na Europa, e a terceira no mundo,  a freguesia é conhecida mundialmente pelos praticantes de surf e bodyboard, especialmente as praias de Foz do Lizandro, e a Ribeira d'ilhas.
Situada, a 35 Kms de Lisboa, 18 de Sintra e 8 de Mafra, a vila beneficia também dessa proximidade.
O Sumol Summer Fest, maior evento de música reggae do país, que se realiza todos os anos na Ericeira em Julho, trás à vila milhares de pessoas, na sua maioria jovens. 





Para quem gosta de conhecer bem o local onde passa férias, aconselho uma visita ao Forte de Milreu, também 
conhecido por Forte de S. Pedro, ao Forte Nossa Senhora da Natividade. Podem ainda visitar a Igreja Paroquial de S. Pedro, ou às 4 capelas existentes na freguesia.










Na gastronomia, existem variados e saborosos pratos de peixe, marisco. Destaque para os pratos de choco, que dão origem até a um festival gastronómico.

Boas Férias.
.


fonte: A
Meus passeios e estudos.

7.7.18

ALCÁCER DO SAL - UMA CIDADE COM MUITA HISTÓRIA

Na margem direita do rio Sado, a cidade estende-se sobre uma pequena colina, que se debruça no rio.
Alcácer do Sal, faz parte das cidades mais antigas da Europa. Provas arqueológicas afirmam-no. Era um porto importante no tempo dos fenícios, que aqui comercializavam e exportavam principalmente o sal, peixe salgado e cavalos. Para isso contribuiu o facto de nessa época o rio ser navegável até aqui. A cidade reflecte-se no rio, como se estivesse sempre a mirar-se nele. Lá em cima, o Castelo, que inicialmente o foi, ( hoje só conserva as muralhas e as torres,) depois foi um convento, e agora é a Pousada  D. Afonso II, sob a qual jaz a história da cidade através dos séculos. Querem ver?









Peças da idade do Bronze e moedas de várias épocas


A pousada oferece 35 quartos, tantos como teria o extinto convento, tendo sido reconstruída respeitando a antiga traça conventual, com os seus claustros e capela. Mas para além disso, a cave da pousada possui um verdadeiro tesouro histórico, como mostram as fotos anteriores

                                    O exterior da pousada,


De diferentes pontos do Castelo, o olhar encanta-se na paisagem, ora citadina, ora campestre, com os enormes campos de arroz (quando lá estive, era a época de preparar  os campos.)
Dentro das muralhas a Igreja de Santa Maria do Castelo, da qual mostrei acima o portal lateral de arco perfeito, prova da sua origem romana. Por falar em romanos, sabem que eles batizaram a cidade com o nome de Salacia? Por causa da influência do Sal. O nome de Alcácer, vem como todos os outros começados por Al, dos árabes, que também aqui se fixaram por causa do sal. Aqui na 1ª foto, temos o altar principal. Foi a primeira vez que vi numa igreja o altar principal sem sacrário. Lindo este púlpito.
Em cima, a capela do sacrário e em baixo a capela lateral que se adivinha na foto anterior por trás do púlpito.

Mas a cidade não oferece apenas o Castelo. Passeando pelas suas ruas encontramos outros motivos de interesse, como a Igreja de Santo António, a Igreja de Santiago, a Ermida do Senhor dos Mártires, ou o Museu de Arqueologia. No outro lado do rio, existe um belo parque para passear, do qual destaco um passeio de calçada portuguesa, com desenho das antigas embarcações do rio.



  Em Alcácer, não existem praias, mas a poucos kms temos as da Comporta, da Torre, do Carvalhal, da Raposa ou da Galé.

A esta hora, já devem estar cheios de fome. Vamos ver do que se compõe a gastronomia por aqui? Então temos como pratos típicos da região, ensopado de enguias, migas de pão, ou de batata, borrego assado no forno, coelho frito à S. Cristóvão, sopa e massa de peixe, arroz de choco e açorda.
Na doçaria as pinhoadas são rainhas, mas os rebuçados de ovos, a tarte de pinhão, as queijadas de requeijão, e o bolo real são também muito apreciados.
E depois, Alcácer do Sal, pertence às terras do Sado, de onde provêm vinhos de excelência.

E então? Vamos a Alcácer do Sal?